Capítulo 5: A descoberta

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Um certo dia saindo da faculdade, Suellen se esbarra com um homem e deixa cair seus livros e cadernos no chão. Ele pede desculpas e ajuda pegar. Ela não responde, cabes baixa, continua a recolher.
Ele diz: _Moça, me desculpe mesmo, não foi de propósito. Ela o olha. Nota que não é um aluno do local. Não tinha cara de aluno, não se vestia como um. Estava de calça jeans, uma bota de couro desbotada e uma camiseta marrom sem estampa. Rosto normal com cabelos raspados nos lados e curtos em cima. Uma barba por fazer. Ambos os braços cobertos por tatuagens. Tinha um cheiro bom.
     Ela responde: _Tudo bem, a culpa foi minha, estava distraída. São apenas livros, não se preocupe.
Ele continua: _Estava indo tomar um café, mas não sei onde encontrar um mais perto, pode me orientar?
     Ela diz: _Estava indo pra lá, me acompanhe.
Em uma padaria atrás da faculdade, ele pede dois cafés, senta lá fora e acende um cigarro.
     _Você se importa?
     Ela diz que não e que também iria fumar. Os cafés chegam, entre um trago e um gole, eles começam a conversar.
     Suellen pergunta: _Quem é você?
   _Eu sou pai de uma aluna que entrou nesse semestre, estava resolvendo umas pendências com a diretoria. Papeladas.
     _Hum, legal, responde ela.
     E continua: _Legais suas tattoos.
     Ele sorri envergonhado.
   _Coisas da adolescência. Hoje tenho 38 anos, já na combina mais comigo.
     Ela diz: _Aparenta ser mais novo e acredito que as tatuagens contribuem um pouco.
     _Obrigado, você é gentil. Qual seu nome?
     _Suellen e o seu?
     _Arthur, prazer Suellen.
     Conversa vai, conversa vem. Ele diz ser divorciado, ela diz estar cursando direito, ele diz ter um pub na zona leste da cidade, ela diz gostar de beber, ele diz gostar de andar de moto, ela diz gostar de rock, quando viram, já era tarde. Ele precisa ir. Deixou um cartão de seu pub e afirmar que ela iria gostar da música. Ela disse ir se ganhasse um drink por ele ter derrubado seu material, eles riram e falou que esperaria ela lá a qualquer hora. E saiu.
     Em uma sexta feira depois de um longo dia estressante na faculdade, ela resolve ir ao pub, veste sua calça jeans preta, uma regatinha branca, chinelos, faz seu coque e vai. Chegando lá, analisou o ambiente, muitos quadros exóticos nas paredes, algumas mesas, um pequeno palco e um longo balcão com muitas bebidas ao fundo. Músicos preparando o som no palco, conseguiu ver 2 garçons servindo por ali, continuou andando até o balcão onde estava Arthur. Só conseguiu ver que estava com uma camisa branca lisa com um cordão de couro no pescoço por fora da camisa.
     _Oi, lembra de mim, diz Suellen.
     _Claro, veio cobrar o drink?
     _Sim, brincadeira, e sorriu. Eu pago, disse logo em seguida.
     _Nem esquenta, cortesia da casa. Uma taça de vinho?
     _Gosto de uísque, pode ser?
     Ele assustou. _Duas pedras?
     _Sim, duas pedras por favor.
     Enquanto ele pegava, ela continuou:
     _Que lugar agradável, terá uma apresentação naquele palco?
     _Sim, uma banda cover. Hoje é dia de rock, bebê.
     _Hahaha, não vejo a hora de começar. Quero dançar.
     Ele entrega o copo com uísque e gelo, mostra-lhe o lugar para fumar e sai para atender os outros pedidos. Ela pega o copo, agradece e sai para fumar.
A noite continua. Ela senta no canto do balcão, na dela, ora ou outra, troca algumas palavras com Arthur. O show começa. Ela levanta, dança, canta, curte até o final. Às vezes homens aproximavam e batiam um papo com ela. Mas o interesse dela era apenas curtir o show. No fim da noite ela diz à Arthur que já vai embora. Ele responde que logo vai fechar e à levaria até sua casa. Ela aceita a proposta. Mas diz estar cansada e se realmente não iria demorar pra fechar. Ele diz que não e fala pra ela que tem um sofá na sala de estoque onde ele descansa às vezes, ela poderia descansar lá. Ela aceita, ele abre o balcão e a leva até lá.
Uma sala até que grande. Com uma prateleira enorme cheia de bebidas, todas organizadas e cada uma no seu lugar etiquetado. Ambiente climatizado, uma luz suave, branco quente, bem amarelada, aconchegante. Paredes cinzas. Alguns quadros. Muitas caixas. Uma pequena mesa de madeira com uma jaqueta de couro em cima e um cinzeiro ao lado. Um cabideiro. Um capacete abaixo. Um armário com alguns tipos de copos e umas gavetas. E enfim um sofá de 3 lugares , retrátil e reclinável, suede, ela senta na ponta: _Nossa, muito confortável. Ela levanta, olha mais o ambiente. Olha os copos no armário, vários tipos, muitos formatos, lindos. Abre uma das gavetas, papéis, documentos e pastas. Abre a outra gaveta maior, espanto. Algumas cordas, macias, aparentemente de algodão, são cinco embaraçadas em novelos, pretas. Ela segura e as move. Duas algemas, brilhantes, pesadas, não são de brinquedos. Ela segura e solta. No fundo uma bola preta de borracha com duas tiras de couro, uma em cada lado e uma fivela de ferro em uma das pontas. Ela pega, pensa, chega à conclusão que mediante as outras coisas ali, aquilo seria algum tipo de mordaça. Ela segura a bola preta, aperta, não é tão dura quanto aparentava. Uma venda também preta, tecido grosso, elásticos firmes. Dois grampos com as pontas cobertas por um material similar ao vinil. Cada grampo ligado por uma corrente fina de alumínio, gelada e não tão leve quanto aparentava. Um plug anal, esse ela já tinha visto em algum lugar. Em uma caixa de plástico algumas velas vermelhas, umas novas e outras já usadas. Uma mini-algema, bem pequena, pareceria até de brinquedo se não fosse pelo peso. Ela parou por ali, fechou a gaveta e sentou se no sofá. Viu as horas, levantou e foi até o cinzeiro, acendeu um cigarro, e ficou apoiada na mesa de madeira rústica, jogando fumaça e pensando no que havia visto a pouco. Não sabia se saia correndo ou ficava ali. No fim, quando o cigarro apagou Arthur entra na sala.
     _Oi, esperou muito? Tentei ser o mais rápido possível.
     _Não, tudo bem, fiquei sentada e resolvi fumar um cigarro, já acabei por sinal.
     _Vamos então?
     _Vamos.
     _Antes quero lhe mostrar uma coisa.
     E foi em direção ao armário com as gavetas e quando foi abrir uma...
     _Não! Eu já vi.
     Ele pergunta: _Viu o que?
     _As coisas nessa gaveta.
     Ele diz: _Eu ia lhe mostrar uma foto minha com um cantor de rock famoso na gaveta acima.
     _Ah...
     _Mas, você viu a gaveta do prazer?
     _Se é assim que à chama, sim, eu abri e vi. Desculpe.
     _E o que achou?
     _Não sei opinar.
     _Você está com medo?
     _Não.
     _Você gosta?
     _Nunca experimentei nenhuma dessas ferramentas.
     _Hahaha, vamos chamar de brinquedos, ferramentas é um modo grosseiro.
     _Ela ri também.
     _Você está com medo?
     _Não.
     _Quer experimentar alguma delas.
     _Não sei.
     _Se não gostar eu paro.
     _Mas eu nem te conheço direito.
     _E isso não te excita?
     _Hmmm, sim.
     Ficou de pé, olhou nos olhos dele e sorriu. 
     Então Suellen juntou os dois pulsos e esticou o braço reto em direção à Arthur.
     Ele assustou.
     _Me amarra, disse Suellen. _Vamos ver até onde eu aguento.
     _Vou ser bonzinho. E sorri de canto.
     Ela pisca e sorri de canto também.
     _Antes, vamos combinar uma palavra de segurança. Caso você esteja no seu limite e queira parar, pra que eu lhe desamarre rapidamente, vamos pensar em uma palavra de segurança.
     _Ela responde rápido: _Uísque.
     Ele ri. _Tá bom. E caso não consiga falar, o sinal será você fazer positivo com os dois dedos. E terá o mesmo significado que "uísque".
     _Tá bom, entendi. Vamos começar ou vamos ficar papeando?
      Ele abre a gaveta e pega o primeiro chumaço de cordas. Amarra em volta dos pulsos dela, 3 voltas e cruza no meio dos pulsos, dá um nó firme e deixa sobrar um pouco corda.
     Ela tenta escapar os pulsos. Impossível. Ela olha então pra ele, ele desvia o olhar e volta pra gaveta pegando o segundo chumaço de cordas. Pede pra ela tirar os chinelos e faz o mesmo em seus tornozelos, dessa vez com 4 voltas, cruza no meio e dá nós para garantir. Sobrou pouca corda, ele esconde as pontas entre as voltas da corda.  
      _Tudo bem?
     _Por enquanto sim, mas posso cair a qualquer momento e sorri.
     _É verdade, melhor isso não acontecer.
     E em seguida pega as pontas da corda que sobrou nos pulsos e começa a puxar levando Suellen pra perto do sofá.
     Ela sem entender e pega de surpresa começa a pular para não cair e o segue. Então ele para e ela começa a rir de desespero.
     Ele pega a ponta da corda e passa por uma roldana que está fixado em uma viga de madeira próximo ao teto. Ele puxa a corda de volta e ela se estica toda, braços bem levantados apertando sua cabeça, solas dos pés ainda plantada no chão. Ele então estica mais um pouco, seu calcanhar levanta e ela fica com apenas as pontas dos dedos dos pés no chão. Ela geme de dor, as cordas dos pulsos beliscaram sua pele, ela está sem equilíbrio, se controlando com os dedos dos pés. Ela franze a testa. E solta outro gemido. _HUM! E continua buscando equilíbrio, ela olha para baixo, entende que é melhor assim, pois os ombros não apertariam tanto sua cabeça. Ela se surpreende pois está excitada.
Arthur desce um pouco a corda e alivia o peso em seus pés, agora seus calcanhares estão levemente levantados mas ainda não encostam o chão e então ele amarra a corda.
Ela está esticada, queixo encostado no pescoço.
Ele acha suficiente de cordas para sua estréia.
Ele pega a mordaça com as tiras de couro e uma bola central feita de borracha, conhecida no bdsm como ballgag. Ele vai por trás dela e coloca a bola próximo a sua boca, ela abre, a bola não entra, ele manda abrir mais, ela obedece, a bola entra justa ao tamanho de sua boca, ela sente o maxilar esticando, incômodo, sufoco, ele então prende as tiras em sua nuca por uma fivela, o mais apertado que consegue. Ela agora precisa se preocupar com o equilíbrio e com sua respiração, não está acostumada, ainda não entende a maneira certa de respirar, está com a boca toda preenchida. Não consegue pensar em nada, percebe que alguns fios de seu cabelo estão bagunçados e seu coque está mole. Ela se imagina como estaria naquele momento visto de fora. Ele pega os grampos, levanta a regata dela pela frente e sobe o sutiã preto, seus peitos descem, ele pega o grampo e prende em um de seus bicos com a ponta de vinil, ela tenta emitir um som de dor, seu maxilar se estica mais, o som sai abafado e junto escorre um pouco de saliva pelo lado de sua boca, ela percebe e tenta sugar de volta, sem sucesso, ela não tem controle, sua baba escorre mais, e começa a pingar. Ela se sente envergonhada e muito excitada. Ele levanta o rosto dela e olha nos olhos, ela o encara, ele percebe a respiração dela, e então prende o outro grampo no outro bico, ela desce o rosto e fecha os olhos. Confusão de sentimentos. Dor e prazer. Ela não entende o que está acontecendo com seu corpo e de repente sente uma cintada em sua bunda, ela geme de prazer sem saber o que aconteceu. Leva a segunda cintada. Se contorce e mexe suas coxas, percebe que está muito molhada. Toma a terceira. Tenta roçar suas coxas e balança seu quadril para seu jeans tocar seu clitóris. Ela precisa de alguma pressão ali. Arthur percebe e então lhe da uma última cintada bem forte na bunda e usa a cinta para prender suas coxas, enlaçando um pouco acima dos joelhos e prendendo bem justo a fivela atrás. Ela faz uma cara de brava e solta um berro abafado, de fúria, escorre uma quantidade enorme de água. Ela esta cansada, desidratada, fraca, excitada. Ele busca seus cigarros e cinzeiro, os coloca no braço do sofá e fica parado em sua frente, acende um cigarro, ela está cabes baixa, olha pra suas pernas, está imobilizada, já não sente mais seus braços, está perdida em sua respiração, sua saliva escorre entre a bola, não consegue pensar, usa suas últimas forças para se contorcer, mexe muito seu quadril, faz movimentos circulares com seu tronco, a corrente que está conectada aos grampos começa a pesar, seus mamilos estão doloridos, ela para, pois pode perder o equilíbrio, seus pés doem, principalmente seus dedos, pois todo peso do seu corpo estão neles, ela balança sua cabeça, seu palito que prendia o coque cai, seu cabelo se solta, ele continua fumando e a olhando, coloca o cigarro na boca, segura então o queixo dela com uma mão e levanta sua cabeça, com a outra arruma seu cabelo os tirando do rosto, ela olha pra ele suplicando para gozar, ele continua segurando no queixo e apaga seu cigarro, volta a olhar pra ela, ela olhando fixamente nos olhos dele, ele abre sua mão e enfia a palma entre as coxas dela, está apertado, força a entrada passado seu dedo serrando sua vagina, até seu dedão encontrar em seu clitóris o apertando. Ela contorce os olhos, ele continua fazendo pressão em seu clitóris, ela abre a boca e sua língua passa por debaixo da bola ficando exposta, com o dedão ele faz movimentos circulares pressionando seu clitóris, ela vai à loucura, babando, uivando, olhos revirados, cabelos levemente suados, e explode em um orgasmo se contorcendo, seu corpo vibra como um espasmo longo, treme muito, ele sente o jeans ficar bem molhado, enfim ela chega à exaustão e fica mole.
     Arthur a solta da roldana e cuidadosamente a coloca no sofá, tira os grampos, ela ainda não consegue sentir nada, está perdida, ele arruma seu sutiã e desce a regata, depois solta o cinto envolta de sua coxa, desamarra seus pulsos, estão muito marcados, ele massageia, ela continua com os pés amarrados e amordaçada, corpo mole, inconsciente, ele desamarra seus tornozelos, seus dedos estão amarelos, suportaram muito peso, ela começa a recuperar os sentidos, se movimenta, estica seus pés e mexe em seus pulsos, passa a mão pelo jeans e percebe o quanto está molhado, ele solta a fivela da mordaça, as tiras se soltam mas a bola está presa em sua boa, ela cospe pra fora jogando junto uma quantidade imensa de saliva, ela passa a mão e acaba espalhando mais pelo seu queixo. Ela olha pra ele e diz:
      _Uísque e obrigada. Se ajeita no sofá adormecendo logo em seguida. Foi uma noite intensa.
     Ele a cobre com sua jaqueta e diz:
     Eu que agradeço, durma bem. E beija sua cabeça.
A.m. 2:58.

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