Capítulo 14

403 40 42
                                    

Olá amoras aqui está mais um para vocês hahaha beijos e até o fim!!!

"Provavelmente se está me lendo nessa carta é porque eu morri tentando te encontrar. Você foi a mulher que me fez perder completamente o juízo e eu não me arrependo mesmo sabendo que você queria me matar por dinheiro! 

      Cristina, eu daria toda a minha fortuna se fosse pra te ter em meus braços somente mais uma vez, mas infelizmente esse desejo morreu comigo meu amor e lá no fundo eu sei que você também pensa igual, mas nosso amor começou errado e terminou tragicamente. 
 Dentro desse envelope tem uma chave e eu quero que a use no dia do meu aniversário, quero que passe esse dia dentro dessa casa e lá terá uma surpresa para você. Eu não te guardo mágoa, pelo contrário, eu morri te amando como um louco e é por isso que te quero lá nesse dia!
Eu te amo para sempre, seu Dionísio!"

Cristina olhou para Victor e soluçou tentando controlar seu choro, era culpa dela a sua morte e tudo que ali estava escrito era a mais pura verdade, mas agora não tinha como correr atrás do perdão. Dionísio estava morto, mas ela faria sua última vontade e estaria na casa no dia de seu aniversário e pensando um pouco direito, sorriu e secando o rosto disse:

- Nosso filho, nasce nesse mês e pode ser no aniversário dele! - secava o rosto e as lágrimas escorriam por ele. - Você já a leu?

- Não, eu deixei pra que você fizesse isso! - sorriu. - Meu sobrinho foi bem planejado!

Ela riu acariciando a barriga.

- Eu não fiz as contas, eu apenas queria um filho dele!

Cristina deu a carta a ele e deixou que ele lesse e ali ficaram conversando por mais algum tempo, se despediram, ela foi comprar o que tinha ido comprar e logo foi para casa. Ela contou o que aconteceu ao irmão e os dois ficaram ali juntos conversando e ele a confortou por um longo tempo.

(...)

E O TEMPO SE FOI...

- Você só pode estar maluca! - Esteban ralhou.

Cristina suspirou e continuo arrumando suas malas.

- Não vai me fazer mudar de ideia! - disse com certeza.

- Olha o tamanho da sua barriga pra você querer enfrentar essa viagem sozinha! - estava preocupado com ela.

- Eu preciso fazer essa viagem, eu estou bem e Davi não vai nascer hoje e muito menos amanhã! - não tinha certeza já que a médica tinha dito a ela que poderia ser qualquer dia daquelas duas semanas. - Eu não vou dirigir, Esteban!

- Continuo não achando certo! - estava nervoso. - É arriscar de mais por um morto!

Cristina revirou os olhos com aquele comentário e parou o que estava fazendo de imediato e o olhou.

- Eu estou indo fazer o último desejo do homem que eu mais amei dessa vida e nosso filho já entendeu isso e não vai nascer agora! - tocou a barriga sentindo o chute em seu ventre. - Por favor, confia em mim! - segurou a mão dele.

- Me deixe ir com você então?!

Ela sorriu.

- Está bem, você venceu Esteban! - o soltou. - Você vai comigo!

Ele sorriu e a abraçou, não iria mesmo deixar que ela fosse sozinha e se não fosse no carro dela iria segui-la, mas sozinha ela não iria mesmo. Depois daquele longo abraço que se deram ele foi arrumar suas coisas e vinte minutos depois saiam do hotel onde estavam, ele foi surpreendido pelo motorista que não poderia mais fazer aquela viagem e ele mesmo tomou a frente do volante e dali se foram.

Seria uma viagem de pouco mais de uma hora e meia até a casa, Cristina estava ansiosa sem saber o que a esperaria e acariciava sua barriga sentindo o filho o filho mexer pouco naquele dia. Cristina cochilou logo ao lado dele e quando despertou nem sabia o quanto tinha dormido, mas estavam em meio a uma grande chuva que ela estranhou já que o céu estava limpo ao saírem do hotel.

- Grande passeio, Cristina! - ele bufou ao lado dela.

- Meu Deus, mas o dia estava limpo! - falou atordoada e bocejou.

- E essa porcaria de estrada não ajuda em nada! - estava muito bravo e com medo do que poderia acontecer. - Já pensou se isso é uma emboscada daquele cara, Cristina?!

Naquele momento ela sentiu um frio percorrer sua espinha, não tinha pensado naquela hipótese e agora que o irmão mencionava se sentiu estranha. Ela o olhou para os lados e tudo ali parecia muito estranho o dia que estava lindo tinha ficado escuro e ela se tremeu por completo sentindo medo, respirou fundo e quando piscou sentiu o tranco do carro parando do nada.

- Esteban! - segurou a barriga.

- Inferno! - esbravejou.

- Fica calmo ou tudo pode piorar! - tocou o braço dele.

- Como quer que eu fique calmo se estamos presos no meio do nada, você grávida e sem saber o que nos espera nesse maldito lugar!

- Não grita! - falou alto não gostando do rumo das coisas. - Vamos arrumar um jeito de sair daqui!

Ele bufou e saiu do carro para ver como a roda estava atolada e em meio a chuva olhou para os lados em busca de algo para ajudar e caminhou pegando uma madeira, foi até ela e pediu que ligasse o carro e pisasse no acelerador. Cristina mudou de banco e fez o que ele pediu, Esteban foi banhado na lama mais depois de umas três tentativas conseguiram desatolar e mesmo com toda aquela dificuldade seguiram viagem já que não faltava muito para chegarem a maldita casa.

Cristina queria rir do jeito dele bravo e cheio de barro, mas não o fez ou ele ficaria ainda mais nervoso, ele dirigia com atenção até que foram cercados por dois carros enormes e ambos se olharam se maldizendo por se deixarem enganar e nada mais depois disso foi visto por eles...

Viúva Negra - CyDOnde histórias criam vida. Descubra agora