CAPÍTULO 32-VERA RECEBE AJUDA

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Vera deu um pulo assustado na cama quando Aline deu um berro com os filhos! Ela já deveria estar acostumada, pois à medida que a gravidez chegava ao final, mais ainda aumentava a irritação de Aline!

A garota engordara demais, as narinas estavam mais abertas e algumas manchas haviam aparecido no rosto. Somado a isso, também surgiram estrias e celulites, o que deixava a garota revoltada com aquela situação e sobrava para Alice e Artur!

A filha de dona Carmem decidira contratar uma amiga de sua confiança, que também era enfermeira, para que pudesse revesar com ela no hospital,  quando Vera estava cansada demais para continuar acompanhando a mãe.

Era impressionante como nada estava dando certo para que a cirurgia se realizasse...nada!

Dona Carmem sempre era reprovado nos exames...às vezes a  pressão estava alta demais...às vezes a pressão estava baixa demais...às vezes era a glicose que subia...uma diarreia fora de hora que aparecia e tinham que esperar melhorar...a temperatura subia...Sempre algum problema!

O tempo ia se arrastando lentamente para Vera. A grande chance quando Elisson viajou não poder ser aproveitada: dona Carmem estava com febre e talvez pudesse ser uma infecção e então, novamente, adiaram a cirurgia.

Vera estava esgotada com tudo aquilo...esgotada! Daí ter que admitir que ela sozinha não daria conta de olhar a mãe...mas ficar em casa com Aline implicando daquele jeito com  as crianças também não estava ajudando...

Avaliou que talvez estivesse pagando um preço alto demais para manter Bruno fiel ao seu compromisso, pois Aline iria acabar destruindo a casa, matando os próprios filhos e matando a ex-enfermeira!

A porta abriu-se com um estrondo e os filhos de Aline entraram correndo no quarto de Vera  gritando:

_Tia Vera, socorro!

_Ajude a gente, tia Vera, por favor!

Os dois pularam em cima da mulher que apenas permitiu que eles se escondessem atrás dela.

Logo chegou Aline, narinas arreganhadas, totalmente desfeita e com uma sandália de borracha na mão, ameaçando os filhos:

_Não adianta se esconderem aí, seus capetas!_a garota gritou enchendo a casa com sua voz irada.

Vera percebeu que era melhor que a mãe ficasse no hospital, realmente, pois se ela ficasse ali naquele caos, poderia piorar.

_Jesus Cristo, Aline!_assustou-se Vera._Isso é jeito de falar com os seus filhos? Que pecado! Uns meninos tão fofos e você se referindo a eles assim! Que judiação, Aline!

_Ela disse que a gente ainda vai acordar um dia com um rabo de capetinha..._adiantou Alice apavorada agarrando o pescoço de Vera._Não quero ter rabo!

_E com chifres também!_completou Artur também agarrando-se a Vera._Eu também não quero ter chifres, tia Vera!

_Meu Deus, isso é jeito de falar com os meninos, Aline? Eles estão apavorados, não vê?

Vera abraçou as crianças que tremiam de medo.

_Fiquem assim não, meus lindos...a mamãe está brincando...não tem nada disso de chifres ou rabo...

Aline irritou-se por achar que a mulher estava interferindo demais na autoridade dela!

_Se você fosse a mãe deles estaria falando pior, Vera...ah se estaria! Maldita a hora que eu pari estes pestes! Vão me encher de rugas antes do tempo!_bufou Aline.

Aline deu um passo em direção aos filhos que se agarraram a Vera quase a estrangulando. A irmã de Elisson ergueu a mão autoritária!

_Nem sonhe em encostar um dedo nas crianças que eu não vou deixar de jeito nenhum! Olha o seu estado, criatura! Daqui a pouco a sua pressão sobe e já entrando no sétimo mês, o risco de adiantar o parto é maior ainda! Perdeu o juízo, Aline?

COINCIDÊNCIAS NÃO EXISTEM!-Armando Scoth Lee-romance espírita gayOnde histórias criam vida. Descubra agora