7º Capítulo

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POV Claire

Assim que ficamos sozinhos no quarto, Jamie não parou de falar que o que tinha sentido com o nosso beijo mais cedo tinha sido muito especial... ele disse que necessitava ficar mais perto de mim, precisava sentir a pressão e a maciez dos meus lábios contra os dele novamente. Eu ainda estava tão assustada com aquele sentimento que brotava em mim e com toda aquela sinceridade que vinha do ruivo que não consegui respondê-lo com palavras, apenas com um sorriso encabulado e bochechas quentes de vergonha. Ele foi chegando mais e mais perto, sorrindo sedutoramente para mim, até que sua boca encontrou a minha e toda aquela eletricidade que eu tinha sentido mais cedo estava de volta como mágica. Ele pegou em meus cabelos com firmeza, puxando minha cabeça levemente para trás e acariciando com força meu couro cabeludo quando sua língua encontrou a minha no meio do caminho. Ele fazia me sentir tão preenchida, emocionalmente falando, como eu nunca tinha me sentido antes. Toda sua intensidade e sensualidade transbordando até mim e me fazendo gemer em seus lábios, e recebendo um grunhido sôfrego e muito quente em retorno.

Fomos caminhando lentamente até a cama como em uma dança, sem desgrudarmos do nosso beijo ardente. Uma de suas mãos puxava minha camisa para fora da saia para que assim ele pudesse encontrar um de meus seios enquanto a outra estava próximo a minha bunda, firmando meu corpo contra o dele e me fazendo sentir sua evidente excitação pressionando meu ventre. Quando senti seu dedão acariciando meu mamilo, por cima do tecido do sutiã, minha visão ficou ainda mais nublada e todo o resto da minha sanidade se esvaiu, naquele momento só o que eu desejava era que ele me possuísse de corpo e alma. Eu ainda não estava acreditando naquilo que estávamos fazendo e em toda aquela avalanche de sentimentos nos nocauteando sem barreiras, mas, assim que ele me empurrou para deitar na cama, me despertei assustada. Jesus H. Roosevelt Christ, eu estava sonhando com ele, de novo. Acordei suada, respirando pesadamente, com meu corpo atravessado no colchão e as cobertas completamente bagunçadas devido a minha noite agitada. Me sentei com certa dificuldade na cama, tentando retomar meus sentidos, e encontrei Jamie dormindo, deitado no chão próximo à lareira, e com aquele mesmo sorriso no rosto. Definitivamente aquele ruivo estava acabando com a minha sanidade mental.

No dia anterior, quando chegamos a Lallybroch, fui recebida com um certo estranhamento por todos os Frasers, e não era para menos, fui tão severa com Jamie no hospital durante os últimos anos que suas reclamações sobre a terrível Dra. Beauchamp atravessaram o Atlântico e chegaram até a Escócia. Ellen foi muito cordial comigo depois do susto inicial, mas suas perguntas muito perspicazes me levaram a crer que ela estava mais atenta aos nossos passos do que eu supunha. Jenny não tem papas na língua e, a essa altura do campeonato, eu estava preferindo ter pessoas verdadeiras a minha volta do que mentiras veladas, então agradeci por ter sua raiva por mim tão claramente declarada.

O encontro familiar se estendeu por toda a tarde e, mesmo cansada da viagem, consegui desfrutar um pouco daquela dinâmica dos Frasers. Escutei muito mais do que falei, conversando com diversas pessoas e observando como todos eles se relacionavam uns com os outros. Nunca participei de eventos tão cheios de pessoas de uma mesma família, talvez somente quando era muito pequena e meus pais ainda eram vivos. As maiores festas que participei eram de alguma instituição importante de medicina onde as pessoas estavam sempre prontas para julgar as outras por um projeto mal feito ou uma roupa de mau gosto. Nunca tinha participado de eventos onde o carinho e o amor prevaleciam em cada palavra proferida.

Próximo ao pôr do sol, Jamie se deu conta que eu estava sentada em um dos cantos da sala, quase dormindo apoiada em minhas mãos, e avisou que nós estávamos subindo para o quarto. Sua mãe nos acompanhou reafirmando que nós ficaríamos no quarto do seu filho e que estava tudo pronto para nos receber. E eu, nesse momento, me dei conta de que teria que dividir o quarto com o ruivo. Não tinha realmente pensado nisso, mas afinal seria a coisa mais estranha do mundo noivos dormirem em quartos separados. Chegamos a suíte do meu noivo e nossas malas já estavam lá, com a confusão dos primeiros momentos em Lallybroch eu não tinha visto ninguém as levar até o andar superior. Ellen me mostrou alguns detalhes do quarto e se despediu, nos deixando a sós.

A PropostaWhere stories live. Discover now