Cash Matthew é um adolescente adorável que nunca teve uma namorada. Não o culpe, as garotas sempre estiveram ocupadas prestando atenção no seu melhor amigo.
O rapaz alterna entre ensaiar com a banda e trabalhar em um shopping center vendendo rosqui...
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Os rapazes estão tocando muito, com as suas guitarras gritando, a bateria furiosa impactando e as letras cantadas de forma tão harmoniosa que naquele momento eu mal conseguia me ouvir pensar. A única coisa do qual eu sei é que me sinto bem. Realmente muito bem.
Toda aquela energia e a sensação de euforia percorrendo sobre o meu corpo estava sendo colocada nas notas melodiosas que saiam do som da minha guitarra, e na minha voz que gritava por um puro desejo sobre algo desconhecido que nem sabia ao menos o que era.
Apesar de estar dedicando a minha alma e o meu corpo ao som de uma grande música dos anos noventa, a minha cabeça não estava ali. Ou pelo menos parte dela não estava.
As minhas memórias - as quais passei a denominar de imprópria e pervertida, voltavam para a noite anterior. Se eu fechasse os olhos nesse instante não precisaria de muito esforço para me lembrar de cada detalhe, da forma como Tree Sprengler não bagunçou apenas a minha cabeça, mas passou a enlouquecer o meu coração. Eu estava começando a sentir sensações um tanto quanto diferentes, do quais não havia presenciado antes.
Meu corpo parecia criar vontade própria todas as vezes em que me lembrava dela em cima de mim, se mexendo gloriosamente, como um lindo anjo perdido. Fazendo-me sentir emoções pelos quais não havia passado antes. O meu corpo se arrepiava todas as vezes em que ela gemia baixo, chamando pelo o meu nome, as suas mãos me tocavam com posse e a sua boca tomava a minha com necessidade, implorando para eu me doar para ela.
Enquanto eu parecia um adolescente bobo, encarando aquele belo anjo em toda a sua majestade, não conseguindo me mover com o receio de estragar tudo. Então deixei que ela guiasse da forma mais prazerosa possível, pois qualquer coisa que ela fazia, enlouquecia-me. Desde a forma como ela me olhava cheia de luxúria, até o modo como o seu corpo fazia-me querer gritar de deleite, todas as vezes em que ela se movimentava uma parte minha se quebrava.
— Cash, porra, estou falando com você! — Trevor se afasta do teclado para poder ir se sentar no sofá velho.
Após finalmente termos entrado de férias, entramos em um acordo de ensaiarmos pelo menos uma hora por dia durante os nossos momentos livres na semana. Estávamos na casa de Archie Simons, no porão velho, porém conservado que não era usado por sua família e que passou a fazer parte dos ensaios da nossa banda. O local era muito bem limpo, afinal os encarregados por deixar tudo em perfeita ordem eramos nós, tudo estava organizado com alguns móveis antigos e usados, os nossos instrumentos espalhados de forma estratégica pelo chão, imaginando como seria caso estivéssemos em um concerto.
