Capítulo V - Euforia

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   Eu devo está completamente maluca, quem em sã consciência corre para dentro da floresta para ir atrás de um lobo? Exatamente, ninguém, mas, eu não sei o que aconteceu, todo o meu corpo, cada músculo, cada célula me impulsionara para correr atrá...

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   Eu devo está completamente maluca, quem em sã consciência corre para dentro da floresta para ir atrás de um lobo? Exatamente, ninguém, mas, eu não sei o que aconteceu, todo o meu corpo, cada músculo, cada célula me impulsionara para correr atrás dele, havia algo de diferente e ainda tinha aquele machucado na cabeça, parte de mim acha que posso ajuda-lo e outra parte diz que ele vai me matar assim que me aproximar, fiquei com a primeira opção.

   Outro estrondoso trovão ecoou no céu e logo em seguida veio a forte chuva, gélida e grossa me deixando toda encharcada, minha jaqueta de couro vermelha não está sendo mais suficiente para combater o forte frio agora, desvio de algumas samambaias e troncos caídos, olho em minha volta, mas não consigo ver mais nada além das arvores cobertas de musgo, mais samambaias, troncos caídos e algumas plantas e arbustos, o chão está ficando escorregadio por efeito do musgo e as folhas caídas.

   Me apoio em um galho tentando descer um relevo quando eu escuto um barulho nos arbustos atrás de mim e vulto passando muito rápido, solto um grito fraco me assustando soltando o galho me desequilibrando caindo revelo abaixo, vejo tudo girar e sinto uma parte da minha perna arder, solto um gemido de dor assim que paro de rolar.

   Me levanto devagar ainda tonta e me certifico de que não tem nada quebrado e vejo que agora estou encharcada e toda suja de lama, olho minha perna esquerda e vejo minha calça rasgada na cocha junto com um arranhão e o pouco sangue escorrer e é quando novamente vejo um vulto passar ao meu lado.

   — Tem alguém aí? — Pergunto, mas ninguém responde e sinto um arrepio se alastrar por meu corpo e então começo a correr de volta para casa, acho que finalmente me toquei da maluquice que estou fazendo e agora o medo está tomando o meu corpo, assim que avisto a casa e saio da floresta parando de correr e apenas ando rápido recuperando o fôlego, pego minha mochila aonde eu deixei, agora encharcada de água também.

   Abro a porta de casa fechando rápido, as luzes estão todas apagadas, meu tio ainda não chegou do escritório, acendo as luzes da sala e subo a escadaria e vou para o meu quarto, fecho a porta do mesmo e me encosto sentindo o mesmo sentimento que não sei descrever e é quando eu percebo que estou tremendo — de frio? De medo? — Acho que um pouco dos dois, coloco meu cabelo para trás e decido ir tomar um banho quente, preciso relaxar mais e pensar direito nas coisas.

   A água quente me ajudou a relaxar e diminuir bastante o frio, mas ainda estava com o pensamento de que podia ajudar aquele lobo, a sensação de que ele não iria me fazer mal, por que eu ainda estava com este pensamento, se eu contasse isto para alguém com certeza iriam querer me levar para algum psicólogo e dá última vez que estive em um, não ajudou muito.

   — O jantar está quase pronto, não demore. — Falou meu tio atrás da porta me assustando um pouco, pois não escutei quando ele chegou em casa.

   — Já estou saindo. — Respondi indo em direção a janela, ouço o forte vento uivar do lado de fora seguido de um uivo maior ainda, mas não se parece com o do vento, e sim... de um lobo, outro arrepio se alastra por meu corpo.

Filhos da Imortalidade - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora