Depois da aula

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Junto minhas coisas.
Provavelmente  o Peter deve achar que eu faça o mesmo que a Dorothy e o professor,  que eu saia da sala em silêncio, mas não é essa minha intenção.
Me levanto e vou na direção dele...
Dessa vez a predadora sou eu!
Ele está encostado na fileira de mesas atrás dele com as mãos nos bolsos, parecendo falsamente intediado.
Ele tenta não mostrar sua inquietação, mas seus olhos verdes não me enganam...
Minha presença perto dele, o pertuba e ele parece gostar.
Nós olhamos um pro outro por um momento, como dois adversários, um pronto para se defender e outro pronto para atacar.
Peter passa a mão pelos seus cabelos negros, e eu estou morrendo de vontade de fazer o mesmo...

(Peter) "Não dificulte as coisas pra nós Jéssica."

Sua voz é fria e firme, e seu tom me pega desprevenida.
Cada pedacinho meu deseja ele!
Eu desejo que ele sussurre suas palavras doces no meu ouvido, quero sentir sua respiração no meu pescoço, ouvir seus gemidos de prazer enquanto me possui...
Chego mais perto, e mais perto ainda tentando desestabiliza-lo.
E está funcionando!
Vejo que seus olhos pousam em meus lábios.
Fico de pé diante dele.

(Jéssica) "Dificultar o quê? Eu não estou fazendo nada!"

Deixo minha caneta cair no chão propositalmente, mas ainda não a pego.

(Jéssica) "Mas de qualquer forma fique você sabendo que não vou desistir. Eu penso em você o tempo todo... não te ter dói demais..."

(Peter)  "Você não sabe o que está falando!"

(Jéssica) "Você realmente acha que pode continuar decidindo tudo por mim, né? Primeiro você decide por uma distância entre nós sem considerar o que eu possa pensar... E agora, até os meus sentimentos não significam nada pra você? Eu posso não ter vivido tanto quanto você, Peter, mas eu sei o que eu sinto, e você não pode tirar isso de mim."

Digo e me viro pra apanhar minha caneta. Me abaixo de forma que minha bunda fique bem no seu campo de visão, com sorte minha saia levantará o suficiente pra ele ficar desejando o que não aparecer.
Deu certo!
Assim que me levanto sinto o corpo do Peter me pressionar firmemente pelas costas, um de seus braços  abraça minha cintura, enquanto sua outra mão agarra meus cabelos pela nuca.
Puxando suavemente minha cabeça pra trás ele encaixa seu rosto no meu pescoço... me sinto totalmente dominada por ele!

(Peter) "Você quer saber o que eu sinto?"

Ele sussurra em meu ouvido, sua voz rouca me penetra extremecento meu corpo todo.
Como um flash ele me vira, agora estou contra a fileira de mesas com ele praticamente em cima de mim.
Sinto seu cheiro tão único, tão fascinante... é impossível resistir à ele!

(Peter) "Eu sinto que você está lentamente me matando, que você foi criada com o único propósito de me atormentar..."

Ele está tão próximo que seus lábios estão apenas alguns centímetros dos meus.

(Peter) "Toda vez que te vejo quero estar com você, sentir você perto de mim. E quando não te vejo só consigo pensar em você... Eu acho que preciso te deixar livre, não estar com você, mas só de imaginar te vêr com outro cara me deixa louco de raiva. Você está fazendo da minha vida um inferno, mas só de te vêr sorrir me faz querer sorrir também. Então, o que eu devo fazer? Diga-me Jéssica?"

Antes que eu possa responder, ele encosta seus lábios nos meus num beijo violento e desesperado.
Ele passa a mão pelo meu cabelo, me beijando mais profundamente.
Eu me agarro a ele, com meus braços envolta do seu pescoço.
Abro um pouco mais minhas pernas deixando-o se encaixar entre elas, meu corpo treme pela excitação!
Acho que a barreira que ele criou foi rompida.
Sua boca, doce e possessiva, explora meus lábios... saboreando-os, lambendo-os, como a tempos ele não fazia...
Como eu esperava por esse beijo... cheio de doçura e sensualidade.
Corro minhas mãos por baixo da sua blusa e sinto o desenho de seus músculos.
Peter me olha intensamente.
Seus olhos verdes que normalmente são frios, agora estão quentes e brilham apaixonadamente... o fascínio que vejo neles me tira o fôlego.

(Peter) "Você é tão linda Jéssica! Você brilha como uma estrela na escuridão da noite..."

Ele me segura mais apertado ainda, seus braços em volta de mim me pressionando contra ele... consigo sentir a dureza do seu membro.
Nossos corpos de encaixam tão perfeitamente que acho que foram feitos um para o outro.

(Peter) "Você não tem idéia do que está fazendo comigo..."

Sua voz rouca sussurrando no meu ouvido, getilmente me acariciando.
Seus olhos parecem dois espelhos... um reflete sofrimento o outro reflete paixão!
No entanto ele parece incapaz de ficar longe de mim...
Como se estivesse enfeitiçado, mais uma vez ele se apodera da minha boca.
Agora ele se afasta, me olha por um momento sem dizer nada, parado, perfeitamente imóvel.
Vejo dúvidas em seus olhos. O que ele pode estar pensando?
Sinto um medo súbito.
Puxo-o pela blusa e o abraço, aconchegando meu rosto na curva do seu pescoço.
Sinto suas mãos deslizarem pelos meus cabelos acaraciriando-os.
Momentos depois ele se afasta, franze a testa como se fizesse uma escolha, mesmo sabendo que irá sofrer lá na frente.
Novamente ele me beija.
Deixo-o possuir minha boca completamente, sua língua dentro da minha boca acaricia a minha, num movimento sensual, como se ele quisesse me possuir por completa agora.
Nada mais existe além dele...
Roço meu corpo contra o dele, duro e frio, tão belo que é evidente que não é  humano.
Eu o ouço gemer, o que envia arrepios por todo o meu corpo.
Ele está me deixando louca!
Seus dedos me apertam o corpo... se eu tivesse dúvidas, agora saberia, que ele me acaricia tão bem quanto toca piano!
Sua pegada me faz molhar a calcinha.
Peter me beija tão apaixonadamente, como se eu fosse o ar que ele precisa pra respirar.
Mas uma vez ele se afasta...

(Peter) "Eu não deveria..."

Não deveria o quê? O que ele vai falar agora?
Puxo ele pela blusa, colo meus lábios novamente nos dele e passo as pernas ao redor do seu quadril... não posso deixar ele pensar muito!
Peter se afasta segurando meus pulsos, ele parece irritado.

(Peter) "Sinto muito Jéssica, mas você tem que entender que não podemos... não sou bom pra você!"

Ele começa a andar pra trás se afastando cada vez mais.
Sinto que vou perder o controle e começo a chorar.
Lágrimas correm pelo meu rosto, começo a soluçar.
Então é assim que as coisas serão?
Sinto como se meu coração fosse quebrar...
O que eu vou fazer agora?
Me sinto totalmente perdida!
Volto pra casa sentindo-me deprimida, sem saber o que fazer...
Como ele pode me ignorar desse jeito?
Depois de tudo o que aconteceu entre a gente, eu me entreguei à ele, de corpo e alma...
Porque sacrificar algo tão belo quanto o amor?
Entro na mansão me sentindo um lixo.

Is it Love - Peter - Da solidão à Paixão Onde histórias criam vida. Descubra agora