Vera entrou na cozinha com o rosto afogueado, a respiração ofegante e um sorriso de orelha a orelha enfeitando o rosto bem cuidado!
_Gente, eu acho que vou me mudar pra este lugar!_falou observando Danilo depositar o cesto com frutas sobre a mesa da cozinha._O quintal é lindo, mamãe! Muito bem cuidado e cheio de árvores frutíferas e tem até algumas galinhas! Danilo tem feito um excelente trabalho aqui, logo se vê, irmã!
Vera arregalou os olhos, como se quisesse capturar e registrar a imagem de Danilo pra sempre em sua memória.
Carmem não conseguiu conter uma gargalhada, pois nunca vira a filha tão à vontade e tão feliz na presença de um homem!
A idosa acreditou que talvez o negro tivesse também se encantado por sua filha. O coração sofrido da mãe comemorou mais uma vez aquela visita àquela casa.
_Sente-se, minha filha! Há quanto tempo não te vejo tão entusiasmada! Até parece que viu o passarinho verde!_Carmem comentou curiosa.
A filha afastou a gola da blusa do corpo e soprou pelo decote para se refrescar.
_Ah, mamãe...só estou feliz! Tá quente aqui, não acham?_novamente Vera não se conteve.
Irmã Carolina olhou curiosa para Danilo, que lhe fez um gesto significativo de cabeça informando que não tinha nada a ver com aquele fogo todo daquela mulher!
_Vamos embora, filha?_chamou Carmem._Acho que já abusamos demais da hospitalidade da irmã Carolina.
_Eu não estou com pressa._Vera sentou-se ao lado de Danilo e não deixou de colocar a mão no braço dele, sentindo os músculos duros e bem definidos._Eu e o Danilo temos muitas coisas em comum, não é, Dan?
Bruno pigarreou desconsertado ao perceber o que estava rolando ali, pois sabia que o amigo era gay!
_Me desculpem interromper, mas eu preciso chegar em casa logo, porque a minha irmã deve estar precisando de mim._anunciou Bruno visivelmente aflito._A senhora me ofereceu carona, dona Carmem, mas caso queiram ficar mais um pouco, eu posso ir a pé. Minha casa é pertinho daqui. Menos de...
Carmem não o deixou continuar:
_De jeito nenhum! Você não me escapa, meu querido!_e virando-se para Vera._Vamos, Vera! Pode ter certeza de que eu também pretendo voltar pra visitar a irmã. Delicioso o chá de erva cidreira dela!
_Obrigada! Volte sim! Será um prazer, dona Carmem!_sorriu a irmã Carolina satisfeita com aquele encontro entre Bruno e a boa senhora.
_Da próxima vez, quero trazer o meu filho pra senhora conhecer, irmã._anunciou Carmem.
A menção do irmão pareceu acordar Vera que finalmente decidiu-se a ir embora. Não seria um bom momento pra Bruno saber da farsa de Elisson, Vera considerou. Que o irmão desfizesse aquele mal entendido, não ela!
Vera não se importou se o irmão teria que se explicar com Bruno, caso se encontrassem naquela casa junto com a mãe de Elisson. Aliás, Vera, com certeza, tinha motivos pra não se preocupar com mais nada a não ser consigo mesma naquele momento!
Danilo entrou com a irmã Carolina, assim que o carro partiu levando as duas mulheres e Bruno embora.
_Danilo, o que você disse a esta mulher que a deixou fogosa deste jeito? Vi a hora em que ela arrancava as roupas e pulava sobre você feito uma fêmea no cio! Meu Deus!_quis saber a irmã curiosa.
_O importante não foi o que eu disse, irmã Carolina! O importante foi o que eu não disse a ela!_esclareceu Danilo.
A irmã o encarou mais curiosa ainda.
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COINCIDÊNCIAS NÃO EXISTEM!-Armando Scoth Lee-romance espírita gay
RomanceIMPRÓPRIO PARA MENORES DE 21 ANOS!-Elisson é um homem atormentado por seu passado. Considera-se o responsável pela morte do amado irmão Túlio e pela grave doença da mãe. Desesperado, Elisson está disposto a investir tudo o que tem pra salvar a vida...