Capítulo 4

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Na terça feira seguinte Gustavo retornou a minha casa, e como sempre foi direto ao meu quarto sem ser anunciado

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Na terça feira seguinte Gustavo retornou a minha casa, e como sempre foi direto ao meu quarto sem ser anunciado. Não precisei olhar em seu rosto para saber que estava bravo, ou no mínimo contrariado. Ele trazia consigo uma sensação de exasperação. Não falei nada, apenas esperei que ele falasse quando quisesse.

-Cara nós só temos amigos idiotas – Ele deu mais uma volta ao redor de minha cama – Você sabe né?

-Porque está assim? O que os caras fizeram? – Perguntei sem deixar de digitar.

-Eles ficam falando coisas sobre minha irmã. – Não imaginei que ele fosse tão bravo quanto a isso, muito embora nunca pensasse em confessar a ele o que houve na piscina – Que ela é linda, e que parece ter no mínimo quinze anos. E ainda tem o idiota do Paulo.

-Sua irmã é linda mesmo, com todo respeito. Fique calmo! Eles só estão elogiando ela. – Virei minha cadeira para ele – O que o Paulo fez?

- Eu nem cheguei a comentar com você, mas se você recusasse cuidar dela no final de semana, ela ficaria na casa dele, porque ele está de castigo, por conta daquela festa no mês passado que ele chegou totalmente bêbado, e vomitou em cima da cama dos pais dele. – Gustavo se sentou a minha frente – Mas é claro que eu estava torcendo para que você aceitasse, porque não confio muito no Paulo, mas enfim eu estava certo em não confiar mesmo, porque ele convidou minha irmã para sair no sábado, e quando fui falar com ele, o imbecil disse que pensou que ela tinha a nossa idade. Olhe pra mim, eu pareço gêmeo da Mariane? Como ela pode ter a mesma idade que eu? – Olhei para ele, e percebi que sim, a irmã dele passaria fácil como gêmea do meu amigo, mas não quis falar isso, porque ia deixa-lo mais bravo.

-Você sabe que o Paulo faz umas coisas sem noção, não leva a serio daqui a pouco ele vai te pedir desculpas.

-Mas já tô me enchendo com as idiotices dele. Primeiro deu em cima da Bia quando nós tínhamos dado um tempo, agora chamou minha irmã de treze anos para sair. Ainda bem que a Mari contou pra mim. Ela sempre conta essas coisas.

-Sempre? Acha que ela não dá fica com uns garotinhos sem você saber?

-Vai dar um de idiota também? A minha irmã nem pensa nessas coisas. É criança!

-Calma, eu só estava te enchendo. Ela é uma boa garota.

-Ela não te deu trabalho no final de semana né? Se deu pode falar que converso com ela.

-Que nada, foi ótimo ficar com ela aqui.

Não posso dizer que não me senti um pouco mal em ouvir meu amigo dizer que a irmã contava tudo para ele, quando estava claro que ela não tinha contado nada do que acontecerá no final de semana. Mas o que eu poderia fazer? Confessar que fiquei observando a irmã dele, e depois nos beijamos na piscina. Deveria dizer que foi o melhor beijo de minha vida, e que eu desejava ter muitos outros como aquele? Ou quem sabe dizer que apesar disso, eu não estava apaixonado pela irmã dele, que apenas a desejava. Diga-me o que seria pior? Aposto que você já julgou segundo o seu prisma pessoal, as minhas ações até aqui, então diga de uma vez o que eu deveria fazer.

Eu não prometi nada a Mariane, e não pedi nada a ela. Eu sabia disso, e ela também deveria saber. Então apesar do mal estar de certa forma enganar meu amigo, eu estava bem com o que houve. Por isso encarei com naturalidade quando no dia seguinte ao chegar de algumas compras no centro, encontrei a garota no meu quarto. Não lhe perguntei por que estava ali, nem porque não tinha contado ao irmão sobre nós. Apenas deixei que viesse até a mim, e a enlacei num beijo que fez enriçar todos os pelos do meu corpo.

-O que você é garota? – Perguntei quando terminamos o beijo.

-Sou sua, enquanto me quiser – Ela falou se jogando em minha cama.

-Soube que tem muita gente te querendo.

-Não podem me ter se você já me tem. – Ela entendeu o braço para mim – Minha mãe me ensinou que devo ser de uma pessoa só.

- Não creio que você saiba o que realmente signifique pertencer a alguém. – Eu disse me deitando ao seu lado.

- Claro que eu sei não me trate como uma criança. Você sabe que não sou. – Ela me deu um beijo rápido – Soube que era você a pessoa certa, assim que abriu a porta no sábado.

-Eu não sou a pessoa certa Mariane – Passei a mão em seu rosto – Eu não tenho a mínima vontade de me ligar a alguém no momento. Você entende?

-Você não sente que combinamos. Sei que sente. – Ela se sentou na cama – Você sentiu o mesmo que eu naquele beijo. Eu sei que sentiu.

-Você está certa, foi o melhor beijo da minha vida, e é bom estar com você, mas relacionamento pede mais que isso... Pede sentimentos.

-Eu gosto de você! Gosto sim!

-Nós acabamos de nos conhecer, e como eu disse não quero nada sério agora. – Encostei sua cabeça em meu peito – E além de tudo você é a irmã do meu melhor amigo.

- É por causa dele que você não me quer? O Gusta não vai achar ruim, ele vai entender.

-Não, ele não vai, e não quero dar essa opção a ele, não vou pagar para ver. – Levantei sua cabeça para olhar em seus olhos. – Não vamos namorar, ou coisa assim. Podemos ficar quando tivermos vontade, mas nada, além disso.

-Tudo bem, eu também não quero namorar. – Ela disse tentando sorrir.

Era uma mentira, eu sabia disso, e nem mesmo ela conseguia dar o credito que esperava a suas palavras. Eu disse no inicio que essa é uma história marcada por omissões, mas não disse que eram apenas de minha parte. Ali Mariane começou a omitir sentimentos que nutria por mim, enquanto eu fingia que não sabia desses sentimentos, para não me sentir culpado por aceitar seus carinhos. E quem sabe até o Gusta omitia saber que algo rolava entre nós, isso até hoje não sei.

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Olá Wattpaders,

Tudo bem com vocês? Em nosso cardápio de hoje: Rosquinhas de açúcar, Pão de Mel coberto por chocolate, e como o dia está quente uma deliciosa limonada rosa. Fiquem a vontade para se deliciar.

O que acham da decisão do Narciso de não querer nada sério com a Mariane? Ele vai acabar se rendendo? Deixe suas opiniões nos comentários, e não esqueçam de votar agora mesmo!

Grato demais!

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