CAPÍTULO 7-INVERSÃO DE PAPÉIS

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(Queridos leitores, os capítulos estão ficando muito grandes...em média 3 mil palavras. Querem que eu os divida em dois? Pesquisa de aceitação, especialmente para a galera que lê em celulares. Pra mim, tanto faz...grande abraço! Favor opinar. Desde já, obrigado!)

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Bruno não estava acreditando que aquilo estava acontecendo com ele...com ele não!

O lavador de pratos estava exausto, a dor de cabeça aumentara e ele sentia que as pernas não aguentariam por muito tempo antes de cederem a toda aquela tensão.

O homem que ele ajudara não parecia interessado em recompensá-lo, mas sim arrastá-lo para algum lugar escuro e desabitado a fim de surrá-lo para pegar o seu dinheiro e o seu celular velho.

Lembrou-se de um colega uma vez ter sido surrado justamente porque o ladrão não agradara de seu aparelho  celular. Disse que aquilo não prestava nem pra ser roubado, o atirou no rosto do rapaz e aí disse que o espancaria para que ele aprendesse a não fazer o marginal perder o tempo dele.

Bruno imaginava que todos aqueles flashes com seus sobrinhos amados e a sua irmã desmiolada só queriam indicar que o seu fim havia chegado!

Olhou em volta e percebeu que não havia ninguém ali, apenas os dois andando em linha reta na noite escura, o homem ainda apertando o seu braço que, com certeza iria ficar roxo no dia seguinte, caso ele sobrevivesse.

_O que  vai fazer comigo, pelo amor de Deus..._gemeu.

Elisson o interrompeu sério, sentindo-se um monstro por agir daquela forma!

_Fique quieto e apenas continue a andar sem olhar pra trás._ordenou  totalmente tenso.

_Eu juro que falei a verdade...eu não tenho nada...nada mesmo...o meu celular está no meu bolso esquerdo, mas confesso que é um bagulho que comprei usado...mas pode levar, claro. _Bruno tentou negociar.

Elisson começou a se sentir desconfortável por estar naquele disfarce que, pelo visto, realmente era capaz de meter medo no pobre lavador de pratos.

_Eu já disse...não tenho nem onde cair morto, cara...estou vendendo um rim pra poder conseguir ajudar a minha irmã a criar os filhos dela...Acha que eu faria isso se tivesse escolha? Eu sou um fodido, cara...não vai lucrar nada comigo...nada!_novamente Bruno gaguejou amedrontado.

Bruno percebeu assustado que Elisson estava virando-se para entrar na rua onde ficava a sua casa. Avaliou que talvez o homem já estivesse há dias de olho nele, já tivesse descoberto onde ele morava!

O pânico tomou conta do rapaz, que logo imaginou que aquele homem o levaria de refém para obrigar a sua irmã a abrir a porta. Aline grávida poderia ser estuprada...os sobrinhos inocentes já deviam estar dormindo, mas o que aquele homem poderia fazer com eles, caso eles acordassem com os gritos da mãe?

Bruno tentou soltar-se, mas o homem ainda o arrastava firme, decidido.

_Não quero te fazer mal...só quero que chegue em segurança na sua casa._explicou Elisson como se lesse os pensamentos do rapaz.

"Ele quer que eu acredite nisso?", analisou o rapaz.

Bruno olhou para a mão que ainda agarrava o seu braço e percebeu algo que não tinha observado antes: as unhas daquele homem estavam limpas, cortadas e tinham sido feitas recentemente, o que indicava que ele não deveria estar há muito tempo nas ruas.

"Quanto tempo um homem leva para perder a sua dignidade nas ruas?",  Bruno avaliou esperançoso.

_Escute...eu sei que você não está nesta vida há muito tempo...você ainda pode voltar a ser o que era, não se deixar envolver numa vida de crime, cara...

COINCIDÊNCIAS NÃO EXISTEM!-Armando Scoth Lee-romance espírita gayOnde histórias criam vida. Descubra agora