III

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Os Sakamakis que viram a cena da mancha estranha da menor, contaram ao de óculos que apenas fez uma análise na mesma. A situação da criança piorava, já desde a noite ela não dormira e quando o fazia tinha diversos pesadelos.

-O que vamos fazer? -Perguntou Shu chamando a atenção de todos no local; menos quem estava na sala, Ayato.

O ruivo estava na floresta a procura de algo, assim como Reiji havia pedido que ele fizesse.

-Esperar que Ayato volte com algum tipo de informação. E se der certo, encontraremos a mãe dela e não nos envolvemos mais nisso. -O moreno de óculos respondeu o mais velho, apenas sentando na poltrona e lendo diversos livros sobre satanismo, talvez a procura de uma resposta sobre a garotinha.

A menina se mantinha sentada no sofá, cansada e com insônia. Laito ao seu lado apenas observava a mesma, a cada movimento dela.

-Chieko. -Laito a chamou. -Você sabe o nome da sua mãe?

"-Lembre-se, para te proteger e proteger a mamãe também; eu me chamo Nayumi. "

A garotinha se recordou da fala da mãe, dita a meses atrás e então engoliu seco antes de responder.

-Nayumi. -Respondeu bocejando fraco. Laito ficou pensativo por minutos a encarar a menina. Kanato até soltou um: O que foi? Mas Laito negou com a cabeça como se não fosse nada.

-Ela só me lembra alguém. -E Laito continuou lá, a encarar a menina.

[...]

-Que merda, essa criança só apareceu pra irritar! Maldita a hora que eu--

Ayato reclamava em meio a floresta, embora estivesse fazendo o que Reiji havia pedido, estava mais se importando com seu "bem estar" do que com o que a garota pudesse ser. Só estava o fazendo para que não se desse mal depois.

Falava sozinho, irritado com tudo aquilo se via andando em círculos naquele local.

-Que isso? -Perguntou ao silêncio, ou a si mesmo. O que importava mesmo era que o vampiro havia encontrado uma mochila jogada em meio a um arbusto. O mesmo a puxou com tudo e observou verificando se havia algo que pudesse lhe afetar negativamente.

A mochila era marrom, de couro e pequena. Tinha apenas uma abertura e essa cheia de papéis nos quais ele puxou dois de tantos que haviam no meio.

Encarou vagarosamente e viu que um era o endereço  de uma residência e o outro era um documento com informações pessoais de uma pessoa; um RG. Se atreveu a ler e viu que o mesmo não havia foto impressa.

-Nayumi Takeda? -Questionou-se e logo colocou os papéis na mochila de volta e saiu dali com a mesma em suas mãos. Resmungando.

[...]

A sala estava silenciosa, e todos pareciam a espera do garoto ruim que fora atrás de algo para dar de "pistas" sobre a mais nova, que estava quase a dormir jogada no sofá. Laito não se mexia pela mesma estar quase lhe encostando, não queria afeto algum com a menor.

Logo apareceu o filho mais velho de Cordélia, jogou a bolsa numa poltrona vazia e resmungando, com seu rosto a demonstrar seu total estresse para a situação.

-Achei essa bolsa escondida, tem uns documentos ai. -Disse já a puxar a mochila novamente e se sentando no local que a havia jogado. Abriu a mochila e pegou todos os papéis, repartindo com os irmãos presentes ali na sala.

Todos verificando os documentos, nenhum havia foto e nem o nome "completo" da mulher.

-E tem esse RG, mas não tem foto. -Ayato disse entregando o documento nas mãos de Reiji que se intrigou com aquilo.

Bendita Seja a DorOnde histórias criam vida. Descubra agora