Você não passa de uma vadia!

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A tarde chegou rapidamente, infelizmente. A sirene comecou a tocar estridentemente, avisando que era a hora do almoço, guardas apareceram por todos os lados, as celas foram abertas e cada preso formavam uma fila até o refeitório. Ficar naquela fila parecia ficar a espera do inferno, era sufocante e horrível. A cada passo insulto e mais insultos era jogados ao ar, provocações e chigamentos, tudo o que aquele lugar teria, era o de se esperar.

A fila aos poucos ia ficando menor, logo se podia vê as comidas expostas em uma bancada. Pequenas bandejas estavam dispostas no canto da mesa, para serem pegas pelos detentos. Um a um, cada indivíduo pegava uma bandeja e se dirigia até a bancada, onde mulheres mal humoradas serviam a comida.

Se é que podesse chamar aquilo de comida, era uma gororoba terrível. Duas colheres de arroz papa, uma colher de macarrão e algo que deveria ser carne, que mais parecia vômito de gato. E para acompanhar o manjar dos deuses, um copo de água.

— Eu vou morrer aqui. - Dean choramingava.

— Estamos aqui por sua culpa, então cala a boca e come. - Sam se exaltou.

Eles se dirigiam, a uma mesa que estava vazia, por pouco tempo.

— Vazem daqui, seus merdas. - Um homem careca rosnou.

— Aqui não tem seu nome, então podemos sentar. - Dean rebateu.

— Dean! - Sam exclamou preocupado.

— Esse porra não vai mandar em mim, Sammy. - Dean se exaltou.

Numa velocidade extremamente rápida, bandejas voaram pelo refeitório, causando um tumulto enorme. Uma briga começou entre os dois, até ser contida pelos guardas.

— Não me surpreende, ser você o bagunceiro. - Um guarda, Dick falou.

— Ele que começou, eu só queria sentar e comer. - Dean respondeu.

— Você é muito esquentado, um pouco de solidão fará bem a você. - Dick sorriu.

— O quê? - Dean exclamou.

— Passará o resto da tarde, e a noite na solitária. Pra aprender a se comportar. - Dick falou.

O Winchester mais velho, foi arrastado refeitório a fora pelo guarda e todo a confusão foi terminada. Sam procurou outro lugar pra sentar, numa mesa que tinha 2 pessoas.

— Eu posso? - Perguntou receoso.

— Tanto faz. - Um cara alto respondeu.

Sam se sentou e começou a comer, não por vontade própria, mas sim pra não morrer de fome.

Enquanto isso, Dean era levado até o subterrâneo daquele lugar.

— Você é mesmo petulante, seu merdinha. - Dick alfinetava.

Dean apenas permanecia calado.

— Estou falando com você, porra. - Dick se exaltou.

— Mas eu não. - Dean respondeu simplesmente.

Dick o empurrou até uma parede e o prendeu contra seu corpo.

— Escuta aqui, filho da puta, quando eu perguntar uma coisa eu quero resposta, entendeu? - Rosnou Dick.

Dean permaneceu calado.

Dick furioso, lhe deu um soco no estômago, fazendo Dean cerrar os dentes, mas sem esboçar qualquer som.

— Você é mesmo um petulante. Como se chama? - Dick perguntou.

— Não te interessa. - Dean respondeu.

Encarcerados - Destiel and SabrielOnde histórias criam vida. Descubra agora