Capítulo Doze

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Castiel Baker

Vários cochichos tomaram conta do ambiente, Enzo ainda tinha um olhar assustado na minha direção, no lado esquerdo do seu rosto estava as marcas dos meus cinco dedos. Sinto uma tontura com todos aqueles olhares encima de mim, ainda mais percebendo ter fotógrafos nesse jantar, subo as escadas com pressa e entro no meu quarto trancando a porta. Vou até o banheiro e me apoio na pia respirando fundo, droga, meu pai vai me matar; também não vou ficar choramingando, já foi mesmo, e não estou nenhum pouco arrependido.

Me livro das minhas roupas e tomo um banho gelado, acabo o banho e visto um roupão indo para a minha varanda, vejo as pessoas agindo normalmente, típico, até porque meu pai não as mandaria embora, ele não faria um escândalo pelo que aconteceu, não agora. Entro embaixo do edredom e depois de alguns minutos o sono chega.

* * *

Dou um sobressalto na cama quando escuto baterem forte na porta, na verdade a pessoa do outro lado estava dando socos mesmo, já sabia até quem era, se duvidar ele está dando até chutes na pobre porta. Me levanto com calma, nem abro a porta direito e ele já entra quase me derrubando no chão, fecho a porta e quando me viro meu pai joga com força um jornal encima de mim.

- Olha só essa porra! - ele grita. Olho o jornal e vejo uma matéria sobre eu ter dado um tapa na cara daquele idiota, tinha até uma foto da minha mão no rosto dele. Não me aguento e acabo dando um sorrisinho. - Você ri seu filho da puta!? Que merda você tem na cabeça para fazer uma coisa dessas seu inútil? Quer me ridicularizar perante a todos? - ele segura nos meus braços com força me sacudindo.

- Me solta, está me machucando! - grito com dor.

- Castiel! - minha mãe entra no quarto. - Solta ele Mauro!

- Você cala a sua boca, é outra inútil que não serve para merda nenhuma! - ele cospe as palavras.

Grito conseguindo me livrar das suas mãos imundas. Fico na frente da minha mãe.

- Cala a boca você seu desgraçado, é o único merda que não presta para nada, nem ser pai você consegue!

Assim que termino de falar sinto um estalo no meu rosto me fazendo cair no chão aos pés da minha mãe, escuto ela soltar um grito horrorizada. Coloco a mão no rosto e olho com ódio e os olhos marejados para o homem a minha frente.

- Você me respeite seu moleque! - ele diz entre dentes segurando meus cabelos com força.

Luto para não deixar as lágrimas caírem.

- Para com isso! - minha mãe grita o empurrando, mas acaba recebendo um tapa na cara caindo ao meu lado chorando. - Ma-Mauro...

- Não prestam para nada na minha vida, dois vermes sem valor. - ele diz calmamente, o ódio era evidente em seus olhos.

Mauro Baker sai do meu quarto batendo a porta com força. Me aproximo da minha mãe que chorava e a envolvo nos meus braços.

- Como você consegue ser casada com esse sujeito? - questiono agora permitindo que minhas lágrimas saíssem.

- Eu preciso. - ela sussurra. - Só preciso.

Minutos depois me levanto e a ajudo, ela diz que precisa sair, deixa um beijo no meu rosto e sai do meu quarto. Faço meus procedimentos para ir a escola, desço para à sala encontrando somente Alice, a chamo para irmos logo e fomos em direção ao motorista. Como agora daria minha mesada para Laura, ela pararia de me espionar, e manteria Luciano longe, no fim ela só está me ajudando, eu acho.

Corro para o ginásio com um nó na garganta, vejo o Dean nas arquibancadas, ele quando me vê corre também na minha direção, ao estar nos seus braços o aperto bem forte libertando o meu choro e sinto ele chorando também. Ergo minha cabeça olhando naqueles lindos olhos castanhos claros, nossas bocas se chocam em um selinho demorado.

Um Amor com Barreiras (Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora