Capítulo 34

279 20 58
                                    

— COSIMA — Megan gritou e se aproximou, e ajoelhada aos pés de Cosima, colocou a mão no local que sangrava — Alguém entra lá e chama Paul Dierden, diga que Cosima Niehaus foi baleada

...

— Está tudo bem entre vocês ? — Pergunta enquanto caminhava para sua sala.

— Ela não quer conversar comigo. Acho que me resta esperar, não posso obrigar a nada — suspira olhando a movimentação de pessoas.

— Cosima só precisa de um tempo, ela vai te perdoar — sorriu fraco e olha rapidamente para Delphine — Adele ? — riu debochado

— Ei para — sorriu balançando a cabeça — Ela já estava no meu pé desde que cheguei — bufa

— Não julgarei — lança um olhar seguido de sorriso — Você é muito linda, sua postura é de invejar, seu sotaque — sorri — Cosima voltará, ela te ama — Delphine apenas sorri fraco.

— O que está acontecendo ali ? — a loira pergunta ao ver todos correndo em direção a saída. 

— Você é Paul Dierden ? — um adolescente de uns 16 anos pergunta nervoso.

— Sim, sou eu. Aconteceu alguma coisa ? — franziu o cenho preocupado.

— Sim, uma moça foi baleada na calçada — balançava as mãos, ofegante — Pediram para chamar o senhor. É uma tal de... — tentava lembrar o nome.

— É funcionária ? — Paul perguntou apreensivo.

— Acho que sim, uma tal de...—levou a mão até a testa — Cosima Niehaus, eu acho.

— Cosima ?! — Delphine sente o coração disparar, sem esperar por mais informações corre até a porta principal, empurrando todos — COSIMA — gritou e parou na calçada, logo avistou ela jogada na calçada — AMOR — grita e se ajoelha, trazendo seu corpo para si.

— Estou pressionando o ferimento, os enfermeiros estão vindo e já liguei para o hospital — Megan estava ajoelhada próxima as pernas de Cosima.

— Cosima — Paul chegou e se ajoelhou ao lado de Delphine.

— Pegue aquela pasta, guarde e não deixe que ninguém, eu disse NINGUÉM toque — ordenou voltando a balançar Cosima. Depositou um beijo em sua testa e passou as mãos em seus cabelos. Paul pegou o envelope, colocando por dentro do paletó e voltou para o instituto — Amor, fique comigo por favor — Delphine a balançava, vendo seu sangue escorrer —  Eu sei que errei, que fui uma tola. Se eu tivesse ido atrás tudo isso poderia ter sido evitado — chorava livremente, sem vergonha das pessoas que estavam em volta, observando Cosima se esvaindo em sangue.

—  D-del — tentou falar mas não tinha forças.

—  Shhh —  beijou seus lábios —  Não fala nada meu amor, você vai ficar bem. Estou aqui — abraçou mais o corpo de Cosima, tentando dar forças a ela. As forças que nem mesmo Delphine tinha mais. O som da sirene surgiu, fazendo Delphine agarrar mais o corpo de Cosima —  Eu te amo, meu amor —  disparou e se entregou totalmente as lágrimas ao ver que Cosima fechou os olhos completamente.

Cosima POV

Preciso de ajuda, alguém me ajuda. Estou começando a perder as forças, alguém me ajuda. Senti alguém se aproximar e tocar em meu ferimento, pressionando. Deu uma clareada, pude voltar a enxergar uns vultos. Logo alguém se sentou e me puxou para o colo. Alguém não. ELA. Eu senti suas mãos quentes abraçando meu corpo, seu cheiro de amêndoa adentrando minhas narinas. Aquele cabelo macio tocando meu rosto conforme ela me balançava. Estou segura, estou nos braços do amor da minha vida. Eu quero dizer que a amo, vai, fala. Minha voz não sai, eu não consigo — D-del — foi o que consegui dizer, nada mais, nem uma palavra completa e senti minhas forças se esvaindo, assim como o sangue em meu peito. Um beijo, senti os lábios doces nos meus, logo seguido de um abraço. Não vou conseguir, estou ficando sem ar. "Eu te amo, meu amor". Um sopro. Foi como se meu coração disparasse por 1 segundo, se enchendo de amor e logo depois eu não sentisse mais nada. Escuridão. Parei de ouvir. O QUE ACONTECEU?

ColorsOnde histórias criam vida. Descubra agora