Recuperação de Peter

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Apesar do pesadelo que enfrentamos, tudo parece estar voltando ao normal.
A ferida do Peter se cura magicamente, é imprecionante de se vêr!
Me inclino para o Peter e me aconchego nele, encolhidinha.
(Jéssica) "Eu fiquei com tanto medo... pensei que eu não fosse conseguir te trazer a tempo."
(Peter) "Mas você conseguiu... está tudo bem agora, meu amor..."
O Drogo olha pra gente com  curiosidade nos olhos.
(Drogo) "Vocês foram se aventurar na floresta?"
Ele começa a rir.
(Drogo) " Os pombinhos devem procurar outro lugar pra realizar suas fantasias..."
Eu não acredito nisso...
(Jéssica) "Você tá falando besteira..."
(Drogo) "Relaxa, coisinha! Vocês só precisam ser mais cuidadosos quando saírem pra esses encontros selvagens... Já imaginou serem surpreendidos pelos Templários bem naquela hora??"
Ele ri zombeteiro e o Peter ri também, já eu queria encontrar um buraco pra enfiar a cabeça, sinto meu rosto ferver, devo estar igual a um tomate!
Apesar da aparente despreocupação deles, a situação é séria.
(Jéssica) "Eu não estou achando graça... aquelas pessoas estão querendo matar!"
(Drogo) "Eu sei que aqueles babacas estão atrás de nós e teremos que ter muito cuidado, especialmente com balas venenosas!"
(Jéssica) "Que tipo de veneno é esse que é perigoso pra vocês?"
O Peter se senta e seu rosto tem uma expressão séria agora.
(Peter) "Essas balas são específicas pra matar vampiros, são feitas com sangue de lobisomem e de mandrake."
(Drogo) "Somos imortais mas não indestrutíveis..."
(Peter) "O veneno é poderoso, se ele se espalhar por todo o corpo... já era!"
Congelo.
(Jéssica) "Bom... mas vocês tem o antídoto..."
(Drogo) "Mas é ineficaz se a quantidade de veneno for muito grande, tudo tem seu limite, Jéssica."
Céus! Quer dizer que se o Peter tivesse tomado 2 tiros ele poderia não estar mais aqui?
Não quero pensar nisso!
(Peter) "A partir de agora temos que evitar entrar na floresta à noite... os Descendentes estão à procura de nós..."
(Jéssica) "Mas eles estão por todos os lugares, qualquer lugar é perigoso agora!"
Estou muito nervosa.
(Drogo) "Eles não são loucos de nos atacar ao ar livre pra serem notados, nem aqui na mansão e muito menos sem suas balas envenenadas, então fica calma coisinha..."
(Jéssica) "Ah! Me desculpe, mas é impossível eu ficar calma!"
(Drogo) "O que importa é que vocês tiveram sorte e agora estão seguros!"
(Peter) "Eu nunca me perdoaria se algo acontece com você Jéssica."
Ele me olha com tristeza nos olhos como se ele tivesse culpa no que aconteceu.
Eu o abraço mostrando  que está tudo bem, que devemos esquecer esse pesadelo.
Depois de darmos boa noite ao Drogo vamos pro quarto do Peter.
Eu o ajudo a subir as escadas mesmo percebendo que sua força voltou.
Uma vez em seu quarto o Peter se acomoda na cama.
(Jéssica) "Como você está se sentindo?"
Com a cabeça nos travesseiros ele me dá um sorriso preguiçoso.
(Peter) "Me sinto melhor..."
Mesmo querendo ficar decido deixa-lo sozinho. Eu sei como ele é, ele gosta de colocar sua mente em ordem em meio a sua solitude.
(Jéssica) "Vou deixar você descansar agora então..."
Dou um beijo na sua boca e quando estou pronta pra me afastar ele me segura.
(Peter) "Não, fique! Vou me sentir muito melhor se você estiver aqui comigo."
Um grande sorriso aparece no meu rosto, de ponta à ponta da orelha.
Dou outro beijo nele, me sento na beira da cama e entrelaço nossos dedos.
Tive uma idéia!
(Jéssica) "Vou fazer algo que você vai adorar!"
Digo entusiasmada e corro até o piano .
Levanto a tampa e olho pro teclado...
Ah...! Não pode ser tão difícil assim né?
Me viro olhando de forma enigmática pro Peter...
Estou tentando fazer um suspense.
E vejo que ele está com um sorriso divertido no rosto, dou uma piscadela pra ele e começo a tocar.
Toco as teclas aleatoriamente e uma melodia esquisita soa pelo quarto.
Não está do jeito que eu quero...
Fecho os olhos tentando lembrar de cada movimento do Peter ao piano...
E acho que deu certo!
Melhorou um pouco mas não deixa de ser uma melodia desajeitada.
Percebo que o Peter está atento à minha forma de tocar.
Eu continuo tocando as mesmas teclas em ordem diferente até que fique mais harmonioso.
Dou uma olhadinha pra ele e o vejo surpreso, acho que estou começando a encantar o Peter!
Ele sai da cama e se aproxima colocando as mãos nos meus ombros, o que me incentiva a me esforçar mais pra deixa-lo de boca aberta.
Apesar de eu ser uma pianista de araque, termino meu improviso como uma verdadeira estrela!
Eu posso não ter o dom mas tenho estilo.
Imediatamente o Peter aplaude e eu me viro, me curvando à ele como agradecimento.
Vejo que a melancolia dele deu lugar a alegria.
(Peter) "Bravo, Jéssica! Onde você aprendeu isso?"
(Jéssica) "Para de graça, Peter!"
(Peter) "Eu não estou! De verdade! Foi um excelente começo, estou muito orgulhoso de você."
(Jéssica) "Eu só te imitei, mas receio não ter seu talento."
(Peter) "Eu posso te ensinar se você quiser..."
Eu me levanto e sorrio enquanto Peter envolve seus braços em volta da minha cintura.
(Jéssica) "Eu quero tudo de você ."
Meu gesto simples e desajeitado ao piano o emocionou, sinto que dei mais um passo à dentro do seu coração!
No dia seguinte eu continuo cuidando do Peter.
Desde minha tentativa no piano o Peter não parou de sorrir... lembro do que a Lorie me contou...
Vê-lo feliz, me faz feliz!
Quero aproveitar o bom humor dele e sugerir algo.
(Jéssica) "Sabe Peter, estive pensando... o que acha de fazermos uma limpeza naquela sala secreta e se desfazer de algumas coisas?"
(Peter) "Você está doida, Jéssica?"
Suspiro...
(Jéssica) "Não Peter, mas acho que te fará bem... não digo se desfazer de tudo, só do que não serve mais e guarde somente algumas coisas que te façam bem..."
(Peter)  "Eu não sei..."
(Jéssica) "Ok! Quando você se sentir pronto... mas se lembre que esse é o segundo passo a ser feito."
(Peter) "Talvez você esteje certa... te contar sobre me passado me aliviou bastante, então..."
Não demora muito e já estamos dentro da sua sala.
Ele começa a pegar suas roupas velhas do século passado e jogar num canto... ele parece determinado!
Eu que as pego e vou dobrando e empilhando, para serem postas depois numa mala e se desfazer.
(Peter) "Que esse maldito passado vá para o inferno!"
Suas palavras soam como música em meus ouvidos.
(Jéssica) " Tenha certeza meu amor, que essa é a decisão certa! Ninguém deve carregar algo tão doloroso consigo."
Ele vem até mim e levanta meu queixo com as pontas dos dedos, me fazendo olhar pra ele.
(Peter) "Você é a minha luz, obrigada!"
Seus lábios tocam os meus com doçura.
(Peter) "Não há um dia que se passe srm que eu te ame mais."
Sinto borboletas no estômago com sua singela declaração.
Mas, decido brincar um pouquinho...
(Jéssica) "É mesmo?? Então porque é difícil de acreditar em voce?"
Levo minhas mãos as quadris o desafiando.
Ele ri.
(Peter) "Eu posso te provar, minha barraqueira!"
Peter me puxa de forma envolvente pra ele e cola seus lábios nos meus.
Nossas línguas buscam uma a outra, numa dança sensual e febril.
Gentilmente ele me puxa pro outro lado da sala e me vejo pressionada contra o antigo piano.
Meu corpo queima de excitação!
Suas mãos vagam por mim e eu faço o mesmo sobre seu abdômen perfeito.
É então que no calor do momento eu viro a cabeça e vejo uma foto da vagabunda no piano... Lizabeth a piranha!
Tenho a horrível sensação dela estar me olhando, me observando...
Todo o meu tesão vai por água à baixo.
O Peter quase imediatamente percebe meu desconforto.
(Peter) "O que há de errado...? Oh..."
Ele vê a foto e um pouco desconcertado me puxa pra um sofá e me deita imediatamente.
Felizmente as carícias do Peter me trazem de volta ao que interessa.
O Peter é tão amoroso...
Eu sou mais que apaixonada por ele, eu sou viciada nele!

Is it Love - Peter - Da solidão à Paixão Onde histórias criam vida. Descubra agora