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Quando Christopher se muda pra Nova Jersey, ele conhece Dove, sua nova vizinha. Imediatamente ele começam a criar um vínculo de amizade e com o passar do tempo um namoro, mesmo que a mãe...
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Depois que fizemos nosso passeio pela cidade, voltamos para o hotel pra descansar. Sofia insistiu que eu descansasse no quarto que ela está e depois me arrumasse pra sair com Chris lá. Eu disse que não era necessário, mas a boa casamenteira disse que era sim e que eu não devia discutir com ela, que era uma especialista em relacionamento. E é verdade! Sofia é mais velha do que eu, e em quatro anos passou por três relacionamentos. Quando eu a conheci, ela era noiva do Arthur, um amigo de infância, mas eles resolveram romper com o noivado por motivos desconhecidos por mim.
- O que você vai vestir? - ela pergunta enquanto estamos deitadas, ela na cama e eu no sofá.
- Não sei - digo - O meu estilo já está bom.
- Deus me livre - ela diz se levantando - Eu te empresto um vestido.
- Não precisa Sofia, eu trouxe.
- Qual?
- Aquele preto de manga três quartos.
- Vai num enterro? - ela ri e olho séria pra ela - To brincando. Estamos em Paris, devia ir com uma cor mais viva, mas não muito chamativa.
- Tipo o que? - pergunto e ela vai até a mala dela.
Ela fica procurando o vestido por alguns minutos, até achar, tanto ele como um sapato. O bom de ter uma amiga com o mesmo corpo e o mesmo pé é que você pode roubar suas roupas quando precisa. Me levanto do sofá e vou até perto da cama ver o vestido.
- É perfeito! - digo ao ver um vestido de alças rosê - Você superou minhas expectativas.
- Obrigada - ela sorri - Eu usei uma vez e não me serve mais. Se servir, pode ficar com ele.
- Jura?
- Sim. - ela me dá um abraço. - Aqui. Usa com um salto preto, vai ficar lindo. Até porque você é baixinha e o Chris é um poste.
Chris disse por mensagem depois, que estava no quarto com os meninos jogando alguma coisa. Aproveitei e fui para o meu quarto tomar banho. De tanto ficar me abaixando pra tirar as fotos ou ficando em posições nada confortáveis, minhas costas doí, então aproveito o banho pra relaxar os músculos.
Quando era mais nova, eu levei um tombo de uma escada de três metros da sacada da casa da minha tia e eu machuquei minha coluna. Então qualquer esforço a mais que faço, é motivo pra dor.
- Achei que tinha morrido lá dentro - Sofia diz quando saio do banheiro enrolada na toalha.
- Desculpa, eu queria relaxar um pouco. - digo endireitando minhas costas.
- Está doendo? - ela pergunta.
- Sim. Acho que preciso de um remédio. - digo - Eu já estou um pouco nervosa, e isso faz meus músculos ficarem mais tensos.
- Aqui - ela me entrega um analgésico e agradeço.
Comecei a me arrumar assim que o relógio bateu sete e vinte. Sofia começou a apressar dizendo que não iria dar tempo. Seco meu cabelo com o secador que trouxe e deixo o cabelo solto, passo uma maquiagem leve e coloco o vestido e a sandália preta que ela me emprestou.
- Você tá linda - Sofia diz - Minha menina está crescendo.
Ela diz e reviro os olhos. Pego minha bolsa e coloco meus pertences e meu celular e fico esperando Chris.
- Atrasado - Sofia diz olhando no relógio - Já são oito e quinze.
- Relaxa - digo.
- Como você pode estar tão calma?
- Ele sempre foi o atrasado - digo - Ele sempre chegava vinte, trinta minutos depois do combinado.
Sofia revira os olhos e dou risada da cara dela. Olho no relógio de novo cinco minutos depois, e quando me levanto pra andar um pouco, Chris bate na porta.
- Sabe que não precisava bater né? - pergunto quando abro a porta.
- Eu sei - ele sorri - Mas eu disse que viria te buscar. - ele diz e solto uma risada fraca e ele começa a me olhar.
- Baba não Vélez - digo.
- Você tá linda.
- Obrigada. Você também não está nada mal.
Ficamos nos encarando por alguns minutos até Sofia soltar a língua.
- Vocês vão sair ou vão começar a tirar a roupa e adiar o encontro?
- Sofia! - dizemos juntos.
- Estou falando sério. - ela se levanta - Vocês estão se comendo com os olhos.
- Vamos logo, antes que ela fale mais besteira - digo.
Nos despedimos dela e pegamos o elevador pra descer. A todo o momento, sinto os olhos de Christopher em mim.
- O que? - ele pergunta.
- Vai ficar vesgo - ele sorri.
- Pelo menos fico por um bom motivo. - ele pisca.
Ele diz isso e o elevador abre as portas e saímos. Vamos até o estacionamento do hotel e pegamos o carro.
