Capítulo Trinta e Cinco

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Oii gente, vim um pouco adiantado, espero que gostem.

Boa leitura.

•••

Castiel Baker

Hoje meu primeiro dia dando aula no meu antigo colégio não foi tão difícil, foi muito maravilhoso, às minhas turmas são incríveis, sabem o que querem e são bem maduros também. Porém a minha preferida é a Júlia, aquela garota chamou demais a minha atenção, me encantou tão rápido com aquele jeito tímido e acanhado, fico até assustado, o que estou sentindo por ela é o que sinto pelos meus filhos, aquela vontade de por debaixo das minhas asas e proteger de tudo e de todos, e nem a conheço direito, por isso estou estranhando, nunca senti isso por outros adolescentes ou crianças.

Deve ser pelo que a diretora me contou, sobre Júlia ser desprezada pela mãe, de não receber um gesto de carinho da tal mulher, não ter a mãe apoiando seu sonho deve ser muito difícil. É em momentos como esse que lembro da dona Rosana, minha mãe tão incrível, que viveu um casamento infeliz ao lado de um homem ruim, de um caráter péssimo. Fico muito triste com isso, da minha mãe ter partido sem conhecer os netos e por viver praticamente a vida toda sofrendo ao lado de Mauro Baker, e ainda sem ter o amor da filha.

Ainda bem que não tenho mais contatos com esses dois infelizes, os quero bem longe da minha família, sou capaz de qualquer coisa para proteger meus filhos.

Júlia vem de novo aos meus pensamentos, suspiro abrindo um sorriso em seguida, mas fico sério ao lembrar do seu olhar triste de hoje mais cedo, esse até se iluminou um pouco durante a aula, se foi eu quem causei isso, que a trouxe um brilho, um pouco de felicidade para aquela menina, vou entrar na vida dela e ajudá-la a realizar o sonho, e ninguém, muito menos a mãe dela, vai me impedir.

Pensar na mãe de Júlia, me faz pensar em seu pai também, esse homem só pode ser um louco idiota por ser casado com uma mulher assim, que maltrata a filha. Pelo que a diretora me falou, ele apoia Júlia em seu sonho, não permite que a esposa impeça a filha de estudar música ou de cantar, isso já é uma coisa boa, pelo menos a garota tem o apoio do pai, assim não se sentirá tão sozinha, mas mesmo assim, ser desprezada pela mãe, isso dói muito, digo por experiência própria, vivi isso no passado, minha mãe já me deixou de lado, sem me dar atenção, mas foi por culpa de Mauro Baker que conseguia a manipular, mas felizmente às coisas mudaram, e se depender de mim, para a Júlia vai mudar também.

Paro um pouco de pensar nisso e termino de arrumar os instrumentos na sala, após terminar e deixar tudo organizado pego minha bolsa, apago às luzes, fecho à porta e sigo meu caminho para fora do colégio. Recebi uma mensagem de Maurício dizendo que a reunião demoraria para acabar, então tive que pegar um táxi, e assim fiz.

* * *

Fui o caminho inteiro dentro do táxi pensando em Dean Kinsley, isso mesmo, não tenho culpa, é um sentimento muito grande, impossível de controlar, mas mesmo assim consigo o manter bem guardado, mesmo após ter visto Dean novamente na minha frente, depois de tantos anos, esse sentimento está surrando o meu coração querendo desabrochar novamente, mas não vou permitir.

Esse homem agora é meu vizinho, mora de frente para minha casa, o mesmo que anos atrás foi o meu melhor amigo, meu namorado, o meu grande amor, e graças a pessoas invejosas e ruins de alma esse sentimento que tínhamos um pelo outro se separou em duas partes, que seguiram caminhos diferentes do que planejaram juntos.

Sinto uma lágrima solitária deslizar pela minha face, limpo bem rápido e suspiro.

Quando vi Dean pela primeira vez depois de anos, ao seu lado estava Dulce Maria, não posso dizer que eles estão juntos só porque disso, mais é uma hipótese, e tenho certeza estar certo sobre ela, se esses dois hoje em dia for um casal, tenho que já me preparar para superar, não vou poder fazer nada.

Um Amor com Barreiras (Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora