(Nota do autor: Queridos leitores, alguns de vocês ficaram confusos quando mencionei que Bruno havia desaparecido. Cheguei a explicar para alguns que eu não dissera que ele tinha fugido e sim desaparecido. Na minha família virou febre, certa época, construírem discretamente o banheiro, especialmente o do casal dono da residência, por trás de uma das portas do guarda-roupas embutido. Caso alguém não conheça este banheiro opcional das suítes de algumas casas e queira ver como é...segue acima um vídeo explicativo. Abraço!)
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A casa de Bruno era tão pequena a ponto de toda ela poder ser vista praticamente da porta de entrada. Era tudo pequeno e simples e por isso exatamente, por já ter estado lá, foi que Elisson teve certeza de que não havia, como na sua casa, um banheiro escondido dentro do armário. Talvez Bruno nunca tivesse entrado numa casa onde houvesse um reservado dentro do armário e, especialmente, quais eram as possibilidades de uma pessoa entrar numa casa pela primeira vez e adivinhar que havia um banheiro assim?
Elisson podia se lembrar do entusiasmo que fora, pra ele e para o irmão, a construção daquele esconderijo para as suas armações na infância. Eles adoravam se esconder ali, quando os colegas chegavam, e os deixava loucos quando lhes revelava o lugar.
_Meu pai falou que pode até servir de esconderijo, caso um ladrão invada a nossa casa!_eles se orgulhavam em explicar. _Olha se dá pra ver que existe um banheiro aqui atrás!
Os colegas negavam boquiabertos e isso enchia os pequenos de entusiasmo e orgulho do próprio lar.
Não dava pra Bruno simplesmente se levantar naquela fração de segundo em que Elisson se virara pra acompanhar Aline para fora do quarto e ir direto para a porta certa no armário! Estava, mais uma vez, confirmado que o lavador de pratos tinha intimidade com aquele quarto!
A preocupação pela demora de Bruno no banheiro fez com que Elisson se aproximasse.
O promotor de eventos sentiu o coração em pedaços ao encostar o ouvido na porta do banheiro e perceber que Bruno chorava convulsivamente, tendo a torneira aberta numa tentativa inútil de disfarçar os seus soluços incontroláveis.
Elisson chegou a levantar a mão para bater na porta, perguntar se ele estava bem e oferecer ajuda, mas achou que poderia ser ousadia demais! Porém, à medida que o tempo se passava, a sua preocupação ia aumentando e fazendo o dono da casa mudar de ideia.
Bruno havia aberto o chuveiro justamente na tentativa de disfarçar o som do choro que não cedia. Sentado no chão num dos cantos do pequeno banheiro, ele tampava a boca com ambas as mãos, percebendo que os seus soluços estavam altos demais! A impressão que tinha era que toda a casa poderia ouvir o seu choro!
A cabeça do lavador de pratos estava totalmente um redemoinho, pois ele sentia como se tudo estivesse desmoronando sobre ele e como se ele estivesse esgotado todas as suas forças e todas as suas reservas de se manter o chefe, a imagem forte da sua família!
Como se sentiria a sua irmã, grávida e precisando de sua ajuda, se o visse naquele momento de fraqueza? E os sobrinhos então se vissem ele ali, completamente nu e largado no chão daquele lugar que não era seu, chorando feito uma criança desamparada?
Ele tentou respirar fundo para ver se recuperava o controle, tentou se reerguer daquele chão já encharcado...mas o choro descontrolado voltava com força total!
Era difícil confirmar, mais uma vez, que Aline era egoísta o suficiente para não se preocupar com ele mesmo sabendo que ele tinha passado o dia todo inconsciente!
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COINCIDÊNCIAS NÃO EXISTEM!-Armando Scoth Lee-romance espírita gay
RomantikIMPRÓPRIO PARA MENORES DE 21 ANOS!-Elisson é um homem atormentado por seu passado. Considera-se o responsável pela morte do amado irmão Túlio e pela grave doença da mãe. Desesperado, Elisson está disposto a investir tudo o que tem pra salvar a vida...