O Tempo 》5《 A cura

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O dia amanheceu e eu ainda estava ali, encostado na porta chorando por toda a humilhação que havia passado na noite passada, meu celular não parava de vibrar e pela decima primeira vez era Mirela me ligando, eu sabia que precisava tomar uma atitude, na verdade eu queria tomar uma atitude.

As outras Pessoas nunca ligam quando é você quem está sofrendo.
Foi o que eu aprendi com toda essa experiência, eu no fundo sabia que um cara como Rafael dawvisk jamais se aproximaria de mim senão para tirar a ultima zoada do ano, mais preferi acreditar no clichê "O nerd e o popular" e essa foi a chave para toda essa angustia, vergonha e dor que estou sentindo agora.

—Porque comigo?

Eu disse entre soluços chorando por estar naquele estado, eu fui humilhado e eu precisava seguir em frente e estava ciente disto, mais minha vontade era de entrar em casa e jamais sair por nada que fosse, eu tentaria até uma frase soar em minha cabeça

"Eu era inocente e você brincou comigo! Agora eu estou me vingando!"

Parecia estranho que uma frase de novela entraria assim na minha cabeça, mais ela repetia e repetia

"vingando!"

"Agora estou me vingando!"

Eu levantei ainda tonto, sequei minhas lagrimas e disse a mim mesmo

— Levante-se e lute Mateus... Ja passei tempo de mais apanhando.. Chegou a hora de bater!

A voz rouca por a insônia eu andei até meu banheiro e tirei a roupa molhada ficando totalmente nu, entrei no box ligando o chuveiro e tentando acalmar todos os pensamentos de vingança que tinham em minha mente, eu não faria aquilo do dia pra noite, mais a partir de agora eu tinha decidido mudar e fazer cada um passar pelo quê eu passei.

Após o banho eu me vesti e desci as escadas, vendo minha Mãe lendo o jornal, hoje era sábado e ela só trabalharia a tarde já que sua chefe estava num spa ,ela me olha e faz uma careta

—Que olheiras Mateus.. Passou a noite jogando filho?

Eu ignorei a pergunta e fui logo ao assunto

—Eu quero passar minhas férias na casa do meu pai.

Ela me olhou agora séria e disse

—Mais filho pensei que fosse querer saber o resultado da faculdade aqui, junto comigo...

Eu me aproximei sem expressão alguma

—eu preciso descansar um pouco daqui mãe, eu não tô bem.. Preciso de paz.. Dos meus amigos da escola e de toda essa cidade grande, pensei que lá na casa do papai que é numa cidade pequena poderia ter esta paz...

Ela me olha e diz

—olha, eu não gosto da ideia Mateus, mais já que precisa... — ela suspirou fechando os olhos e coçando os mesmos — Se quiser eu mesma ligo quando o resultado do vestibular sair...

Eu abracei minha Mãe rápido e pela primeira vez não senti nada, talvez as pessoas estejam certas, quando as pessoas são frias com você, você aprende a absorver a frieza delas.

—Pode ligar pro papai ,eu preciso arrumar uma mala, já que é quase um mês...

Ela concordou levantando do sofá e pegando o telefone, fui para meu quarto arrumar minha mala, eu estava com uma ansiosidade imensa, eu sabia que se falasse com meu laie ele me daria um ótimo conselho, como sempre fez, desta vez eu jao poderia falar por telefone mais sim pessoalmente e explicar fato por fato a ele, após minutos desco as escadas e dou de cara com Mirela, sentada no sofá, seu semblante era cansado assim como o meu e eu disse frio

O vilão (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora