Capítulo XV - Blackwell

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     — Eu esqueci completamente de avisar ao meu tio que iria ficar aqui

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     — Eu esqueci completamente de avisar ao meu tio que iria ficar aqui. — Falei assim que a Aisha trancou a porta de entrada da casa, sinto meu coração acelerar só em pensar no meu tio no sofá da sala esperando por mim zangado.

     — Eu tomei a liberdade e avisei a ele que você ficaria aqui e voltaria mais tarde. — Aisha me avisou se aproximando de mim. — Tem problema? — Perguntou em um tom preocupada.

     — Você salvou minha vida. — Falei me sentindo aliviada. — Mas ele deixou?

    — Ficou relutante no começo, mas eu contornei a situação e ele deixou. — Sorriu, eu deveria aplaudir ela, porque meu o meu tio quando ele quer ser, ele é bom rigoroso e principalmente agora que eu conheci o Alison.

     Aisha me guiou até uma sala enorme onde na mesma tem dois sofás de couro pretos, uma televisão de tela plasma, lindas e grandes luminárias e várias mesinhas decorativas e estantes, mas o que me chamou mesmo a atenção é a enorme parede de vidro atrás dos sofás com a vista para a vasta e escura floresta.

     Me aproximei mais vendo cada centímetro e lugar da floresta, a forte chuva agora que não perdoa caindo sobre os gigantes pinheiros, um estrondoso trovão ecoou por todo o lugar seguido por um raio, penso se eles não estou sentindo frio, se tudo está indo bem ou se já estão voltando.

     Possivelmente não faz nem vinte minutos que eles saíram, mas naquela velocidade que eles conseguem atingir já devem estar no lugar marcado, eu sei que prometi a mim mesma afastar esses sentimentos de dentro de mim, mas agora é mais difícil do que imaginei, estou preocupada, com todos eles, com o Alison, Belinda, Oliver, Matteo e Enzo.

     Um barulho me assusta um pouco vindo da floresta como se fosse algum animal rangendo, olho para todos os lados em busca desse barulho, mas não consigo ver nada, então fecho meus olhos sentindo meu coração acelerar para tentar escutar melhor, mas nesse momento outro trovão ecoou estrondando por toda a casa se seguindo por um relâmpago forte me assustando novamente.

     — Foi só um trovão. — Aisha se aproximou ao meu lado me oferecendo uma xícara com um líquido marrom dentro, peguei ele percebendo que está quente, assopro um pouco e tomo devagar um gole da bebida doce e quente que identifico logo que é chocolate quente. — Um dos prazeres da vida. — Indicou a xícara se sentando no sofá e ligando no jornal da cidade, logo me sento ao seu lado me aconchegando no macio e cheiroso sofá.

     — Está muito bom. — Sorrir um pouco fraco.

     — Eu sei que está preocupada, confie em mim quando digo que eles estão bem. — Ela olhou para mim me tranquilizando.

     — Eu confio. — Falei a verdade, solto um suspiro tentando ao máximo me acalmar e colocar as palavras da Aisha em minha mente.

     Mudo minha atenção para a televisão, está passando algo relacionado ao tempo chuvoso desses dias ou algo assim porque eu perdi totalmente o interesse assim que eu observei ao lado um uma pintura em uma moldura de madeira bem talhada dos Blackwell em lindos trajes de época, Belinda e Aisha com elegantes e longos vestidos e o Alison, Oliver, Matteo e Enzo em lindos e formais ternos, forcei um pouco a visão e consegui ver escrito em baixo no canto direito “1910”, o ano em que foi feito.

Filhos da Imortalidade - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora