Capítulo 5

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Olá meus amores, olha eu aqui com um pouco mais desses dois kkkkkk boa leitura!!

- Dionísio, já estamos saindo há semanas e eu não sei quando começou, mas sei que cresce a cada dia mais! - apertou a mão dele. - Eu estou apaixonada por você! - esperou a reação dele.

Dionísio engoliu em seco aquelas palavras e sem conseguir reagir de outra maneira, ele deixou a taça sobre a mesinha depois de soltar a mão dela e ficou de pé sem que ela entendesse aquela reação.

- Dionísio...

- Isso é um erro! - foi o único que disse antes de caminhar rumo a porta e ela somente ouviu o bater da porta...

Cristina se encostou melhor no sofá e sorriu, ele tinha mesmo medo de relacionamento e ela pegou o celular e ligou para ele que não atendeu, respirou fundo e continuou a beber seu vinho, sabia que seria difícil, mas não impossível, nada para Cristina era impossível e ela encheu novamente sua taça e ali ficou com seus pensamento e sorriso. No carro Dionísio viu o celular tocar e não atendeu, estava nervoso pelo que tinha ouvido e nem sabia ao certo o porquê de ter fugido mais já era tarde para voltar atrás e ele seguiu direto para a casa de Victor. Quando chegou subiu direto e apertou por varias vezes a campainha até que ele abriu.

- Está maluco?

Dionísio entrou e foi para o meio da sala e girou em seus sapatos o encarando.

- Ela disse que está apaixonada por mim!

Ele elevou uma sobrancelha e fechou a porta, cruzou os braços e esperou que ele terminasse.

- Eu fugi! - falou que nem um menino assustado.

Victor soltou uma gargalhada somente por imaginar a cena e Dionísio bufou, não era para ele rir e sim ajudá-lo a tomar uma decisão, ou melhor, o ajudar a sanar aquelas duvidas que invadiam seu coração e ele não sabia para onde ir. Perguntou-se ali olhando para o amigo se estaria apaixonado por Cristina e por isso tinha fugido como um menino assustado ou se definitivamente não poderia correspondê-la e por isso iria fugir como fazia sempre quando uma mulher dizia ter se apaixonada.

Cristina era a única mulher que tinha passado mais tempo na cama dele e ele não sabia o que se passava, mas sentia que queria estar sempre a seu lado, paixão seria aquilo? Ou simplesmente gostava de sua companhia e queria estar por perto sempre para passar o tempo? Ele não podia negar que o sexo era maravilhoso com ela, mas se apaixonar? Não conseguia se ver assim e Victor ali rindo somente o atormentava mais.

- Pare de rir idiota!

Victor sentou no sofá para se recompor mais ao olhar em sua face somente sabia rir mesmo sabendo que era um caso serio. Dionísio foi até o bar e tomou uma dose cavalar de uísque e esperou que ele parasse de rir. Foram minutos de uma agonia até que ele parou de rir e o olhou nos olhos, no rosto ainda tinha a expressão de riso, mas precisava ouvir seu amigo e sabia que ele estava desesperado.

- Por que não a encarou? - foi o primeiro que perguntou.

- Se eu soubesse essa resposta não teria vindo parar aqui no seu apartamento para que ficasse rindo da minha cara! - falou serio e bufou.

Victor levantou as mãos em sinal de culpado e de seus lábios o riso saia as vezes, mas ele se controlava bem.

- Você caiu em sua própria armadilha! - constatou. - Fugiu porque também está apaixonado por ela e tem medo de reconhecer!

- Eu a conheço há tão pouco tempo! - sentou no sofá nervoso.

- E isso é motivo pra não se apaixonar? - foi sentar perto dele. - Vocês passam tanto tempo juntos que me preocuparia se não se apaixonassem!

Dionísio o olhava.

- Você acha que eu estou apaixonado?

- Se não estivesse, você não estaria assim tão nervoso e preocupado por ter fugido dessa maneira da casa dela! - tocou o ombro dele. - Com certeza ela deve estar chorando pelo modo como saiu da casa dela!

Ele levantou incomodado e pegou o celular, nele tinha quatro ligações dela e em nenhuma ele tinha a atendido, olhou novamente para Victor e respirou fundo.

- O que eu faço?

- Primeiro fique calmo e responda para si mesmo se você está apaixonado! - foi simples. - Se estiver mesmo apaixonado por ela como eu sei que está, é melhor ligar para ela e resolver a merda que fez e se não estiver... - ficou de pé. - Ligue para ela e se desculpe dizendo que não pode corresponder e a deixe ser feliz com outro alguém!

- Você falando assim parece fácil! - passou a mão na barba.

- Quando a gente se apaixona é assim fácil! - bateu no ombro dele. - Se fudeo! - soltou uma gargalhada e Dionísio socou o braço dele fazendo com que ele caísse no sofá sentado e ele riu mais ainda.

Dionísio não aguentava mais ficar ali com ele rindo e saiu porta fora, ele era um idiota que somente sabia rir de seu desespero e ele foi para seu carro e ali ficou meditando por mais ou menos trinta minutos até que pegou seu celular e discou para ela rezando para que não atendesse, mas no terceiro toque a voz dela soou embargada de choro.

- Dionísio... Você está bem? O que aconteceu? - falou desesperada.

- Me desculpe! - falou se sentindo um covarde.

Um silêncio ensurdecedor se fez presente na ligação e eles apenas ouviram suas respirações até que ela disse:

- Eu entendi que fui depressa demais a te dizer o que sinto, mas eu não sou uma mulher de meias palavras ou de meias verdades e também entendi que você não sente o mesmo por mim e...

- Cristina, eu... - a cortou e ela também não deixou que ele terminasse de falar.

- Não se preocupe que não sou dessas malucas que ficam correndo atrás quando o homem não quer, eu gosto muito de você, mas sentimento é pra ser vivido a dois! - respirou profundo. - Quero que seja feliz e que saiba que passar esse tempo ao seu lado foi maravilhoso! - e sem mais desligou.

Dionísio sentiu o desespero tomar conta de seu corpo e tentou ligar para ela por mais três vezes e ela não o atendeu e ele deixou recado na caixa postal e dirigiu até a casa dela, mas estava tudo apagado e por mais que insistisse em tocar a campainha ninguém apareceu e ele se foi decepcionado com ele mesmo. Quando o dia amanheceu, ele voltou a casa dela depois de ligar muitas vezes e ao chegar deu de cara com uma senhora que ele julgou ser a empregada e a parou na porta da casa.

- Por favor, diz a Cristina que estou aqui esperando para falar com ela. - passou a mão na barba.

Ela o olhou e disse com uma calma que o desesperou ainda mais.

- Você é o homem que veio tirar fotos da casa para vender? - e os olhos arregalaram com o coração dele quase saindo da boca...

Viúva Negra - CyDOnde histórias criam vida. Descubra agora