Capítulo 18

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Nicholas

O que dizer de um dia tão especial?

Nosso passeio meio fugitivo de sua mãe foi incrível, não entendo bem porque tinha que ser assim, mas ela tinha seus motivos. Ao entrar no carro a primeira coisa que disse foi para fechar os vidros, eu o fiz mesmo sem entender bem o porquê, depois disse que tinha falado que sua amiga estaria com ela, eu disse para ela ligar para essa amiga e foi o que ela fez. Combinaram tudo, mas o mais lindo foi quando ouvi de sua boca que ela estava conhecendo uma pessoa, quando perguntei ela confirmou do jeitinho dela alegre e brincalhona .

Ali espertamente percebeu que estávamos indo para perto da minha casa, preciso dizer que amei quando ela colocou os pés no painel do carro, isso para mim queria dizer que estava confortável comigo e isso era precioso vindo dela.

Quando chegamos na casa na árvore, vi sua surpresa e quando perguntou o porquê de levá-la lá quando expliquei que queria manter minhas lembranças de criança, mas também e principalmente ter novas ao seu lado.

Foi lindo quando ela disse que queria ter novas lembranças e o principal, era ser do meu lado, eu tenho que dizer também que foi lindo quando disse que não tinha decepcionado ao levá-la de novo á casa na árvore, que era lindo e não conseguia não me ver pequenino ali correndo, essa mulher é a perdição.

Depois de ficar toda torta tentando carregar a cesta de piquenique, descobri que meu apelido rima com Piquenique, coisas que só a Ali é capaz.

E quando ela começou a experimentar as coisas que eu fiz e disse que devia parabenizar quem fez, tenho que admitir que fiquei tímido, mas no fundo me senti especial por esse elogio... dela.

Tive vontade de apertá-la quando ela disse que homens que cozinhavam tinham um passo à frente, tive que me controlar para não fazê-lo.

Fazer amor com ela sempre é muito especial.... sempre e dessa vez não foi diferente.

Quando finalmente tive coragem de dizer um Eu te amo, sabia que ela não sairia pulando de alegria e ela saiu correndo, sei que tinha medo, um medo irracional, foi difícil alcançá-la e mais difícil ainda convencê-la que devíamos permanecer juntos para vivermos plenamente.

No final ela aceitou que não podíamos viver um sem o outro, trocamos muitos selinhos e sorrisos, voltamos à casa na árvore, pegamos a cesta e a bolsa dela e assim rumamos para Bangu.

Ao chegarmos lá ela me pediu desculpas por todo o transtorno, mal sabia ela que não era transtorno, nós sempre soubemos que somos de altos e baixos, eu disse isso a ela e ela percebeu uma palavra :

Casal.

Tive que dizer que casal não necessariamente significa pessoas com ligações românticas, ela assentiu, eu queria dizer que éramos sim um casal, que tínhamos sim ligações românticas, mas aí corria o risco de ela sair correndo de novo e não queria correr o risco. Aliás acho que teria chance de dizer tudo que sinto por ela mais para frente.

Entreguei a ela o bolo nuvem de chocolate como ela apelidou, os olhos dela brilhavam de felicidade, eu amava ver os olhos dela brilhando, eu amava ver ela feliz.

Lhe dei um beijinho na testa e chamei de pequena luz, afinal ela era minha pequena luz, a luz da minha vida, ela não comentou, mas percebi que ela parece ter gostado e isso me deixava feliz.

Arranquei com o carro, mais ou menos 1 hora depois chegava em casa, tomei banho e me deitei, mas nada me deixaria triste hoje por ter tido um dia cheio de altos e baixos, mas o dia mais lindo do mundo, só por ter estado com ela ... a luz da minha vida.

Inexplicável AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora