Capítulo XVI: Escondendo-se no Meio do Público!

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— Eita, mas essa é, definitivamente, nossa grande viagem, né, garotas? — diz Marihá.

— Pô, quero ir logo para casa... meus pais devem estar morrendo de saudade de mim! — reclama Hairan.

— Bão, e os da Marihá e meus também de nós duas, né, Hairan? Mas escuitem só: a Carola acaba de me passar lá no Messenger a informação de que o tal do Alfonso já foi deportado de volta para São Paulo! —

comemora Anne.

As três sorriem mutuamente. Mas será que elas estão certas agora?

"CASA DE ALFONSO"

— Alô? E aí, Nestor? Já teve êxito falando com o Delegado de Polícia de Tangamandápio? — pergunta Alfonso ao telefone e recostado em uma poltrona.

— Então, Alfonso... o Delegado de Polícia, daqui, de São Paulo, me disse que uma tal de Carola Neves confirmou que as conhece, sim e que garante serem totalmente inofensivas e inocentes!

— Como assim? Não, eu não tenho como, nem por que admitir isso, está sabendo?

Meia hora mais tarde...

"HOTEL NOCHES CONFORTABLES"

— Sabem, garotas... eu mesma se sinto péssima tendo que escapar desse jeito todo! Aquele senhor tinha que vir atanazá a gente e logo agora ainda por cima? — queixa-se Marihá.

— Bem, não sei coé a desse homem... só sei que ele escolher mexer com o trio errado, estão sabendo? — questiona Hairan.

— Mas Hairan, não devemos brigar com as outras pessoas (ou parte delas)... sei que nossa situação é totalmente cabulosa, mas temos que ter fé em Deus e em nós mesmas! — comenta Anne.

"BIP! BIP!" — toca o celular de Marihá.

— Uai, sô, mas quem será agora? Alô? Pode falar? Ah, oi, Carola! Sim, do que se trata afinal? — diz Marihá.

Em seguida, Marihá fica boquiaberta e desmaiada.

— Marihá! Ah, não! — espantam-se Hairan e Anne.

Ainda meia hora mais tarde...

— Mas hein? Em que planeta nós estamos? Ai, me deu uma baita de uma dor na cacunda! — diz Marihá enquanto procura se levantar e ainda um tanto quanto zonza.

— Poxa, amiga! Você desmaiou há meia hora e a gente ficou mó assustada! — explica Hairan, indo para o lado esquerdo de Marihá.

— O que foi que houve, mana? Ficou arroiada com a comida do voo, foi isso? — indaga Anne, indo para o lado direito.

— Né isso, não... a Carola me disse que o Delegado de Polícia daqui está em nossa cola a partir de agora! Carecemos de encontrar um jeito de nos safar dessa! — explica Marihá, ainda totalmente apavorada.

— Porra, Marihá! Mas o Delegado de Polícia de São Paulo não atestou que a gente é

inocente? — questiona Hairan, já se irritando de vez.

— Tadim de cada uma de nós..., mas. tem gente que não tem o que fazer mesmo! E bão, é como a Hairan perguntou: e quanto ao Delegado de

São Paulo? — reforça Anne, procurando manter a calma, o controle e a suficiência.

— Não adiantou... ele realmente não possui influência sobre o colega! Temos que nos disfarçar agora! Eita, situação custosa a nossa, né, não? — responde Marihá, toda triste.

— Beleza, sorte a nossa que eu trouxe aqui comigo alguns trajes de modelo que ainda não estreei e que ninguém viu... até tenho aqui comigo perucas e óculos escuros! Não vamos dar uma moral para aquele bocó! — diz Hairan, já bem confiante.

— Di vera, ele não é ninguém, nem nada... e como, viram, minhas queridas? E as duas são superfofas! — comenta Anne, ainda mais moderada.

As três sorriem e se abraçam mutuamente.

¡Atención, señoritas Marihá Borges e Carvalho, Hairan Zucchero y Anne Borges e Carvalho! Soy el gerente del Hotel Noches Confortables y exijo que las tres se rindan ahora mismo, ¿han entendido? — diz o gerente do hotel, segurando um megafone e olhando para a janela do quarto delas.

As três levam o maior susto de suas vidas.

— Ai, ai, e agora? — assusta-se Marihá de volta.

— Pombas, bora sair pela janela do banheiro, né? — sugere Hairan.

— Uai, sô, mas é claro! Afinal, o gerente só está di butuca de um dos lados, não é mesmo? —

concorda Anne.

E, assim, as três escapam sem ninguém perceber e já disfarçadas...

— Garotas, sabiam que os rios Colorado e Prieto são os principais componentes da hidrografia de Tangamandápio? — comenta Marihá, disfarçando a voz.

— Cacilda, Marihá! Agora, não é hora para aulas de Geografia, não se ligou disso ainda? — briga Hairan, disfarçando a voz também.

— A Hairan está corretíssima, Marihá! Ei! Ali, tem um desfile militar, vamo que vamo nos misturar com aquele galera, cambada! — concorda Anne, apontando para uma turba e disfarçando a voz ainda.

E as três chegam de mansinho, pelo que ninguém desconfia, quanto mais descobre o que estão fazendo...

— Ufa! Graças a Deus! — comemoram as três, já completamente aliviadas.

Confusões Conjuntas: A Grande ViagemOnde histórias criam vida. Descubra agora