Sirva-se

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Certa vez, caminhando com Henry por sua residência, ele me mostrou um imenso lago — não tão fundo — mas muito extenso.

Resumindo: fui parar lá dentro. Ele não parava de gargalhar enquanto eu ficava em pé lá dentro. Toda encharcada!

Ele me tirou de lá e nesse meio tempo o puxei para dentro do lago junto comigo. Foi muito engraçado, ele não esperava que eu tivesse força para puxa-lo... então, depois de tudo, de ambos estarmos molhados, saímos de lá gargalhando.

Mas ainda estava brava com ele, então não lhe dei muita atenção e ele ficou um pouco frustrado depois algumas horas sem nos falar.

— Por Deus, mulher! O que foi? Fale comigo ou te farei usar a boca para outra coisa.

Eu o encarei. — Se foi uma ameaça, saiba que não me afetou em nada.

— Não foi uma ameaça. Foi um aviso. Se não usar a boca para falar comigo, usará para me beijar.

Eu sorri.

— Não seja convencido. Você riu de mim quando cai no lago.

— Você também riu de mim e nem por isso fiquei mal.

— Não vem ao caso. Você riu primeiro.

— Não seja dramática. Venha cá...

Virei o rosto.

— Não.

— Venha cá... — Ele disse arrastado. Um tom rouco que me fez arrepiar.

— Não vai me convencer assim.

Ele andou até mim. — Ah, é? Então eu irei até você.

Eu o encarei e segurei um sorriso.

— Vou ficar calada.

— Ótimo. Assim posso a fazer usar a boca para beijar e não falar.

— Não o beijarei.

— Não ficaria calada?

Eu sorri tentando esconder os dentes. Deus! Não conseguirei por mais tempo...

Fiz sinal de amarrar a boca.

— Não falará, então?

Ele colocou as mãos em minha cintura e me puxou para si.

Balancei a cabeça negativamente.

— Então...

Ele abaixou a cabeça, pairou sua boca sobre a minha, me fazendo segui-la.

Ele sorriu.

— Vê? Quer me beijar. — Eu o encarei com a sobrancelhas juntas. — Sabe que se continuar calada irei toma-la, não sabe?

Virei a cabeça, curiosa e não falei nada.

— Agora sei... que não dirá sequer uma palavra só para sentir minha boca na sua.

— O senhor é muito convencido, Sr. Thantry...

Ele passou as mãos pelas minhas costas e agarrou minha nuca, massageando.

— Você gosta que eu seja.

— Me beijará mesmo eu falando?

Ele se afogou em meu pescoço e fechei meus olhos.

Deus...

Ele sussurrou, encostando a boca em meu ouvido.

— Não tenha dúvidas disso.

E então, foi meu fim. Henry conseguiu se livrar de minhas roupas com tanta rapidez que eu poderia me dar o luxo de ficar chocada se não estivesse ocupada em me sentir excitada. Ele sempre faz isso comigo. Me irrita, me modula com sua lábia carnal e ao fim, me delicio em suas mãos. Céus, deveria ser pecado o que ele faz comigo.

Contos de uma LadyOnde histórias criam vida. Descubra agora