Capítulo 23

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Quarta-feira, 12:46...

Cosima despertou assustada, seu celular tocando em algum lugar a tirou do pesado sono. Tinha dormido no TAPETE ? não se questionou, apenas apalpou e pegou o celular assim que sentiu

—  Alô —  sentou colocando a mão a testa. A luz do sol entrava e parecia queimar seus olhos.

—  FINALMENTE —  bufou —  É meu último dia em Chicago e o gostosão não me deixou em paz 1 só minuto, ficaria feliz se fosse em outras circunstâncias —  respirou acalmando a voz —  Como você está ?

—  Com dor de cabeça —  olhou para os lados vendo 3 garrafas vazias, seus olhos mal paravam abertos —  O que Paul queria ?

—  DARLING, OLHA A HORA. Você não deu sinal de vida desde ontem, eu disse que avisaria se tivesse notícias mas não falei nada. 

— Obrigada —  sorriu fraco. Sentiu um nó na garganta e o estômago se embrulhando.

—  Obrigada nada, levanta essa bunda e vai trabalhar. Eu já estou sem paciência para esse drama sapatão de vocês. Quero aproveitar meu dia e aquele pedaço do inferno não para de me ligar.

—  Okay —  disse com a voz rouca

—  Vou desligar, se eu receber mais uma ligação de quem quer que seja eu vou mandar para aquele lugar  —  bufou tirando um sorriso de Cosima —  Se cuida, Cos.

—  Você também —  ouviu a ligação ser desligada. Tirou o telefone da orelha, como se pesasse 50 kg. Com muito custo levantou, precisava passar em casa tomar banho e se trocar. Estava muito mal, optou por chamar Uber.

Dyad Institute. Quarta-feira, 14:28...

— Boa tarde, Megan — disse baixo, não tinha forças.

— MEU DEUS — exaltou e olhou para os lados — Você está bem ? eu estava tão preocupad...

— Estou bem, Megan — cortou dando um sorriso fraco — Apenas com dor de cabeça — tinha os olhos fundos e uma cor pálida.

— Doutor Leekie chegará daqui 1 hora — disse tirando um suspiro fundo de Cosima.

— Algo mais ? — sorriu nervosa

— A empresa responsável pelo buffet ligou, quer saber as preferências do cardápio.

— Ótimo, vou retornar agora mesmo — sorriu e foi em direção a sua sala 

— Doutora Cormier, ela te procurou — disse e Cosima parou, segurando a maçaneta. Engoliu seco, não pensou precisar ouvir esse nome logo na chegada — Mais de uma vez, ela...

— Diga que não estou — foi rude e entrou em sua sala

Não sabia como encarar Delphine, as palavras do senhor ainda percorriam sua cabeça, mas o medo era maior. O medo. Mais uma vez o medo a fez cometer cagadas. Se culpava por não ter dado a chance dela se explicar, sabia como Adele era. Mas no momento sentiu uma enorme raiva, não dela, uma raiva de si própria.

...

— Alguma notícia de Cosima ? — Delphine perguntou apreensiva quando viu Paul entrando em sua sala.

— Não — disse triste — Eu acho que ela deve estar na casa de algum amigo ou... — suspirou — O que aconteceu ?

— Já disse, Adele me beijou, Cosima viu e entendeu tudo errado.

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