Capítulo 27

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— Pode me ouvir ? — perguntou e ela o encarou — Eu preciso que se abra com Delphine sobre a caixa — disse tirando uma cara surpresa de Cosima — Ela sabe, Senhorita Niehaus. Ela vai te ajudar com tudo.

— Ela sabe ? — perguntou com certa irritação. CRETINA

— Ela sabe o suficiente para provar que Leekie é... — pausou fechando os olhos — É o que é. O passado dos pais dela, ela sabe mas não acredito que tenha o suficiente para provar.

— Ela disse que Leekie tirou tudo dela, mas não perguntei sobre o que era — acalmou a respiração e abaixou o olhar — O que são aquelas coisas ? Por que tem um livro velho ?

Mark olhou para os lados e pendeu o corpo por cima da mesa.

— Códigos, Cosima. Apenas seu pai sabe, mas você é inteligente. Eu não sei nada além disso, apenas se dedique e encontre a verdade — sorriu fraco — Delphine Cormier é uma das pessoas de confiança, não deixe que o medo as afaste.

— Não posso prometer nada —  disse firme — Não vou envolver ela nesse circo, é perigoso demais.

—  Mas você precis...

—  NÃO —  interrompeu —  Não vou meter a Delphine nisso, ponto final.

...

11:49

Cosima saiu do restaurante, teve uma longa conversa com Mark. Apenas a enrolou, não disse nada que ela já não soubesse. Entrou no carro e pegou seu celular. Sorriu ao ler a mensagem de número desconhecido. Delphine. Abriu um sorriso maior com a foto de perfil dela. "Tão perfeita". Salvou o número como "francesa" e um coração.

Cosima 11:51: Como estão as coisas por aí?

Mandou e colocou o celular no banco do passageiro. Abotoou o cinto e deu partida. De volta para casa, lá vamos nós.

Pouco mais de 1 hora  já estava em casa, pegou a caixa e foi para a empresa.

Dyad Institute, 13:47.

—  Boa tarde, Megan —  disse passando direto.

— O doutor Leek...—  não conseguiu terminar, Cosima entrou na sala e se assustou com Aldous sentado.

—  Já resolveu sua URGÊNCIA —  deu ênfase e encarou Cosima, que se sentava.

—  Creio que dos meus assuntos pessoais eu não precise informar a diretoria —  sorriu debochada —  Para me esperar em minha sala creio que seja algo urgente.

—  Vejo que trouxe uma caixa —  disse olhando para a caixa sobre a mesa, Cosima olha para ela também e depois volta a encarar Leekie.

— Coisas pessoais. O que queria tratar comigo ? —  apoia os cotovelos sobre a mesa, mudando de assunto.

— Acredito que pense coisas sobre mim, queria dizer que as pessoas comentam mais do que sabem.

—  Ninguém me falou nada. A minha visão sobre o senhor é totalmente com minhas conclusões e observações do seu comportamento —  se curvou por cima da mesa —  Que convenhamos não tem sido dos melhores —  sorriu voltando a arrumar a postura — Eu não formo opiniões perante a fofocas, mas sim sobre fatos. A verdade que conta. Por enquanto não ouvi fofocas —  sorri de canto e recebe um olhar fuzilador.

—  Ótimo, espero que possa te mostrar que não sou o que falam —  sorri e se levanta — E não tente procurar chifre em cabeça de cavalo —  pisca e sai em passos firmes.

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