Chris

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Dove bate a porta da casa e sai

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Dove bate a porta da casa e sai. A única coisa que eu consigo fazer é ficar parado e tentando processar o que aconteceu. Eu já imaginava, mas não sabia que seria assim.

- Antes que eu pergunte o que aconteceu, vai atrás dela logo Christopher. - Richard me chacoalha e diz.

Caio na realidade e saio correndo pra tentar alcançar ela. Abro a porta e olho para os lados e a vejo andando depressa do outro lado da rua a uns quatro metros à frente. Saio correndo pra chegar até ela.

- DOVE - grito, mas ela finge que não me escuta e aumenta o passo - Dove escuta - seguro o seu braço, mas ela solta.

- Não encosta em mim - ela diz chorando.

- Por favor, me deixa explicar. - os meninos, junto com meu irmão e a Sofia nos alcançam.

- Explicar o que Christopher? - ela diz - Você não teve nem boca pra me contar a verdade.

- Eu sei, mas...

- Mas nada - ela me interrompe e se aproxima - Eu sinto ódio de você. - ela bate o dedo no meu peito - Ódio de mim mesma por ter acreditado em você o suficiente pra depositar minha confiança.

- Dove escuta..

- Não Christopher, agora você vai escutar. - ela limpa as lágrimas e continua - Você ia fazer o que? Ficar comigo essa semana e quando voltássemos pra Miami iria ficar com outra garota? Iria ser a Charlotte ou alguma amiga dela? Iria ficar as cegas e continuar me enrolando?

- Não é isso Dove - digo.

- A não? Então você pretendia me contar? - ela diz e fica esperando a resposta, mas não consigo falar nada. - Eu imaginei.

- Olha, eu sei que eu pisei na bola com você de novo, mas acredita em mim, eu não sou mais aquela mesma pessoa. - seguro os braços dela - Eu mudei, mudei por você Dove.

- É - ela começa a rir e se solta - Você mudou tanto que não teve boca pra me defender da sua mãe. - ela cuspe as palavras - Grande mudança você teve. Eu tenho é pena de você. Você tem quase vinte e três anos e não sabe tomar suas próprias decisões. Você só toma suas decisões embasadas nas opiniões e vontades dos outros. Você não tem opinião própria, não tem decisão própria e ainda vem em dizer que você mudou? - ela se aproxima de mim o suficiente - Eu tenho tanta razão que nem se defendendo você está, porque sabe que você FEZ MERDA - ela aumenta as ultimas palavras e o pessoal arregala os olhos.

- Então me dá mais uma chance, a última que seja pra consertar isso - imploro.

- Eu já dei a sua última chance, e adivinha: você a jogou no lixo de livre e espontânea vontade. - ficamos alguns minutos nos encarando - Adeus Christopher.

- Pra onde você vai? - me arrisco a perguntar quando ela chama um táxi.

- Embora - ela olha pra Sofia - Você vem?

- Claro - Sofia responde e olha para os meninos - A gente se vê. - ela para perto de mim - Pisou na bola Christopher.

As duas entram no táxi e vão embora, devem ir para o hotel pegar as coisas. Olho para os meninos e eles estão me encarando.

- O que aconteceu aqui? - Erick pergunta.

Chuto um saco de lixo que está na frente e ando rápido para ir dentro de casa. Entro e empurro a porta, mas Jonathan segura e eles entram também. Coloco o pé pra subir no quarto quando minha mãe entra na sala.

- Achei que vocês não iriam almoçar - ela sorri - Aproveitem a comida está quente.

- Satisfeita agora? - pergunto pra ela - A senhora conseguiu estragar tudo de novo.

- Sabe que só quero o seu bem - ela passa a mão no meu rosto, mas afasto a mão dela.

- Se quisesse não se intrometeria na minha vida particular - viro para os meninos - Vamos. A gente não vai almoçar aqui hoje.

- Christopher Bryant Vélez Muñoz, como pode falar assim com a sua mãe? - me viro pra ela.

- Eu devia ter falado isso faz tempo - pego a chave do carro que tinha deixado na mesinha - Vamos. Tchau Jonathan.

- Tchau - nos despedimos com um abraço.

Entramos no carro em silêncio. Olho na direção da casa da minha mãe e a cara dela não é das melhores. Os meninos não dizem nada, a não ser Zabdiel.

- Eu disse que você deveria ter sido sincero com ela - ele diz

- Agora não tá Zabdiel? - digo nervoso.

- Onde vamos almoçar agora? - Erick pergunta.

- Vamos para o hotel - ligo o carro - Vocês vão querer se despedir dela.

- Como assim se despedir? - Joel pergunta.

- Você acha mesmo que ela vai querer continuar a trabalhar com a gente? - pergunto e Joel nega - Então, é melhor se despedirem antes dela ir embora.

Começo a dirigir e ligo o rádio pra tentar me distrair um pouco. Eu fui burro, ao extremo e ela não vai me deixar arrumar isso. Acho que nenhuma garota deixaria depois do namorado pisar na bola duas vezes e com uma coisa meio séria assim, eu acho.

Chegamos ao hotel e vejo um táxi estacionado de frente e Sofia colocando as malas nele. Estaciono e os meninos descem pra falar com a Dove e eu fico encostado no carro esperando. Quando estou distraído, pensando, sinto um estalo no meu rosto e coloco a mão pra aliviar a ardência.

- Você é um idiota - Sofia diz e esfrega as mãos. - Como pode fazer isso com ela?

- Por que você tá me batendo sua louca?

- Você não tem mais permissão de me chamar de louca. - ela diz com raiva - Dove não te deu um belo tapa nessa sua cara, então eu dou por ela. Eu dei apoio pra vocês dois, fiz ela aceitar sair com você, fiz ela enxergar que estava apaixonada por você e é assim que você a trata? - ela se aproxima - Eu devia te dar esse tapa e muito mais.

Sofia se vira e anda rápido para dentro do hotel. Olho em volta e vejo as pessoas me observarem. Tá bom, eu mereci esse tapa. E muito.

Tudo De Novo - Christopher Vélez 》Primeira Temporada《 - EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora