Um Amor com Barreiras (Mpreg)

Capítulo Quarenta e Oito

Olá, dei uma sumida por aqui, me desculpem por não estar postando, me deu um grande bloqueio nessa história. Espero que isso não volte a acontecer.

Boa leitura 💕
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Castiel Baker

Meus olhos continuam em Dean sem entender o porquê de sua presença na minha sala de aula e ainda mais sentado entre os meus alunos. Sua expressão estava suave, com um leve sorriso de canto mostrando a linda covinha na bochecha esquerda, a covinha que me deixava bem bobo e apaixonado na adolescência, e parece que isso ainda causa bastante efeito em mim, ele todo me deixa bobo, não posso evitar, mas posso ignorar, isso eu posso.

Então fazendo exatamente isso desejei bom dia aos poucos alunos na sala e recebi um coro de bom dia deles. Subi no palco indo para trás das cortinas, isso com o outro atrás de mim, ele me olhava o tempo todo como se estivesse esperando por algo, cada movimento meu era capturado por ele.

— Estou esperando Dean. — quebro o silêncio, o encarando e cruzo os braços. — Vai me dizer o porquê de estar aqui na minha sala de aula junto dos meus alunos? Você parece bem grande para ser um deles.

— Hã? — ele murmurou me fazendo suspirar. É um paspalho mesmo. — Ah, eu estou aqui para ver minha filha tocar, é a primeira vez dela fazendo isso na frente de alguém, quero presenciar esse momento. Posso ficar e assistir?

Ele pediu de um jeito que quase fiz aquela expressão de quando vemos um bebê fazendo algo fofo, minha vontade foi de abrir um sorriso e o abraçar, mas apenas assenti a sua pergunta o vendo respirar aliviado por não o mandar embora.

— Mas sente naquele canto. — aponto na direção. — Se a Júlia te ver pode acabar ficando nervosa e dar tudo errado, ela ainda não entrou, fique bem escondido.

— Tudo bem, obrigado sweet. — diz de forma descarada.

Ele não deu tempo para mim o repreender por me chamar daquela forma, até porque ele já estava sentado na onde mandei e o tempo todo me encarando, quando o flagrava o abusado sorria na minha direção e acenava. Mas acabou parando quando o dei um olhar nada agradável, então cruzando os braços - um movimento que me deixou meio alienado, pois os braços e o peitoral ficaram bem marcados na camisa - ele ficou quietinho só me encarando.

Fiquei com muita vontade de rir, esse homem ainda continua sendo um bobo, mas o ignorei indo sentar no meu lugar e esperei os alunos irem entrando, só tinha alguns na sala. Quando Júlia apareceu vi que estava um pouco nervosa, ela nem mesmo viu o pai, sentou no seu lugar e ficou com o olhar perdido. O último a entrar na sala foi meu filho, estava meio relaxado e até entediado, acenou para mim sorrindo e também se sentou. Me esforcei ao máximo para não encarar o Dean, com Felipe me encarando com certeza seguiria o meu olhar e poderia acabar revelando para Júlia seu pai num canto bem escondido.

Como todos já estavam na sala não demorei mais e me puis no centro da sala com todos os olhares em mim, inclusive o dele, não sei como não fico nervoso.

— Bom dia crianças. — eles respondem em coro sorrindo. — Não vamos ficar enrolando, tenho certeza que se sairão muito bem. Vamos começar. — ouço suspiros dramáticos. — O primeiro grupo a se apresentar tocará "Entry Of The Gladiators", logo após será "Ode To Joy", "Carmen suite no. 1", "Infernal Galop", e para terminar "5th Symphony". Podem começar, é no tempo de vocês.

Sentei no centro da sala com uma caderneta. Vi seis dos alunos saírem de seus lugares e se preparem com os instrumentos, dos seis vi sete deles tremendo. Mas para tornar as coisas confortáveis os outros sorriam passando confiança, isso é tão lindo, também tenho o meu sorriso, solto uma piscadela para eles e o grupo começa a tocar. Enquanto ouvia fui fazendo as anotações das notas que eles erravam, as que acertavam
e as que ficavam no meio termo. Prestava também muita atenção no que estava com mais dificuldade para tocar, percebi somente dois deles não mais nervosos, tocavam muito bem, mas por causa do nervosismo dos outros não ficou como esperado, quando acabaram os outros aplaudiram como bons colegas.