Capítulo 2

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Planos são coisas fundamentalmente humana

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Planos são coisas fundamentalmente humana. 

O destino só conhece a ação imperativa

Tendo convencido a mim mesmo que não havia nada de errado em admirar a beleza da irmã menor do meu amigo, eu servi nosso café da manhã. Comemos em meio aquele estranho silêncio que se instala quando não temos muito que falar com a pessoa a nossa frente. Pensei em falar do tempo, como estava quente naquela manhã, e que provavelmente iria chover no final da tarde, mas não o fiz porque sinceramente esse é um assunto bem chato.

Quando terminamos, ela se ofereceu para lavar a pouca louça que estava suja, e eu deixei, pois queria que ela se sentisse a vontade em minha casa, e não ajudaria em nada trata-la como uma visita que precisa ser bajulada. Falei que quando terminasse ela podia ficar a vontade, e podia fazer o que quisesse, e se precisasse de mim eu estaria no meu quarto escrevendo. O meu tio sempre me disse que escrever é um exercício diário, que mesmo sem uma grande inspiração devemos manter uma rotina de escrita. Então mesmo sem a mínima ideia do que escrever em minha história, comecei a escrever um conto que esperava publicar no jornal do colégio quando as aulas começassem. Eu assinava uma coluna semanal na Tribuna São Tomé, desde que tinha dez anos, e sempre rendia elogios interessantes.

Fiquei no quarto escrevendo por cerca de três horas, e então achei que era melhor ver como a garota estava, é papel de um bom anfitrião fazer os convidados se sentirem bem em sua casa. Bati na porta de seu quarto, mas ela não estava, assim como não estava na biblioteca, nem na sala de jogos, então só poderia estar na piscina, ou o que me faria ficar preocupado, ela teria saído de casa sozinha. Naquela época a casa dos meus pais seguia o conceito americano, onde o andar inferior é ocupado pelas salas de estar/TV, sala de jantar, cozinha, e biblioteca, e os quartos ficavam no andar superior. O Térreo em conceito aberto dava uma sensação de amplitude que sempre amei, e era ótimo para dar festa. O acesso à piscina era feito pela sala de estar, onde tinha uma parede de placas de vidro fumê preto, que era na verdade uma porta dobrável que quando aberta integrava o lado de fora, com a sala. O vidro era daquele tipo que parece totalmente opaco do lado de fora, não possibilitando que possam espiar dentro da casa, mas que dentro pode se ver perfeitamente o exterior. Dificilmente as pessoas notavam essa característica do vidro, e as levava a pensar que não estavam sendo vista por quem estivesse na sala.

Quando cheguei a na sala a vi com os pés dentro da água da piscina, na parte mais funda, pelo modo como olhava para a água estava na cara que ela estava com vontade de entrar, incentivada pelo imenso calor que fazia naquele dia. Pensei em ir lá para dizer que eu não estava brincando, e que ela poderia entrar, mas decidi ir primeiro na cozinha pegar sorvete para nós. Acabei demorando um pouco porque freezer estava cheio de comida congelada, e o sorvete de menta estava abaixo de tudo aquilo. Quando voltei à sala com o pote de sorvete, e as colheres, eu congelei, a Mariane estava se despindo, não vou mentir passou por minha mente que eu deveria fazer um sinal para ela que estava sendo observada, mas meu corpo não se mexia. Tudo que eu conseguia era ficar observando, enquanto ela tirava toda a roupa, e procurava um lugar para deixa-las, acabou por joga-las na espreguiçadeira ali perto. Ela podia ser bem mais nova que eu, mas não parecia, o seu corpo ela lindo, e bem mais desenvolvido do que a maioria das garotas da idade dela. Quando tomei consciência disso, já não estava mais travado, mas não sabia como agir, enquanto ela nua procurava o melhor lugar para mergulhar, tentando evitar a parte mais funda da piscina.

Beijo de Verão [Completa]Onde histórias criam vida. Descubra agora