Capítulo Dezesseis

660 56 11
                                    

Dean Kinsley

Quando acho que as coisas irão se resolver e ficar tudo bem, acontece outra merda. Não respondo a pergunta do meu pai, fico apenas olhando fixamente para àquelas drogas encima da mesa junto com a arma. Danilo só pode estar querendo ferrar com a minha vida, como ele faz uma coisa dessas comigo. O olhar de decepção do meu pai e o choroso de minha mãe sobre mim me deixa quebrado. Engulo seco decidindo quebrar o silêncio que tomou conta da sala, mas meu pai é mais rápido.

- Você vai responder ou não minha pergunta? - seu olhar fica cada vez mais duro sobre mim. - Não estou conseguindo acreditar que você está envolvido com isso... - ele é interrompido.

- Isso é meu! - diz meu irmão com firmeza entrando em casa e ficando na minha frente. - Essa droga e a arma são minhas.

A única coisa que se ouve antes do silêncio tomar conta do lugar novamente é o tapa forte que meu pai deu no rosto do meu irmão. Minha mãe agora tem as mãos cobrindo a boca, e os olhos cheios de lágrimas estão arregalados. Danilo fecha às mãos em punhos e trava o maxilar, assim como meu pai.

- Como encontraram isso? - Danilo questiona.

- Sua mãe foi guardar algumas roupas do Dean na parte dele do guarda roupa, ela notou um fundo falso ali e achou essas porcarias. - a voz do meu pai sai seca. - VAI ME EXPLICAR QUE MERDA É ESSA? - ele grita.

- NÃO LEVANTA A VOZ PARA MIM QUE NÃO SOU MOLEQUE! - meu irmão também grita.

- MAS ESTÁ AGINDO COMO UM! - grita meu pai novamente. - Como tem coragem de trazer essas merdas para cá? Eu já desconfiava que você estava metido com coisa errada!

- É essa coisa errada que tem nos ajudado aqui em casa, graças a isso não passamos mais por aquelas dificuldades! - lágrimas molhavam o rosto do meu irmão.

- Se eu soubesse da onde vinha esse dinheiro, passaria fome, mas não aceitaria essa coisa suja. - meu pai cospe as palavras.

- Prefere deixar seus filhos e sua mulher passarem necessidades? - meu irmão fica com o rosto bem próximo ao do meu pai. - Em?

- Parem com isso! - esbraveja minha mãe. - Meu Deus.

Ela corre para o quarto chorando, meu pai fica mais um tempo encarando meu irmão e vai atrás da minha mãe. Isso nunca aconteceu, meu pai e meu irmão nunca se trataram desse jeito, sempre fomos unidos, mas para tudo tem uma primeira vez. Danilo pegas as coisas da mesa e vai para o quarto, vou atrás dele e o vejo pondo as drogas e a arma em uma mochila.

- Como você teve coragem de colocar isso nas minhas coisas? - pergunto com raiva.

- Desculpa irmão. - ele chorava. - Eu sabia que o papai estava desconfiado, outro dia vi ele mexendo nas minhas coisas, então guardei na sua parte no fundo falso, ele nunca pensaria algo errado de você.

Fico quieto o encarando, ele coloca a mochila nas costas e sai do quarto. Bufo impaciente me jogando na minha cama. Como Castiel e eu vamos embora com esses problemas acontecendo? A mãe dele está com uma doença grave, meus pais estão devastados porque descobriram o trabalho do meu irmão, não posso deixar eles desse jeito. Uma coisa eu sei, sem Castiel não fico!

Castiel Baker

Não sei como tive a coragem de fazer todo aquele teatro. Ver a dor nos olhos do Ângelo quando falei na Alice ter saído com outro cara, me doeu demais, até porque foi eu quem causou aquela dor. Alice não saiu com cara nenhum, nem falei nada com ela sobre ir no Pop's, estou me sentindo a pior pessoa do mundo.

Mas eu não posso perder o Dean, não vou perder o Dean! Estou preparado para as consequências dos meus atos, só não estou preparado para ficar sem àquele que mais amo. Suspiro quando Verônica estaciona em frente a minha casa.

Um Amor com Barreiras (Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora