A Fera ( Esse Livro, Poderá Ser Retirado Em Breve, Então Aproveitem)

Capítulo 7

Tracy...

Eu, realmente, não estava esperando dá, de cara com Klaus e muito menos com sua mão sangrando, tudo que consegui fazer, foi correr até ele e segurar sua mão, enquanto examinava o corte, péssimo erro, não sabia que podia haver calor, naquele homem, assim que segurei sua mão, uma corrente elétrica correu por todo meu corpo, enviando ondas para certas partes do meu corpo, que nem sabia haver vida.

— Aí, meu Deus, o corte parece fundo.

Ele me encara com aqueles olhos azuis, intenso como se quisesse dizer, cala a boca, você esta exagerando garota, mas ignoro seu olhar.

— Tem algum "kit" de primeiros, socorro?

— No escritório, acredito que tem um.

Aquela voz rouca faz loucuras em meus, ouvido, é um som viril, sabe aquele lance de macho alfa, bom eu diria que Klaus Heidmann, é um, só o seu grunhido, parece mais um rosnado de uma fera.
Quando entramos no escritório, ele aponta a gaveta e eu abro, vejo uma caixa e pego, procuro soro para limpar o corte, enquanto deixo a gaze e esparadrapo para fazer o curativo, tudo sobre o olhar de Klaus, o que tornava tudo difícil, juro que tremi várias vezes.

— Sabe o que esta fazendo?

Ergo meu olhar, para ele.

— Tive que aprender muita coisa sozinha, isso aqui é fácil, acredite.

Juro que quase vi um esboço de sorriso, mas devo ter me confundido com a sombra que fez em seu rosto.

— Crystal... ela gosta de você.

Abro um sorriso verdadeiro, porque, Crystal é uma criança fácil de se lidar, esperta e muito doce.

— Ela é uma criança fácil de se gostar, esperta e muito doce, de certa forma ela me lembra.

Ele me olha, sua expressão parece confusa.

— Sei o que pensa de mim Tracy, é o mesmo que todos pensam, então já estou acostumado com os olhares, mas você não me conhece, então, nem tente supor, que pode me julgar.

Pronto ali estava de volta o, cara mal-humorado, não conseguia simplesmente reconhecer e ser gentil com uma pessoa, que acabou de ajudá-lo, perdi a paciência, me levanto rápido para me livrar da presença daquele homem, mas ele segura meu pulso.
Aquele contato, devia ser tão frio quanto ele, mas não foi, quase senti minha pele se queimar e pelo seus olhos parece que sentiu também.

— Espere!..

Paro e fico ali, esperando algo que valha a pena.

— Não julgo as pessoas, nunca julguei, só não entendo como é possível, alguém deixar de lado alguém do próprio sangue.

Ele solta meu pulso, mas fica de pé, está próximo ao meu rosto, sinto seu hálito misturado com o álcool.

— Você não faz ideia, garota, do que é perder alguém que ama e no mesmo dia, ter que olhar para o rosto da sua filha.

Solto uma risada amarga e meu peito se aperta, não quero chorar, eu faço isso todas as noites, mas sem o olhar de ninguém sobre mim, me viro de costas e fecho os olhos, puxando o ar nos meus pulmões.

— Você, tá errado...

Minha voz, sai rouca e baixa.

— Acho, que não, você é só uma garota, que pensa saber de tudo da vida, mas esta errada, Tracy, as pessoas perdem quem amam e se transformam nisso aqui.

Me viro engolindo a raiva, mas meus olhos estão embaçados com as lágrimas.

— Não... não transformam, você esta, errado.