Parte 6

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Edward me beija devagar. Uma carícia lenta e gostosa demais para apressar. Nada passa pela minha cabeça, sinto que o filtro das coisas que eu digo desaparecem quando estou assim. Eu poderia exemplificar se pudesse pensar.

Mesmo de olhos fechados, percebo o brilho das luzes piscando, se tornando uma cor só pelas minhas pálpebras fechadas. Suspiro pensando nesse momento, e percebo que é o meu corpo me avisando que devo respirar.

— Noite dos reencontros. - Ele diz próximo a mim. - Essa é a temática da noite.

— Reencontro? - Digo movendo o corpo para mais perto dele.

— Eu li a proposta da noite, Garrett me ajudou. - Fecho os olhos e encosto a cabeça em seu peito. Agora sinto sua mão na minha nuca, uma leve carícia. - Reencontro é mais do que rever alguém, é como se as almas voltassem a ser conectar.

— Almas? Tipo reencarnação? - Digo mais alto, sua carícia é relaxante.

— Sim. Isso mesmo. - Ele para quando escutamos a música ficar mais agitada, mas ainda dava de ficar colada a ele. Tenho quase certeza de que era Can't Fight This Feeling que tocava antes. - Acredita em reencarnação?

Me afastei um pouco e o olhei nos olhos.

— Se eu dizer que sim, você vai me beijar de novo?

— Não.

— Não?

— Não vai precisar dizer nada mais para que eu tenha que beijar você. Agora você tem que dizer não, e eu vou ter que me controlar na hora.

— Mas eu vou dizer sim. Aliás, sim!

Nos beijamos mais um pouco, nos afastamos quando eu fico com sede, voltamos para a pista, dançamos mais. Mais uma hora se passa, eu acho, ele diz que devemos ir para casa e eu concordo.

— Isabella, eu me diverti muito nessa noite. - Ele diz acariciando meus cabelos. - Espero que queira repetir.

Me inclino e o beijo. Queria fazer algo desde o momento em que o vi tirar o casaco, ainda no restaurante. Desde o momento em que ele me entregou aquele bilhete e as rosas.

Montar nele.

Eu fantasiei sentar nesse homem desde o começo do dia. Então tirei os sapatos no caminho para cá, disse que estavam doendo de tanto dançarmos. Empurro ele contra o banco e o monto. Solto um gemido baixo ao sentir que não era só eu quem estava pensando nisso. Suas mãos tomam o meu rosto.

Porra. Mesmo vestida, sinto que estou despida de corpo e alma na frente dele. Sinto a energia que nos ronda, a eletricidade que nos conecta. Puxo o ar quando percebo seu olhar percorrer todo o meu rosto.

— Você é tão linda. - Ele diz e afasta meus cabelos para beijar meu pescoço. Minhas mãos agora puxam seus cabelos. Me movo em seu colo e aumento a pressão quando Edward beija o vão entre os meus seios.

O beijo novamente. Beijá-lo me deixa fora de mim, ele suga minha língua, meus lábios, passa a beijar a minha pele e todo arrepio é bem-vindo. Tudo que acontece aqui me deixa mais e mais perto da borda. Tenho certeza que minha maquiagem está toda borrada, que minha aparência já não é mais a mesma do começo da noite. E eu não poderia me importar menos com isso.

— Tira a calça. - Ele me olha primeiro, quer saber se estou falando sério. - Eu quero te sentir mais. – Esfrego sua ereção por cima da calça, posso sentir que é quente. Desfivelo o cinto dele, ele me ajuda e abre o zíper. Me levanto um pouco para que ele desça as calças até os joelhos.

Ele geme alto quando estamos mais próximos. Sinto suas mãos nos meus bicos. Abaixo as alças com sua ajuda e fico seminua em cima dele. Edward desliza suas mãos pelas minhas costas e sua carícia gostosa provoca mais arrepios em meu corpo. Ele me ajuda na fricção e se dedica aos meus seios agora livres.

— Você é tão cheirosa. - Ele morde meus mamilos e eu quase rasgo sua camisa tentando abri-la. Me movo mais difícil em sua ereção e nossos peitos estão em contato. O movimento me faz arfar e gemer, apoio minha mão na janela gelada e tudo começa a fazer menos sentido a cada instante. Mas não precisamos de sexo a seco com alguma metáfora escondida. Nossos corpos estão quase conectados e tudo está bem, não é preciso de muito até que eu perca o meu controle.

— Você é além das expectativas. - Um gemido imitando minha voz sai. Nos beijamos, agora é tão intenso. Como se cada aproximação nos empurrasse em direção a perfeição. Edward me faz sentir coisas, e ele nem precisa estar dentro de mim para tal. Só a nossa aproximação já era capaz de nos fazer perfeitos... um para o outro.

— Isabella.... Eu... - sinto ele está próximo do fim. Eu não estou muito longe. Senti a mão de Edward entrando na minha calcinha. Molhada, molhada demais. Fecho os meus olhos tentando me fazer respirar direito, acabar desmaiada quando tudo que eu queria era alcançar as estrelas era o cúmulo, para mim e para ele. Eu precisei me esforçar muito para não perder o controle da respiração. Os controles dos meus movimentos já tinham saído do controle a muito tempo.

Seus dedos me estimulam e agora eu me sinto perdida, principalmente quando ele volta a beijar meus seios. Minha mão toca a janela, ela ainda está gelada e a marca dos meus dedos fica ali. E pensando no quão bom ele é com os dedos, fecho os olhos e sinto meu corpo relaxar como nunca. Espasmos gostosos me fazem continuar a fricção sobre ele.

Edward me abraça e suas mãos deslizam por minhas costas.

— Você não... - ele nega. – Você estava quase, o que aconteceu? – Ele prefere desviar do assunto.

—Mas eu estou muito feliz e te ver e fazer chegar.

— Esse é um dos filmes mais sensuais que eu já vi.

—Vai ficar dando replay a noite toda?

— Até imaginar coisas além. - Ele me beija e esse é o momento em que nos afastamos e nos vestimos novamente. Ele sai do carro e abre a porta para mim. Me veste em meu sobretudo, mas nem precisava. O calor do meu corpo era o suficiente por uma noite de inverno bruto. Percebo um movimento na recepção e é para lá que Edward olha quando lhe faço uma pergunta.

— Nos vemos na segunda? - Ele assente e me puxa pela mão. - E que tal domingo? - Ele assente, mas seu beijo de despedida, talvez o quinto beijo de despedida nessa noite, dura tanto que eu fico inebriada. - Sábado, duas da tarde, você, eu e pizza.

— Estou sendo convidado pela linda Isabella Swan. - Ele agita os braços para cima.

— Talvez a gente nem saia de casa. Conhece uma coisa chamada Delivery?

— Gosto da sua ideia. – Ele me beija perto da orelha. – Seu porteiro deve estar desconfiado do movimento que o carro fez. – Ele solta uma risadinha simples e rápida, está desolado.

— Venha mais tarde, prometo que meu apartamento não vai balançar enquanto estivermos brincando por lá. – Segurei seus dedos.

— Brincando? – Ele franzia a testa. Não olhava para mim, olhava para o porteiro que o impediu de gozar.

— Sim. – Espalmei minha mão em seu rosto. – Brincando de papai e mamãe pelo apartamento. – Beijo a sua bochecha. – Pelados.


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