Capítulo 6

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Existe um ditado popular, ou talvez seja uma crença, eu não sei ao certo, que diz que só sentimos falta do que perdemos, ou ainda que nós só damos valor ao que não temos mais, enfim acho que deu para captar a ideia

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Existe um ditado popular, ou talvez seja uma crença, eu não sei ao certo, que diz que só sentimos falta do que perdemos, ou ainda que nós só damos valor ao que não temos mais, enfim acho que deu para captar a ideia. Era assim que eu me sentia quando Mariane foi embora, de uma hora para outra minhas tardes ficaram vazias, o meus pensamentos ficavam longe mesmo quando estava fazendo algo que me dava prazer. Eu sentia falta da forma como ela ria de minhas piadas sem sentido, e dizia que eu fazia coisas de duplo sentido parecer mais leves. Chegava ser ridícula a forma como sentia falta de beija-la, e explorar seu corpo enquanto ela estava entregue as sensações do beijo. As fotos secretas que tiramos durante nossos encontros não eram suficientes para matar a saudades, e por varias vezes pensei em chama-la no MSN, mas sempre arrumava uma desculpa para não fazer, e evitava a vergonha de admitir que estivesse com saudades.

De repente eu tinha que voltar a sair com meus amigos à tarde supostamente para tomar sorvete, mas na verdade para paquerar na sorveteria. Não sei precisar quantas garotas fiquei naquelas férias, numa tentativa maluca de esquecer a Mariane, mas das centenas de beijos que dei naqueles dias, nenhum chegou perto, ou me fez esquecer por um segundo, o primeiro beijo de Mariane. Sem querer parecer presunçoso, nunca tive dificuldade de ficar com garotas, com a aparência que tenho, e modéstia parte sei muito bem dizer a coisa certa, mas era apenas uma sucessão de substitutas incapazes de cumprir esse papel. Eram mais velhas, e talvez mais experientes que a Mariane, mas definitivamente teriam muito que aprender com ela sobre como tratar um cara.

O Gustavo estava triste com a partida da irmã, mas ainda tinha conversas com ela pelo MSN, e pelo telefone, e às vezes dizia que ela perguntava de mim, e eu sabia que era verdade, mas me faltava forças para falar com ela, pois sabia que iria acabar admitindo querer ficar com ela, mesmo que fosse a distância. E eu não podia fazer isso com ela, afinal tive meses para dizer a ela o quanto era especial e única para mim, mas deixei que o orgulho ditasse minhas ações, e não era certo agora que ela tinha dado seguimento a sua vida, que eu surgisse dizendo que estava apaixonado. Ela tinha sido verdadeira, e aberta comigo, ao dizer que era minha, e ofereceu tudo que tinha para mim, porque eu tinha sido tão burro e relutado em aceitar esse sentimento?

O meu editor tinha agendado algumas aparições publicas para a divulgação do livro, mas eu não estava nada empolgado em viajar por uma semana para cidades de três estados, e passar horas respondendo perguntas, e recebendo olhares esperançosos de leitores. Estava fora de cogitação não fazer, é claro, então eu fui, e de certa forma foi uma boa decisão, pois logo no primeiro encontro eu já me animei, e consegui deixar Mariane em segundo plano em minha mente, sem esquecê-la, e assim pude aproveitar bastante o evento. Os leitores estavam inspirados para fazer perguntas, e tentaram saber se eu tinha intenção de escrever uma série de livros, ou pelo menos uma continuação, mas tive que frustra-los afirmando que eu não escrevo continuações, e que series estavam fora de meus planos pelos próximos anos.

Quando o evento terminou o dono da livraria nos convidou para jantar, e aceitamos afinal iriamos ficar em São Paulo pelos próximos dois dias. No momento do convite pensei que seria algo profissional, mas me surpreendi quando encontramos no restaurante o dono da livraria, e uma garota loira, que aparentava ser filha dele. Do meu lado estávamos eu, meu tio, e o Vasconcelos, o meu editor.

-Boa noite senhores – O livreiro nos cumprimentou – Essa é Valentina, creio que só o brilhante Narciso não a conheça.

-Prazer Valentina! – Eu disse meneando levemente.

-O prazer é todo meu Narciso. Eu sou uma grande fã sua. – A garota disse sorrindo levemente, o que mostrou que além de linda, era muito simpática.

-Além de fã, a Valentina será sua companheira de viagem. – Vasconcelos disse sentando-se – Vamos lançar o primeiro romance dela na próxima Bienal, mas ela vai nos acompanhar para ir pegando o jeito com a impressa, e os leitores. Você é muito bom nisso, e pode ser um bom professor para ela.

-Será um prazer! – Olhei para o meu tio questionando o porquê dele não ter me adiantado nada – É bom ter alguém jovem por perto, que fale menos sobre maturação de uísque.

-Acho que devo me declarar culpado – Meu tio ergueu as mãos- Mas tenho assuntos bem jovens também.

-Super!

Valentina falou pouco durante o jantar, mas notei seu olhar sobre mim por diversas vezes, e não posso dizer que tenha desgostado. Ela era uma linda garota, que mal teria se tivesse interesse em mim, até onde eu sabia estava solteiro, e ela claramente também era. Demos muitas risadas, e ficamos satisfeitos com o jantar. Quando o assunto passou a ficar pesadamente profissional, convidei Valentina para dar uma volta pelo hotel, enquanto os adultos falavam de coisas chatas no bar.

-Então você é uma escritora também – Puxei assunto – É bem difícil encontrar escritores da minha idade.

-Sim, mas tem muitas pessoas que escrevem, só não estão publicando ainda por falta de incentivo, ou por não saberem como fazer. Nós temos sorte por nossos pais serem donos de livraria.

-Não posso negar, o meu pai financiou a primeira tiragem do meu livro, ou quase isso, ele encomendou adiantado mil cópias para as nossas Livrarias Torres.

- Isso foi ótimo, mas você tem talento, e não estou puxando seu saco, apenas dizendo a verdade. – Ela me olhou nos olhos – Eu li seus livros assim que foram lançados, então não foi só seu pai que esperou ansioso por eles.

-É eu tenho talento, nunca negaria isso, mas tenho suporte, e nunca tinha pensado na situação das pessoas que tem talento, mas não tem suporte para mostra-lo para o mundo.

-Deve ser por isso que te chamam de "Príncipe Escritor"

- Porque tenho uma família rica que me banca?

-Não, porque você tem um coração bom, e é extremamente gentil.

-Você esqueceu-se de dizer que sou lindo, interessante, e como foi mesmo que aquela apresentadora disse na semana passada? "Narciso é um jovem escritor de muito talento, e deliciosamente empolgante". – Eu disse dando risada em seguida – A impressa adora dar títulos espalhafatosos para as pessoas, não me deixo afetar com isso. Imagine, eu um Príncipe!

-Eu vejo um príncipe quando olho para você Narciso. – Ela ruborizou – E todas as leitoras devem ver também. – Ali soube que a viagem com Valentina ia ser divertida.

-Para você abro uma exceção, e deixo me achar do que quiser.

-Sério? Fico lisonjeada – Ela estava muito ruborizada a essa altura.

-Desde que tenha tempo para falar entre um beijo, e outro.

-Como?

-Assim! – A enlacei e tomei seus lábios com os meus, sem forçar o beijo, depois de dois segundos de susto, ela pressionou os lábios, e abriu um pouco a boca enquanto ganhávamos ritmo.

Naquela noite enquanto subia para o meu quarto, sozinho no elevador, pensava em Mariane, e como precisava falar com ela, e não podia mais fugir daquilo. Mas pensei hoje não, essa noite será de Valentina, amanhã você Mari, só por hoje não.

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Olá Wattpaders,

Hoje preparei cupcakes para a nossa reunião. Sirvam-se a vontade!

Estou muito feliz com a aceitação de vocês, com essa história!

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Amo-vos!

Beijo de Verão [Completa]Onde histórias criam vida. Descubra agora