— Vamos logo...Helen disse, manhosa.
David respirou fundo. Não era possível que ela estivesse lhe pedindo isso, era? Ela estava emanando sedução e ele não tinha mais ideias do que fazer para mandá-la parar com a provocação deliciosamente atraente.
— Helen... chega. Se você me pedir isso mais uma vez com essa carinha de Volpe, não vou negar.
Fazia mais de dez minutos que Helen estava pedindo isso. Não pode ser tão ruim assim, pode?
Ela queria assistir ao duelo de dois cavalheiros que aconteceria em pouco tempo. David não a levaria para lá. Seria perigoso demais. Balas perdidas acontecem com um percentual alto demais... sem chance.
— David... -Helen tocou em seu braço. — Quero muito vê-los. Por favor.
— Não, não e não. Você pode levar um tiro. Já chega. Vou te levar para sua casa e não tocaremos mais no assunto.
— Chato.
Helen xingou e cruzou os braços.
Ele juntou as sobrancelhas e entrou com ela na carruagem.
Depois de alguns minutos ele suspirou pesadamente. Helen não o encarava e ele começou a se sentir mal com isso.
— Helen... não seja assim. Sabe que é perigoso. Não vou deixar que corra qualquer tipo de perigo.
Ela não respondeu.
— Helen... — David apoiou os cotovelos nos joelhos e a encarou. — Quer, por favor, olhar para mim? Entenda...
Ela bufou e ele ergueu uma sobrancelha. Que mulher difícil...
— Certo, não vai olhar para mim? Nem me responder?
Ela piscou pesadamente.
— Muito bem, então... vou fazer com que implore por mim.
Helen virou a cabeça para encará-lo, devagar e com a sobrancelha arqueada. Agora ela parecia uma raposa irritada. Linda raposa irritada.
— Se não quiser falar comigo, tudo bem... mas eu vou falar com você.
Ele se recostou no acento e fechou os olhos. Colocou as mãos atrás da cabeça e pareceu estar confortável ali.
— Ah... uma pena que não queira falar comigo... sua voz me excita de maneiras imensuráveis. Seus olhos espertos me estudando me fazem querer agarrá-la e não só isso... Gostaria de fazer várias coisas com você. Primeiro eu a tocaria com calma, sentia sua pele com as pontas dos meus dedos. Depois eu os enfiaria em seus cabelos e massagearia sua nuca, como você gosta, sabe? Depois eu a beijaria no rosto, trilhando quente e manso até seus lábios, mas eu não a beijaria... ah, não... — Ele fechou os olhos por um momento e negou com a cabeça. — Eu faria você ficar com vontade de me beijar e então eu me afundaria em seu pescoço.
Ele abriu os olhos e tocou na curva de seu próprio pescoço. Helen o encarava e parecia inquieta.
— Bem aqui.
Ela engoliu em seco.
— Depois você tentaria me tocar, mas eu não deixaria. Eu seguraria suas mãos acima de sua cabeça e então, só então... — Ele abriu os olhos e a encarou. — eu me arrastaria pelo seu corpo até chegar em sua boca.
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Contos de uma Lady
RomanceTodo homem que se preze precisa fazer com que sua mulher o ame todos os dias. Elas também não saem por baixo! Seduzem seus amores até que ambos morram de amor um pelo outro. De forma sensual e apaixonante, esses contos lhes mostrarão o quão devassos...