Encontrei em você - Continuação de Faça-me sua.

Plano B

Para todas as ocasiões existe um plano B. Eu tinha um e estava pronta para executá-lo isso indicava que teria uma conversa ainda mais divertida com aquela doida, mas a maluca resolveu abrir a boca antes mesmo de eu pensar em pisar na delegacia. Estava chateada, muito, contudo feliz pois agora temos testemunhas prontas para levar Julian a cadeia por um longo longo tempo. Teria que deixar essa parte para depois.

Já era tarde quando me despedi de Travis e Max do hospital, estava feliz pois minha irmã tinha voltado do coma e que tudo estava se encaminhando bem e finalmente poderia focar no que importava. Minha família. Destravei o carro e abrir a porta de trás colocando minha bolsa e algumas coisas atrás, um vento frio soprou fazendo um barulho de destrave chamou minha atenção me fazendo virar de uma vez um arrepiando. Um grito escapou dos meus lábios mas a mão enluvada de Julian tapou minha boca me impedindo de pedir ajuda, seu olhar era pura maldade como se um demônio tomasse conta do seu corpo fez um sinal com a cabeça para que eu entrasse no carro pelo banco do passageiro enquanto se acomodava no motorista.

— Eu deveria ter acabado com você antes. — Disse áspero.

— Me deixa sair. — Murmurei baixo segurando firme na maçaneta da porta.

Antes que eu pudesse pensar em sair correndo pela porta, Julian sacou uma arma apontando para mim negou com a cabeça e seguiu em ligando o carro arrancando com tudo.

— Julian, você não precisa fazer isso. — Pedi engolindo seco. — Pare esse carro.

— Ele tirou tudo de mim! TUDO! — Gritou socando o volante. — É agora vou tirar tudo dele, Travis vai pagar.

— Não foi ele que matou sua irmã! Você sabe disso!

— Cala boca!

Julian estava fora de si descontrolado e completamente furioso acelerando o carro na alta estrada. Um medo e tomou conta de mim e só conseguia pensar nos meus filhos em Lili, em todos, Deus por favor que eu não esteja caminhando para a morte certeira.

— Vamos negociar você não precisa disso! Pe-pe-pense na sua família! — Gaguejei me virando para ele. — Eu-eu-eu tenho filhos, Julian.

— Vou matar todos! — Rosnou parando o carro. — Saia!

— Julian, por favor. — Solucei incontrolavelmente — Por favor.

Em passos rápidos Julian saiu abrindo a porta do meu lado e me puxou pelos cabelos arrastando-me pela mata escura, não conseguia imaginar o que ele pretendia realmente fazer comigo, talvez a morte seja o de menos com tudo fiz o que nunca tinha feito ao longo dos anos depois da morte dos meus pais. Se existe um Deus, que por favor me salvasse das mãos de Julian, e que por favor colocasse a todos que amo em segurança.

Tropecei em um galho que fez meu tornozelo torcer e me derrubar no chão, fui de cara em algo duro, levei a mão até a cabeça sentindo o molhado e quente. Sangue. Estava zonza demais para consegui me manter em pé mas tudo foi ficando ainda mais lento mais cansativo até que apaguei.

***

A dor latejante da minha cabeça me fez gritar mas nenhum som sair, meu braço ardia e meu tornozelo estava doendo tanto que não estava conseguindo raciocinar direito. Olhei para o lado tentando identificar onde estava, mas tudo estava escuro e um cheiro de cigarro encheu meu nariz até uma luz fraca se acender.

Julian estava sentado em uma cadeira a minha frente só então me vi deitada no chão em um canto sujo onde pareceu ser uma cabana velha, meu pé estava acorrentado como se eu fosse um bicho selvagem preso. Me levantei tentando me rastejar até a porta, mas Julian me puxou com força fazendo minhas costas baterem na parede.

— Volta aqui vadia!

— Estou com dor. — Sussurrei com a voz trêmula.

— Isso é o de menos com o que vai acontecer, Kira.

Sua voz transbordava ódio, um ódio que nunca tinha visto na vida. Eu estava perdida, e talvez morta.