Capítulo 25

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— Vem cá — a puxou jogando no sofá. Deitou por cima, apoiando o peso sobre os cotovelos. Se esfregava em Delphine, movimentos de vai e vem, enquanto a beijava com extremo fogo — Me diga, o que você quer — disse mordendo o pescoço da loira, que se contorcia com o bafo quente de Cosima sobre sua pele.

— V-você — ofegou. Cosima deslizou sua mão devagar, entrando na calça da loira. Ficou massageando por cima da calcinha — Eu quero voc HÃN — gemeu alto quando Cosima apertou sua intimidade.

— Só vai me ter sábado — cochichou em seu ouvido e deixou um beijinho delicado no seu pescoço. Tirou a mão de dentro das calças de Delphine e levantou.

— Você me deixa na mão sempre — bufou enquanto sentava, arrumando a camisa que tinha alguns botões abertos. Cosima sentou na cadeira de couro de Delphine e sorriu ao ver que a loira estava realmente brava.

— Não reclama, Cormier — disse em tom provocativo — Quando eu te pegar, vou foder tanto que você não vai andar por semanas — rodava na cadeira, Delphine segurou nos braços da mesma fazendo parar de girar. Se aproximou de Cosima, quase colando os lábios.

— Eu vou te provocar amanhã, o dia inteirinho — cochichou beijando o canto da sua boca, se afastando em seguida. Foi até seu armário e tirou algumas folhas. Cosima com o corpo todo torto na cadeira, observava as curvas de Delphine com um sorriso de lado — Tira os olhos, vai me desidratar — disse ainda de costas, Cosima vermelhou na hora por ter sido flagrada. Delphine estava de costas, não poderia ver, mas sentiu o olhar de Cosima queimando sobre ela.

— Tô olhando para o que é meu — deu de ombros arrumando a postura. Delphine deu um sorriso balançando a cabeça, guardou as folhas, trancou o armário e encarou Cosima.

— Vamos logo — sorriu. Era encantadora.

Delphine foi direto para casa de Cosima, deixou seu carro na garagem e foram para o aeroporto. Durante o trajeto trocaram selinhos rápidos, risadas e muita discussão para decidir a música. Pareciam casadas, brigavam por coisas bobas e logo esqueciam, como duas crianças.

Airport. 21:07...

— Estou morrendo de frio — Delphine se encolheu, aproximando mais seu corpo de Cosima.

— Vem cá, amor — abraçou ela de lado, que se aconchegou no seus braços — Você está gelada — disse ao sentir o nariz de Delphine encostar no seu pescoço.

Estavam em pé no portão de desembarque. Cosima estava impaciente, odiava ficar em meio as pessoas por muito tempo, ainda mais com o frio que fazia. 

— Hey, amor — disse ao ver Delphine tremendo — Você está tremendo demais.

— Estou com muito frio — Delphine desvencilhou-se de seus braços e sorriu. Cosima escorregou sua mão, entrelaçando os dedos. A loira abraçou o braço de Cosima, tentando continuar em contato com seu corpo.

Esperaram por mais de 15 minutos. Logo Felix surgiu, todo estiloso carregando sua mala.

— LÉSBICAS — berrou fazendo Delphine rir e Cosima olhar para os lados, conferindo se alguém tinha ouvido — Acabou o drama sapatão de vocês ? — disse apontando para as mãos entrelaçadas.

— Saudades também — sorriu virando um pouco a cabeça. Felix bufou, puxando Cosima para um abraço. Logo depois abraçou Delphine também.

— Ela é cheirosa —  Cosima lançou um olhar mortal. Odiava quando Felix começava com os deboches — VAMOS QUE PRECISO BEBER — olhou para Cosima — Você não, já bebeu demais essa noite — disse pegando a mala, saindo na frente.

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