Q U A T R O

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Eu tenho uma queda por uma garota

Odeio admitir isso, mas

Eu tenho um coração acelerado

Que não reduz sua velocidade

Eu tenho uma queda séria

Eu quero tudo que ela tem

Aquele sorriso e aquela risada da meia-noite

Que ela está te dando agora

Girl Crush — Little Big Town

Girl Crush — Little Big Town

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— Mudanças de planos. — Aurora imediatamente se virou para trás. — Hora da cobrança.

Desvio os meus olhos rapidamente do aparelho em minhas mãos ao ouvir a voz doce da garota sentada a minha frente na enorme sala de aula, estava concentrado demais em jogar algo qualquer em meu celular até o momento em que o sinal tocasse e as aulas finalmente se iniciasse, que não havia notado sua existência na minha frente.

— Do que você está falando? — arqueio minhas sobrancelhas estudando o rosto determinado da morena.

Naquele dia ela estava com os cabelos preso em um rabo de cavalo muito bem feito e sem qualquer resquício de maquiagem na pele alva, o que para mim era um alívio. As bochechas e o nariz avermelhados tomam forma por conta do frio congelante. Eu a achava muito mais bonita e jovem sem toda aquela porcaria no rosto. Já estava vestida com o uniforme de torcida feita para o inverno pronta para correr para a quadra fechada quando a aula terminasse e com os seus tênis de marca florido.

Os olhos escuro me examinaram com atenção e os lábios rosados crispado.

— Você me deve um enorme favor, Cash Matthew. — Ela pisca os olhos rapidamente ao jogar seu charme. — E eu vim cobrar.

Como todas as minhas semanas aquela não seria diferente, depois das aulas eu ia direto para o shopping trabalhar e nos finais de semanas deixava para fazer os trabalhos escolares e os ensaios da minha banda. Eu mal tinha tempo para poder cumprir com minhas coisas, imagine cumprir com os de outra pessoa.

— Não vai dar. — Balanço a cabeça em discordância e tento voltar a mexer no meu celular, porém o aparelho é bruscamente tirado de minha mão e colocado em cima da mesa.

— Você me deve isso. — A garota me olha com súplica nos olhos e enfia sua mão dentro da bolsa preta com diversas flores desenhadas e o nome de uma marca famosa estampada, tirou alguma coisa que jogou em cima da minha mesa de qualquer jeito. Um envelope dourado aberto com um bordão vermelho no canto esquerdo do papel.

— O que é isso? — olho para o papel em cima da mesa e pergunto sem tocá-lo.

— Não vai te morder.

Arqueio uma sobrancelha em direção ao envelope em cima da mesa e passo uma mão pela boca, descendo pelo queixo. Pego o papel em minhas mãos e puxo uma folha de dentro, um convite com letras pretas garrafais enfeitavam a bela folha um pouco grossa e firme.

— Está me convidando para sua renomada festa, Aurora?

— Acordou engraçadinho hoje?

Vejo a menina revirar os olhos e abrir um enorme sorriso, sim éramos melhores amigos, mas sempre que ela me convidava para uma de suas festas eu inventava uma boa história para não ter que ir. Apesar de me sentir a vontade com Aurora Young, eu me sentia deslocado ao lado dos outros amigos dela. A pequena reunião em que ela se dirigia a mim se tornava em uma grande festa e terminava comigo bêbado vomitando no banheiro do quarto da garota.

Li o convite certa atenção. Era para uma festa da formatura de faculdade do Maxwell Sanders. Domingo, às seis da noite.

— Eu deveria saber quem é? — tento vasculhar minha memória tentando me lembrar de ter conhecido ou sido apresentado a algum Sanders.

— Meu ex namorado.

Olho para o endereço no convite. Maxwell morava a vinte minutos dali, provavelmente em uma das belas casas que tinham vista para o mar.

Aurora continuou:

— O convite chegou ontem à noite, depois ouvi de uma das minhas amigas que ele talvez possa estar em um relacionamento.

O sinal tocou, e o sr. Fowler ficou em pé na frente da sala, olhando diretamente para mim esperando o momento em acabasse nossa conversa paralela para que ele pudesse dar início a sua aula. Eu não era o único conversando ali, por esse motivo sempre imaginei que o homem tinha algo contra a minha pessoa. Young olhou para frente. Pensei seriamente no convite ainda em cima da minha mesa, eu ainda não havia entendido o motivo para eu ir à tal festa sendo que suas amigas também haviam sido convidadas. Quando o professor se virou para escrever alguma coisa na lousa, eu me inclinei sussurrando em seu ouvido.

— Não entendi. O que você quer que eu faça?

O sr. Fowler deve ter audição supersônica, pois se virou e olhou para nós assim que terminei de sussurrar as seguintes palavras. Eu me encostei na cadeira novamente sentindo minhas bochechas pegarem fogo, odiava ter a atenção de algum professor em minha direção ainda mais quando estava fazendo algo errado. Metade da aula passou com o homem que aparentava ter por volta dos quarenta anos tentando ensinar química avançada para alunos do terceiro ano do ensino médio, e eu tinha a certeza absoluta de que a Aurora Young queria me enlouquecer com aquele silêncio. Finalmente, ela estendeu o braço com cautela e me entregou um bilhete.

Você vai a festa comigo, vai ser meu novo "namorado". Você me deve esse favor, querido.

Meu coração disparou. Eu sabia que ela havia mexido em alguns pauzinhos para que Adam Westorm fosse convencido a deixar nossa banda tocar em sua festa, o que foi uma missão quase impossível considerando o fato de que Archie Simons era um dos integrantes dessa banda. E ela agora ia me cobrar a dívida.

Respiro fundo e tento voltar a prestar atenção na aula que se desenrola na frente da sala, tento anotar todas as coisas que estão escritas na lousa e nas palavras concretas do sr. Fowler. Todas as vezes em que minha mente tentava focar na garota na minha frente e em seu favor, me obrigava a voltar a prestar atenção no homem nada interessante em minha frente.

Quando o som familiar do fim daquela aula soou todos começaram a guardar suas coisas loucos para irem comer, eu não era diferente. Estava faminto e não havia comido a primeira refeição do dia. Coloco o meu celular no bolso para sair dali, entretanto a voz da garota para os meus objetivos antes de eu sequer dar um passo.

— Te encontro na festa às seis em ponto. — Aurora guarda suas coisas dentro da bolsa e pega o envelope em cima da mesa balançando na minha frente. — Não vá com esses óculos ridículos, use as lentes.




Meus anjos, não esqueçam de deixar o seu voto nesse capítulo, isso me ajudara.


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Azul É A Cor Mais QuenteOnde histórias criam vida. Descubra agora