Capítulo 15

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Não vou me estender tanto aqui não e quero dizer é tirooooo minha Santa!!! Obrigada a todas que estiveram aqui comigo até agora e pelos "k's" que recebi, foi bom enquanto durou mais é isso e não me matem! Para bom entendedor... Uma viúva basta! Hahahaha.

Cristina queria rir do jeito dele bravo e cheio de barro, mas não o fez ou ele ficaria ainda mais nervoso, ele dirigia com atenção até que foram cercados por dois carros enormes e ambos se olharam se maldizendo por se deixarem enganar e nada mais depois disso foi visto por eles...

(...)

A claridade tomou conta dos olhos dela que respirou fundo sentindo um gosto amargo na boca, se moveu na cama com dificuldade já que seu corpo pesava e o medo de abrir os olhos era maior naquele momento em que se recordava daqueles homens a agarrando sem cuidado algum e muito menos sem se preocupar com seu real estado. Cristina sabia que estava em uma cama e o conforto a fazia querer dormir mais um pouco e com medo ela desceu a mão para sua barriga e com um suspiro de alívio sentiu um chute do filho, estava fraco mais sabia que ele continuava ali em seu ventre.

Ela abriu os olhos lentamente e correu com os olhos por aquele quarto que tinha apenas a parede atrás de si em tom vermelho, o quarto era sofisticado e com dificuldade sentou sentindo a tontura tomar conta de seu corpo, a vontade de vomitar foi maior que a sua força para chegar ao banheiro, ou melhor, ela se quer conseguiu levantar da cama e ali mesmo ela vomitou no chão. Não sabia onde estava mais seu corpo tremia por pensar em seu irmão e no que poderiam ter feito com ele, colocou as pernas para fora da cama no momento em que a porta se abriu e por ela entrou uma senhora que aparentava ter uns cinquenta anos.

- Que bom que acordou! - olhou para o chão. - Você está bem? Precisa de um médico? - se preocupou e de imediato foi até ela e a segurou.

- Eu só preciso ir ao banheiro! - caminhou com a ajuda dela. - Onde está meu irmão? Que dia que é hoje? - estava confusa.

- Seu irmão está no andar debaixo e hoje é vinte e nove de março. - a deixou na porta do banheiro. - Consegue sozinha?

Cristina apenas assentiu e com educação fechou a porta e foi até a pia, lavou o rosto e se olhou no espelho respirando fundo, era aniversário de Dionísio e ela tocou seu ventre novamente, usou o banheiro e logo aproveitou para tomar um banho, saiu logo e enrolada no roupão. O dia estava lindo e ela comprovou ao olhar pela janela, tinha uma linda praia com o mar tão azul quanto o céu que gritava sem nenhuma nuvem para impedir seu resplendor.

Cristina olhou mais uma vez aquele quarto e sobre a cama estava uma muda de roupa para que ela usasse, se aproximou e tocou o vestido amarelo com a lingerie da mesma cor, abriu o roupão e rapidamente se vestiu pronta para sair do quarto. Ela achou que a porta estaria trancada e a senhora voltaria para buscá-la, mas a porta estava aberta e ela saiu do quarto andando por aquele corredor enorme e logo avistou a escada, desceu buscando por Esteban e o encontrou sentado a mesa degustando de um delicioso banquete que a fez salivar de fome.

- Oi irmã! - ficou de pé e foi até ela dando-lhe um abraço. - Disseram que poderíamos comer a vontade que era um presente!

- Isso pode estar cheio de veneno! - o olhou nos olhos. - Cadê toda aquela sua preocupação? - questionou.

- Essa porcaria toda foi armada pelo morto! - segurou a mão dela. - Não sei o que se passou na cabeça dele, mas tudo isso veio dele e apenas dizia no bilhete que deveríamos comemorar a morte dele!

- Eu não vou comemorar a morte de quem mais amei! - tirou a mão da dele. - Que maldita loucura é essa? Eu quero ir embora daqui! - respirou pesado se afastando dele. - Não sei o que fizeram com você, mas isso não é bom! - falou assustada.

- Foi você quem quis vir até esse fim de mundo para comemorar o aniversário dele e quando chegamos você quer fugir? - a olhava nos olhos.

- Eles nos pegaram no meio daquela chuva, apagaram a gente e agora você quer comer e ficar aqui?

- Eu estou com fome, Cristina! - ralhou e voltou para a mesa sentando. - Se quiser a gente vai depois de comer!

Ela suspirou sentindo o estômago roncar de fome e depois de alguns minutos pensando e olhando toda aquela comida foi até a mesa e sentou com ele sorrindo e a servindo de suco.

- Eu já provei de tudo pra que não corra risco e não morri! - riu. - Ou não estaria aqui falando com você né?

- Você está muito louco! - negou com a cabeça aquele modo dele.

- Devem ter me drogado porque por mais que esteja preocupado, eu só quero rir! - riu comendo.

- Mais um motivo pra que eu não coma nada disso! - deixou o copo sobre a mesa.

- Eu acordei assim e aquela cama não chega nem aos pés das que temos na fazenda e precisamos trocar todas! - pegou a mão dela e beijou. - Coma que Davi deve estar com fome.

Cristina mordeu o lábio e parou de resistir, tinha sido tudo feito a mando de Dionísio e mesmo que já não estivesse ali, ela confiava nele. Eles comeram ali enquanto confabulavam sobre o que seria deles naquele dia em que passariam ali e depois foram para a praia para que ela tomasse um pouco de sol, Cristina sentiu a areia em seus pés e fechou os olhos se recordando de quando o viu pela primeira vez e o quanto ele tinha sido ousado, sorriu e novamente abriu os olhos, caminhou para mais próximo da água e Esteban foi na direção contrária para que ela ficasse com suas lembranças.

Ele sabia que aquele momento era importante para ela mesmo que não concordasse em estar ali e depois do que tinham passado no dia anterior era melhor que subissem dali, mas já tinha sido avisado que só poderiam ir ao final do dia. O vestido dela balançava com o vento assim como seus cabelos, tinha uma paz incomum ali que a assustava de verdade, era como se ele estivesse ali a observando de longe e ela se arrepiou abraçando seu próprio corpo.

- Eu somente queria mais uma chance de te olhar nos olhos, meu amor! - falou com pesar olhando a imensidão daquele mar. - Uma única chance.

- Mas você sabe que nem sempre todos têm uma segunda chance! - a voz soou atrás dela a fazendo se virar de imediato.

- Você?! - as pernas fraquejaram e ela tocou a barriga como se fosse proteger daquela arma apontada para ela. - Mas...

- Há pedidos que se realizam! - a encarava quase que sem piscar e seus olhos desceram para a barriga dela.

- Vai atirar em mim? - a respiração estava entrecortada. - Vai atirar na mãe do seu filho?! - trincou os dentes.

Ele riu.

- Está com medo viúva negra?

Ela deu dois passos a frente deixando que a arma ficasse apontada para seu peito.

- Eu não preciso ter medo! Se é isso que quer. Atire!

- Cristinaaaaaaaaaaaaa.

A voz de Esteban soou assustando os dois e um tiro ecoou por todos os lados dando fim aquela história...

Tururuuuuuu...

Viúva Negra - CyDOnde histórias criam vida. Descubra agora