Está nascendo algo...

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A tarde passou lentamente, zombando cinicamente de Dean Winchester, era torturante ficar em um lugar minúsculo, encarcerado. Só de imaginar a noite que passaria ali, ele tremia inconscientemente. Estava preocupado com seu irmão, não queria deixar ele só, naquele lugar. Sam era deveras descuidado e isso só aumentava a tortura dele.

As horas passaram lenta e dolorosamente, Dean perdeu a noção do tempo, por está em um lugar escuro e frio. Ele desejava nunca ter ido aquele bar, ou ao menos ter matado aquele infeliz, assim cumpriria a pena satisfeito. De repente passos ecoaram pelo lugar, e Dean se encolheu, esperando firmemente que fosse Castiel ali. Barulho de chaves foi ouvido e a porta da cela foi aberta por um Castiel sorridente.

— Boa noite, Dean. - Falou educado.

— Nem tanto. - Deu de ombros. 

— Eu trouxe seu jantar, como prometido. - Falou estendendo uma quentinha. 

— É o seu jantar? Não posso aceitar cara. - Falou firme.

— Você deve aceitar, muita gente daria de tudo pra comer algo que preste. Por favor Dean. - Praticamente implorou. 

Dean cedeu e pegou a quentinha, comendo rapidamente toda a refeição, Castiel lhe deu uma garrafa que ele pegou sem hesitar, levou aos lábios e se surpreendeu com o gosto que sentiu.

— Suco? - Perguntou surpreso. 

— Sim, de uva. Meu preferido. - Disse simples.

Dean bebeu tudo e devolveu a garrafa. 

— Obrigado. - Agradeceu sincero.

— Por nada. - Respondeu. 

O silêncio que se seguiu foi desconfortável, Dean se aconchegou no colchão fino e cruzou os braços na tentativa de se aquecer. Castiel vendo a cena, logo tratou de pegar um embrulho que trazia consigo, tirando uma manta grande e que parecia quentinha a jogando por cima dos ombros de Dean, que estava totalmente confuso com o ato.

— Aqui é muito frio a noite, isso vai te manter aquecido. - Disse simplesmente. 

— Olha cara, eu agradeço e tudo mais, mas se você pensa que com essas atitudes vai conseguir me conquistar eu sinto muito em lhe magoar, mas eu não curto essa fruta. - Dean ironizou.

— Deus, você é terrível. E não, eu não estou tentando te conquistar, eu apenas não gosto de injustiças, como falei mais cedo. - Castiel respondeu. 

— Como você veio parar aqui? Não é um lugar que te mereça, se quer saber. - Dean disse sincero.

— Tem razão, mas a vida as vezes te prega peças, que no momento você não entenderá, mas que no futuro fará todo o sentido. - Disse simples.

— Cara, você é bem gay. - Dean disse sorrindo. 

— Deve ser pelo fato, de que realmente sou gay. - Falou despreocupado. 

— Ahh... Você não está a fim de mim né? Já falei que não gosto de caras. - Dean decretou.

— Não se preocupe, você não faz meu tipo. - Disse firme.

— Owww, magoou. - Dean dramatizou. 

— Você é uma figura. - Disse simples. 

— Como é ser um policial gay? - Dean perguntou.

— Tecnicamente não sou policial, e sim um agente penitenciário. Mas respondendo sua pergunta, é bem estressante. - Disse por fim.

— Eu imagino, piadas e mais piadas. - Dean falou.

Encarcerados - Destiel and SabrielOnde histórias criam vida. Descubra agora