Viúva Negra - CyD

Capítulo 12

Boa leitura meus amores e se preparem porque estamos chegando ao fim!!!

À medida que ele acelerava as curvas iam aumentando e ele tinha que manter o olhar neles e na estrada, a testa suou e ele viu ali o seu fim. Dionísio respirou fundo e seguiu firme com as duas mãos no volante mais em um descuido na curva eles o acertaram e os dois carros captaram para o penhasco e uma grande explosão aconteceu.

Cristina que estava em seu esconderijo, levantou de imediato levando a mão ao coração chamando seu amor sabendo que algo de muito ruim havia acontecido com ele... As lágrimas vieram de imediato e Esteban que entrava em casa foi de imediato até ela e a segurou em seus braços.

- Respira! - tocou o peito dela pra que respeitasse. - Vamos Cristina, você consegue sozinha.

Dos olhos dela escorriam lágrimas e a falta de ar somente aumentava e ele a sentou no sofá e correu para o escritório trazendo de lá uma bombinha de asma e de imediato colocou em sua boa apertando por duas vezes a fazendo respirar com força. Há anos Esteban não a via daquele modo e a amparando em seus braços deixou que a respiração fosse se normalizando enquanto ela respirava fundo.

- Está melhor ou quer ir ao médico? - beijou os cabelos dela.

- Aconteceu alguma coisa com Dionísio! - falou nervosa ainda sentindo o aperto em seu peito. - Ele está em perigo! - deixou que mais lágrimas banhassem seu rosto.

- Você não pode se alterar assim! - a olhou. - Eu vou descobrir se algo aconteceu com ele, mas acho que ele está bem!

Cristina passou a mão no rosto e fungou.

- Eu sei que ele está tentando me achar e com isso está provocando a máfia e isso não é bom! - negou com a cabeça. - Você está escondendo informações de mim!

- Estou porque não te quero desse modo que está agora! - tocou o rosto dela. - Ele já foi alertado para deixar essas investigações de lado, mas Dionísio é teimoso e quer te encontrar a qualquer custo!

- Eu não o quero em perigo, mas também não posso buscá-lo no momento! - suspirou com tristeza.

- Vamos encontrar um modo de trazê-lo em segurança! - era uma promessa para ela. - Agora você precisa descansar depois desse susto! - ficou de pé e deu a mão para ela no momento em que seu telefone tocou e ele atendeu.

Cristina sentia o peito apertar mais ainda com o silêncio dele na linha e tinha certeza que era algo relacionado a seu amor, sabia o quanto Dionísio era teimoso e com seu sumiço nunca deixou de procurá-la mesmo ela tendo deixado o recado que o encontraria. Ele não queria saber de esperar e seguiu atrás de sua mulher, se colocando em perigo e agora Esteban recebia a notícia que faria sua irmã sofre mais ainda, desligou e olhou para ela que já estava de pé esperando que ele disse algo de muito ruim por sua cara.

- É ele? O que aconteceu com ele? - disparou as perguntas.

Ele sabia que não podia mentir naquele momento ou ela acabaria com ele quando soubesse, passou a mão no cabelo e logo segurou a mão dela.

- Dionísio encontrou uma suposta pista sua e...

- Era armação? - o corpo com medo do que iria ouvir. - Eles o pegaram?

- O carro que ele estava capotou saindo da estrada e explodiu...

O desespero tomou conta dela e o choro veio agressivo novamente e ele a amparou em seus braços no momento em que ela desmaiava, ele se preocupou e a deitou no sofá, chamou por uma de suas empregadas e pediu que ela chamasse uma ambulância. Cristina tinha tido uma crise de asma como não tinha há mais de dez anos e agora desmaiava por conta da notícia, ele queria sua irmã bem, mas com a morte de Dionísio as coisas iriam ficar difíceis para ela.

(...)

Cristina passou dois dias internada por conta das crises de choro, foi confirmada a morte de Dionísio e em seu testamento que foi aberto imediato, ele tinha deixado tudo para o seu melhor amigo. Ele sabia que se algo lhe acontecesse não poderia deixar tudo nas mãos de Cristina e assim a máfia fazer uso de seu dinheiro, o líder ficou uma fera já que Cristina não tinha assinado os documentos que passava tudo para ela.

Foram dias, semanas e meses de uma tristeza sem fim pra Cristina que não conseguia aceitar a morte de seu amor, Esteban já começava a se preocupar com o jeito de sua irmã e tentava de tudo para que ela voltasse a ser a mulher forte e destemida mais parecia que nada resolvia e ele apenas deixou que ela sentisse aquela dor. Cristina nunca tinha amado como amava Dionísio e doía tanto a morte dele que não tinha como explicar, o único que conseguiu fazer naqueles meses que tinham se passado foi chorar e ir ao túmulo dele mesmo o irmão não aprovando que ela fosse.

Naquela tarde de sexta-feira ali estava ela frente ao túmulo dele, deixava suas lágrimas banhar seu rosto e acariciava o túmulo, seus pensamentos estavam todos na vida que não teria com ele e como uma luz, ela se recordou de algo e imediatamente ficou de pé. Cristina olhou mais uma vez para aquele túmulo e deu um meio sorriso agradecendo e dali se foi com a esperança ressurgindo dentro de si, ela dirigiu direto para a clínica e apenas esperou por vinte minutos e logo sua médica veio e a chamou.

- Se resolveu Cristina? - falou com um sorriso já sentada em sua cadeira.

- Sim e também tenho o doador! - ela se surpreendeu. - Era o meu marido, mas ele faleceu e por coincidência, ele tem guardado aqui nesse clínica os meus filhos! - sorriu com os olhos iluminados.

- Eu sinto muito por sua perda, Cristina. - segurou a mão dela. - Preciso de todas as informações pra que comecemos o tratamento!

Cristina sorriu como a meses não fazia e as esperanças se renovaram em seu coração. Ela não teria seu amor mais, mas teria um filho para olhar todos os dias e se recordar de seu grande amor!