Bem vindos ao inferno.

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O sol raiava a distância e pelas grades mal podia vê todo o seu esplendor. O dia amanheceu frio e cinza, como o ânimo dos dois rapazes encarcerados. Passos foram ouvidos e logo um guarda apareceu com duas bandejas em mão. 

Ele abriu a cela, mesmo atrapalhado e deu as bandejas, que continha um copo de café e um pão dormido, ao dois rapazes.

— Comam rápido, porque logo chegará o carro que levará vocês ao presídio. - O guarda falou.

Os dois obedeceram e comeram rapidamente a refeição mixuruca. Após a refeição feita, o guarda voltou para pegar as bandejas e saiu.

Algumas horas se passou, até que o mesmo guarda apareceu acompanhado do delegado.

— Chegou a hora, filhos. - Ele disse simples.

O guarda abriu a cela e os algemou, logo os encaminhando pra fora. No estacionamento da delegacia, uma mini van se encontrava a espera dos dois.

— Então é isso, eu gostei de vocês, eu pedi pro meu filho retirar a queixa mas ele é teimoso e mimado, culpa minha eu admito. Eu sinto muito, e boa sorte. - Ele disse sincero.

Os dois apenas acenaram e se dirigiram a pequena van, a porta foi fechada e a van entrou em movimento, na alto estrada para o inferno. 

O caminho foi longo e cansativo, os dois estavam bastante ansiosos e nervosos com a mudança, quando a van parou e os dois foi retirados dela, quando seus olhos se focaram na imensa construção de concreto e grades, foi que a fixa realmente caiu, eles estavam ferrados. 

O guarda responsável os empurrou para dentro, pelo caminho eles passaram pelo pátio do presídio, onde vários criminosos os encaravam como se fossem comidas excepcionalmente deliciosas.

Logo eles se encontravam em frente a uma sala, que era a do diretor do presídio. 

— Bom, Sam e Dean Winchester, vocês estão aqui por agressão e tentativa de homicídio, isso é bom, não serão tão indefesos aqui. - O homem que, de acordo com o crachá se chamava Chuck Shurley, falou.

— Venham, assinem aqui e poderam desfrutar das comodidades. - Ele zombou. 

Os dois assinaram e olharam para ele, em busca de respostas para o que fazer a seguir.

— Bom, isso é tudo. Bem vindos ao inferno. - Disse sorrindo.

O guarda os tirou dali, os encaminhou a uma sala menor, com duas cadeiras ao centro e uma mesa pequena.

— Tirem suas roupas, e guardem todos os seus pertences, nestes sacos. - Disse seco.

Os dois obedeceram e guardaram tudo, logo depois lhes foi entregue um macacão laranja horroroso. Eles se vestiram e quando estavam prontos, quatro guardas entraram na sala.

— Hum, carne nova? - Um deles perguntou. 

— Sim, chegaram agora. - O guarda respondeu simples.

— Qual o crime deles? - Perguntou curioso. 

— Agressão e tentativa de homicídio. - Reponde seco.

— Então vocês são agressivos em, nada que uma boa correção não resolva. - Sorriu malicioso. 

— Vou leva-los para a cela. - Disse simples.

— Assim, sem uma diversãozinha? - O guarda intrometido perguntou.

— Aqui é um presídio e não um parque. - Rosnou o guarda. 

— Uou, vai com calma os criminosos são eles, deviam levar uma lição, tipo esse cabeludo, que tal ficar careca em? - Zombou o guarda. 

— Não toquem no meu cabelo. - Sam rosnou.

— Você, não tá em condições de dá ordem aqui, seu bandido de merda. - Falou exaltado.

— Chega Dick, deixem-os em paz. - Um outro guarda de olhos azuis interveio.

— Vou leva-los a cela, se me derem licença. - O guarda falou.

— Deixa que nós os levamos. - O de olhos azuis falou apontando pro guarda ao seu lado.

— Como quiser. - O guarda saiu da sala os deixando.

— Vamos, nos acompanhe. - O guarda chamou.

Durante o percurso, até a cela foi uma caminhada silenciosa, até Sam quebrar o silêncio:

— Obrigado, por não deixar aquele cara cortar meu cabelo, seu guarda. - Sam agradeceu. 

— Não precisa agradecer e me chame de Castiel. - Ele disse simples e sorriu.

— Tudo bem, Castiel. - Sam sorriu fraco.

— Eu sou o Gabriel, mas todos me chamam de Gabe. - Ele disse saltitante. 

— Eu sou Samuel, mas prefiro Sam. - Disse simples.

— Ok, Sam. - Sorriu Gabe.

— E eu sou o Dean, e todos me chamam de ahh...Dean. Agora vamos nos abraçar e fingir que estamos numa colônia de férias, aeee viva a liberdade. - Dean falou irônico. 

— Você vai se da muito mal aqui, se continuar com esse senso de humor. - Castiel disse. 

— Foda-se. - Respondeu simplesmente. 

Nada foi dito então e o silêncio voltou a reinar.

Logo eles chegaram em frente a uma cela. Que rapidamente foi aberta por Castiel. 

— A cela de vocês é esta, agradeçam por ficarem juntos. O café é servido às 7 no refeitório, vocês saberam quando a sirene tocar. Após o café, o tempo é livre pra vocês tomarem o banho de sol no pátio, às 12 é o almoço, a tarde é livre e às 18 é o jantar. - Castiel explicou.

— Só três refeição ao dia? - Dean perguntou chocado.

— Acreditem, vocês tem sorte por ter essas três. - Disse simples. 

Eles entraram e se acomodaram nas camas, Dean na cama de cima e Sam na debaixo. 

— Já o almoço será servido e teram a tarde livre, boa sorte. - Castiel disse por fim.

— Eu vou morrer nesse lugar. - Dean dramatizou. 

— Dean, isso seria a nossa salvação. - Sam ditou por fim.

Então eles ficaram em silêncio e aquele som era um presságio de que, coisas terríveis aconteceriam pela frente.

Encarcerados - Destiel and SabrielOnde histórias criam vida. Descubra agora