Capítulo 25

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Vinicius foi embora me deixando toda boba, tomei um banho rápido e logo adormeci. Acordei com o barulho vindo da cozinha. Levanto da cama e faço minha higiene pessoal, sigo para o quarto de Gabriel e ele não está no berço, vou até a cozinha e o vejo nos braços da minha mãe que não sabe se arruma a mesa ou conversa com ele.

-Já vi que conheceu seu neto - falo me aproximando para abraça-la

-Ele é adorável filha, eu cheguei e ele estava chorando então não resisti e o peguei – a olho intrigada

-Chorando é? – pergunto curiosa

-Talvez chorando não seja a palavra certa, mas ele estava acordado – sorrio porque sei que se Gabriel estivesse chorando eu teria escutado.

- Quer-me da ele? – pergunto e ela nega com a cabeça

-Não, termina você de arrumar a mesa enquanto cuido dele – ela e senta na cadeira e brinca com ele em seu colo

Arrumo a mesa e quando termino de colocar tudo sobre ela, kamilla entra na cozinha, mas para na porta quando vê minha mãe.

-Oi dona Ana – fala de cabeça baixa

-Que dona Ana o que menina, sempre me chamou de mãe, vai ficar disso agora? – minha mãe fala e kamilla sai da cozinha chorando

-Eu vou atrás dela – falo mas minha mãe se levanta me entregando Gabriel

-Não, deixa que eu vou – assinto e enquanto espero elas voltarem dou o café de Gabriel

Alguns minutos depois as duas voltam e se sentam a mesa, finjo que não vejo os olhos inchados e vermelhos de ambas, mas como estão sorrindo uma para outra não pergunto nada.

Tomamos café juntas conversando sobre amenidades, depois de deixar a cozinha limpa seguimos para a sala e encontramos varias sacolas que minha mãe trouxe, a quantidade de brinquedos e roupas que ela trouxe para Gabriel chega a ser assustadora

-Mãe, como você conseguiu trazer tudo isso sozinha? – pergunto impressionada

-Que tudo isso filha? São apenas algumas lembrancinhas – fala dando de ombros

Olho para kamilla e juntas caímos na gargalhada, ajudo minha mãe a guardar todos os presentes enquanto kamilla da banho em Gabriel.

Sônia chega e mesmo percebendo o ciúme da minha mãe com o carinho que ela tem por nós, as duas se dão muito bem, ficamos na sala conversando por horas, e na hora do almoço como ninguém está com coragem de cozinhar saímos para comer fora.

Levo todas a um restaurante e passamos nossa tarde assim, juntas. Conversamos sobre tudo, e nossas risadas é o som mais alto do ambiente.

No final da tarde Sonia vai embora e me informa que as fraudas de Gabriel acabou junto com sua papinha, saio de casa e vou a uma farmácia, de lá já passo no mercado.

Os caixas estão lotados, penso e ligar para Vinicius, porém ele não falou comigo o dia todo, hoje seu dia deve estar corrido, não quero atrapalhar, então vou esperar ele ligar.

Passo no caixa, e sigo para o estacionamento. Chego no meu prédio e pego as sacolas do carro, subo de elevador para meu apartamento e assim que abro a porta deixo todas elas caírem no chão.

Alguns anos atrás quando entrei na sala do meu noivo encontrei minha amiga e ele transando no sofá, não é mesma cena que vejo porem é só isso que consigo enxergar, vejo kamilla e Vinicius abraçados e fico cega pela mágoa.

A porta bete atrás de mim e olho os dois com mágoa, nem tento controlar as lagrimas que molham meu rosto nesse momento.

Meu subconsciente grita para que eu pare e reflita, Vinicius não é Ricardo, mas porque parece que ele fez o mesmo que ele? Porque parece que aquela maldita cena se repete hoje no sofá da minha sala? Porque doí tanto?

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