Capítulo Vinte e Cinco

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Castiel Baker

Entro na minha casa quebrado, já não chorava mais, as lágrimas parecem ter secado, algo em mim mudou, não consigo decifrar isso.

O Dean não acreditou em mim, não quis ouvir sobre a gravidez, sua mãe me expulsou de lá e ele não fez nada, me deixou ser arrastado por Ângelo até a rua. Dulce Maria também estava lá, isso me deixou ainda mais perturbado.

Faz quatro semanas desde esse acontecimento, meu pai sabe que estou grávido, ele me bateu quando contei, Luciano ficou puto e Laura ficou rindo da minha cara, se não fosse por minha mãe eu estaria agora em uma cama de hospital.

Vou até a área da piscina para respirar um pouco, me surpreendo quando vejo Alice sentada sozinha em uma espreguiçadeira, mas tempo que ela está me evitando, não a culpo. Ela percebendo minha aproximação me olhou por cima dos ombros, não disse nada, apenas ficou me olhando.

— Você me odeia não é? — indago.

— Não! Só estou muito magoada, me machucou muito o que você fez. — diz sincera.

— Me perdoa Lice... Fui muito egoísta, eu sei, me arrependo, sei que não vai adiantar nada... Mas me perdoa, quero poder viver em paz comigo mesmo, tentar pelo menos. — digo chorando.

— Eu te perdoo, Castiel! — ela se levanta. — Só não me peça para voltarmos com nossa amizade, isso não vai dar, pelo menos não agora... A Verônica está grávida do Ângelo, eles vão se casar.

Não escondo a surpresa no meu rosto, ela sorri amarelo e me deixa sozinho com meus pensamentos. Verônica grávida? Ângelo e ela se casarem? O meu choro sai em soluços, eu não estraguei só a minha vida, mas a dos meus amigos também, preciso ficar longe.

— Por que você não chora mais? — viro na direção vendo Laura. — Isso me deixa satisfeita sabia? Ver você sofrendo. O irmão do Dean foi preso! — muda de assunto. — Ele escondia drogas e armas dentro de casa, ele me contou e eu contei para o nosso pai, foi ele quem fez a denúncia.

— Vocês são muito cruéis... Um dia irão pagar por tudo isso. — ela dá de ombros.

Entro novamente dentro de casa, minha mãe está sozinha na sala, ela não parece nada bem, está um pouco pálida. Me aproximo de vagar.

— Mãe? — ela me encara com um sorriso pequeno. — Você não está bem.

— Não se preocupe Cas... — sua voz falha. — Faz parte eu ficar fraca às vezes.

Sinto um nó na minha garganta, me sento do lado dela e a abraço caindo em um choro cheio de dor. Ela fica acariciando meus cabelos e cantarolando uma música.

— Não posso ficar sem você mamãe... Não vou aguentar isso tudo estando sozinho. — soluço.

— Sempre vou estar com você meu amor. — ela beija minha testa com seus lábios frios. — Não importa onde esteja. Sabe qual é o meu sonho? — ela muda de assunto e noto sua voz agora sair embargada. — Que você tenha uma família grande e feliz, que eles te amem muito, esse era o que eu sonhava para mim, mas eu não consegui realizar, mas você vai, pode ter certeza disso.

— Eu te amo tanto mamãe. — digo a olhando nos olhos.

— Eu também meu amor, te amo demais, você sim foi a melhor coisa que tive em minha vida. — sua mão pousa em minha barriga. — E esse pedacinho vai ser o melhor da sua, vai te trazer muita alegria, tenho certeza, você não vai errar como eu errei Castiel. Foi um prazer ser sua mãe.

Ela disse tudo me apertando em seus braços e beijando meu rosto. Eu sabia o que estava acontecendo, só não queria acreditar.

— Vamos dormir, já está tarde. — ela diz e eu concordo no automático.

Um Amor com Barreiras (Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora