Capítulo XIV: As Passagens Finais pela Argentina!

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— Cavalheiro, você terá que se explicar e se justificar na delegacia de polícia mais próxima!

— Engrossa o policial.

— E aí, senhor gerente? Gostou dessa? — ironiza Alfonso.

— Eu, não... você, seu bestão, valeu?

— Como é, que é a coisa toda? — questiona Alfonso, todo confuso e desorientado.

Cinco minutos mais tarde...

— Nossa, mas que trem mais complicado esse de ter que devolver a maleta, sô! — lamuria Marihá.

— Pô, se é! Saquem só que estamos nos matando todas e nem ao menos receberemos um mísero agradecimento ou parabéns! — exclama Hairan.

— Ainda bem que você não está pensando em receber dinheiro ou coisa assim de recompensa,

né? Tadim do homem... — diz Anne.

— Uai... como assim, tadim do homem? — pergunta Marihá, toda assombrada e intrigada.

— Sim, popará: o que você quer dizer com isso agora? — questiona Hairan, toda curiosa e incomodada.

— Bão, o cara já é todo estressado e ainda teria que nos dar recompensa monetária? — esclarece Anne, buscando não perder o ânimo e a motivação por completo.

E as três seguem sua viagem naturalmente, até que em dado momento...

¡Atención, señores pasajeros! Aquí la hablante es una asistente de vuelo! ¡Tuvimos algunos problemas y tendremos que hacer un aterrizaje forzoso en el departamento de Ushuaia, Tierra del Fuego en función o virtud de eso!

— Puxa vida! Eu não quero morrer agora... nem tão cedo! Nossos pais não irão suportar nossa partida tão precoce! Será que Deus nos escuita se rezarmos um cadim? — apavora-se Marihá.

— Ah, coé? Deixe de melodrama, Marihá! Tudo ficará bem com a gente! Mó viagem na maionese a sua achar que qualquer coisinha irá nos matar, viu? — responde Hairan.

— As chances de a gente sobreviver ou partir são idênticas, Hairan... mas temos que ter fé em nós mesmas! A propósito: aquele Alfonso é danado de fofo... aliás, ele é superfofo! —

comenta Anne.

Marihá e Hairan olham Anne com umas caras bastante feias.

Puxa vida! Só um instantim que elogio o homem e estou errada? — pergunta Anne, toda sem graça e sem jeito.

E chegando em Ushuaia...

— Eita, chegamos a Ushuaia, província da Terra do Fogo! — exclama Marihá.

— Porra, mas que situação, hein? — questiona Hairan.

— Belezim, já que estamos por aqui mesmo, o que acham de visitarmos o Museu Marítimo de Ushuaia?

Marihá e Hairan cruzam os braços e fecham as caras de volta.

Ara, Deve ser bem bonito! — conclui Anne, fazendo uma cara de quem não entendeu nada.

— Vamos pegar um voo para Buenos Aires logo de uma vez... agorim mesmo! — diz Marihá de prontidão.

— Sim, boralá então... nada de ficarmos aqui enrolando, entenderam? — concorda Hairan no ato.

— Que chatice... eu quero ver o Museu Marítimo de Ushuaia! — entristece-se Anne de vez.

E quanto ao Alfonso, o senhor misterioso e rabugento? O que será que houve com ele? "COMISARÍA DE POLICÍA SIN PIEDAD"

No pueden deportarme! ¡Soy un ciudadano

correcto y decente!

O Delegado e seus homens fazem caras horríveis.

E continuando com Marihá, Hairan e Anne... "AEROPUERTO LÍNEAS CIERTAS"

— O voo só sai daqui a duas horas... temos tempo então de ir afinal ao Museu Marítimo de Ushuaia, né?

— Pô, Marihá, realize e não vacile! É melhor ficarmos aqui mesmo no aeroporto por segurança, não?

— Ninguém está sabendo de nós... vamos lá, então, que risco nós correremos? Eu mesma já estou arroiada de tanto não poder descansar! — reclama Anne.

Marihá pede que sim com a cabeça, Hairan faz que sim com a cabeça também e Anne deixa os olhos brilharem de tanta alegria.

Dito e feito...

"MUSEO MARÍTIMO DE USHUAIA"

— Gente, mas esse museu é bem completo, não é mesmo? Capaz que não merece ser lembrado por cada uma de suas tantas e tão boas obras de artes, de história, e, até mesmo, de ciências!

— Exclama Marihá.

— Na moral, estou toda bolada... como essa parada é tão bonita, sabem? Beleza pura, gente! — concorda Hairan.

— Dimais da conta! Mas é mió não perdermos o horário do voo, sabem? — conclui Anne.

E, já dentro do voo...

— Eu já estava achando entojada toda aquela correria... será que nós, finalmente, teremos folga? — expressa Marihá.

— Folga, Marihá? Ah, você não fala sério, né? Vamos meter o pé logo, valeu? — questiona Hairan.

— Gente, não é por nada, não..., mas, eu estou vendo daqui o Alfonso lá na última fileira! Só falta agora ele estar nos estorvano mais uma vez, eita, ferro! — aponta Anne.

As três fazem umas caras bem assustadas. "Bem que as três poderiam estar dentro deste voo!" — pensa Alfonso, lendo o jornal de bordo. E as três chegam a Buenos Aires... "AEROPUERTO BUENA LLEGADA"

— Graças a Deus... ele não nos viu! — comemoram as três, já de mãos dadas.

"EPA! São elas!" — pensa Alfonso, guardando o jornal. — Azafata, necesito salir para atrapar a un trío de ladronas... ¡están afuera con mi maleta!

Permiso negado, señor! ¡Y nadie tomós sus pertenencias! — replica a aeromoça.

Alfonso faz a cara mais emburrada possível e cruza os braços.

— Gente, ispia só: daqui, dá para ver direitinho a Ponte da Mulher em Puerto Madero! — aponta Marihá.

— É, parece bem maneira... eu até que estou a

fim de ir lá agora! Só espero que nada mais nos aconteça! — comenta Hairan.

— É, passamos por tantos e tão ruins furdunço que temos que aproveitar bem mais e melhor mesmo quando eles não acontecem..., mas, vamos nos ajeitar no hotel antes! — comemora Anne.

As três sorriem mutuamente.

Confusões Conjuntas: A Grande ViagemOnde histórias criam vida. Descubra agora