Capítulo Sessenta

699 52 13
                                    

Castiel Baker

Passei o tempo conversando com Alice num dos corredores da escola, assim como eu, ela também se chocou com essa atitude de Lauriano, xingou Laura de todos os nomes possíveis, assim ficamos juntos esperando pela polícia, os alunos continuavam na diretoria e estavam morrendo de medo, afinal tirando Lauriano os outros eram bolsistas e tinham estados financeiros bastante vulneráveis, por isso aceitaram o plano do meu sobrinho, para ganharem algum dinheiro e ajudar em casa.

Não irei os condenar, por mais que tenha sido errado, a maior culpada é Laura e essa vaca não vai se safar, quero estar de frente com ela quando for algemada e jogada no carro de polícia, nasci para ver esse dia.

— A Laura não vai mudar nunca amigo, será a vida toda uma vadia desgraçada. — falou com raiva.

— Ela puxou o sangue podre do Mauro, Alice, não é de se estranhar. — suspiro entediado. — Se eu fiquei triste com isso já passou, só quero essa mulher presa por envolver o filho dela numa coisa dessas e bem longe da gente, tenho que me preocupar somente com os meus filhos.

— Falando em filhos, eu... — ela engole seco e é interrompida antes de continuar.

— Com licença Castiel, Alice. — falou a diretora Carmen. — A polícia já chegou. Estou ligando para sua irmã faz tempo e nada dela atender, estou desconfiado que Lauriano contou o que está acontecendo, o vi no celular falando aos sussurros.

— Ele com certeza avisou. — Alice revira os olhos.

— Mas ela não vai escapar, vamos, vou abrir uma denuncia contra ela e vamos embora. — a chamo indo com a diretora até sua sala onde estava o delegado com mais um policial e os alunos.

A conversa foi direta e sem muitas enrolações, quer dizer, só dá parte de Lauriano que ficou dando voltas e mais voltas com o assunto tirando a paciência de todo mundo, no final os outros alunos confessaram novamente o plano e meu sobrinho foi levado pelos policiais. Abri a denuncia contra Laura e não me arrependo, ela cavou a próprio cova dela fazendo o filho mexer com drogas, tenho certeza que isso é coisa do Danilo, foi esse infeliz que apresentou esse mundo a ela, antes era só uma patricinha mimada e arrogante, mas não se metia em coisas ilegais.

— Quer ir ainda tomar aquele café? — perguntou Alice quando chegamos no estacionamento.

— Sim... O Felipe já está em casa, foi de táxi já que eu passaria no seu apartamento. — entramos no carro e logo estávamos longe da escola. — Apesar desse estresse todo vamos conversar, aconteceu tanta coisa que você não vai nem acreditar.

Estávamos ambos ansiosos, mas esperamos chegar no Pop's, o mesmo onde vínhamos quando adolescentes, só de lembrar daquela época sinto o sentimento de nostalgia e sei que ela também.

O trajeto durou quase meia hora de carro, isso me lembra do porquê ter escolhido essa lanchonete, era medo do meu pai ver Dean e eu juntos, por isso um lugar tão longe. Enfim, estacionei e entramos no lugar indo para nossa antiga mesa, e diferente de antes a lanchonete estava bem mais frequentada e conhecida por todos nessa cidade, o local ficou bastante famoso.

— Castiel... — Alice chamou minha atenção e vi seu olhar na minha mão direita. — Acho que conheço essa aliança. — ela me olha desconfiada.

— É, conhece sim, bastante. — sorrio sem graça.

— E por que está no seu dedo? — sorriu grande. — Não me diga que...

— Deixa eu falar do começo antes de irmos para o final? — ela concordou acenando para uma das garçonetes e fizemos nossos pedidos, só começamos o assunto mesmo quando as coisas chegaram.

Um Amor com Barreiras (Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora