Parte Final

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Encontro a casa muito silenciosa. Edward não estava no escritório e eu estava muito enjoada do almoço para esperar ele me dar carona para casa. Então, corro para o banheiro e vomito toda aquela comida esquisita que me fez mal.

Entro no quarto e olho para o calendário no celular.

Hoje é dia dois de setembro, quarta.

- Puta merda! - Levanto rápido e me arrependo caindo de volta na cama. - Meu Deus.

Seguro a minha barriga e considero a ideia de ter um bebê aqui dentro. Depois de dois anos tentando engravidar, quando finalmente desisti: "Oi, você é uma mamãe". Levanto e respiro fundo. Ligo a televisão para despistar a minha mente. Funciona. Até eu ver que Emily e Paul tentaram fugir da cadeia. Meu coração bate acelerado. Eu não tenho notícias desses dois a mais de dois anos. Quis esquecer tudo sobre aquele caso. Aparecem relatos do caso Isabella Swan na televisão. Sendo levada para o hospital devidamente coberta.

Começo a lembrar de novo dos meus dias naquele lugar frio e minha mente se recusa a pensar em outra coisa. Resolvo que vou fazer o jantar hoje e minha governanta, a senhora Williams me ajuda a preparar uma lasanha com queijo extra. É tão automático, que depois que termino, percebo que estou no banheiro de novo, enjoada com o cheiro do molho.

Volto para o quarto e sinto a minha cabeça dar várias voltas e não caio na cama quando apoio a mão nela, caio no chão. Fecho os olhos com a dor de cabeça alucinante que me dá e a cólica que me tira de órbita.

O barulho de passos pelo quarto me faz abrir os olhos. Sinto os braços de Edward me levantando e colocando sobre a cama. Eu nem percebi que desmaiei até ter acordado com os movimentos dele. Escuto a voz da governanta no corredor.

- Hey, você caiu? Se machucou? - Meu marido me olha preocupado. Toco minha barriga, onde senti ela dura mais cedo.

- Acho que estou grávida. - Ela arregala os olhos e depois sorri com a sugestão.

- Sério? - Ela se dá um segundo de contemplação antes de lembrar que eu estava no chão. - Você desmaiou. E se...

- Eu senti cólicas. - Ela pula da cama e troca de camisa em minutos. Pega a carteira e acha meus documentos.

- Acha que consegue andar? - Eu e meu amor por independência não conseguimos nos mexer. Nego com a cabeça e ele me carrega com cuidado até o carro.

- Ainda bem que estamos em Port Angeles. Ia demorar mais se estivéssemos em Forks. - Ele resmunga enquanto me coloca no banco da frente e sem perceber, me prende com o cinto, como se não pudesse fazer isso sozinha. Não achei nada ruim. Estava preocupada na verdade. Começo a chorar e soluçar. Escondo meu rosto com as mãos e não consigo parar de pensar que mais um bebê vai antes que eu possa cuidar. - Amor, por favor, tenta respirar fundo. - Ele segura meus pulsos e tenta limpar minhas lágrimas.

- É que... Eu não posso perder um bebê de no-o-ovo. Não, não vou aguentar... não vou aguentar. - Choro mais pensando nas poucas horas de descoberta. E sim, eu sabia que tinha um bebê dentro de mim. Sabia que algo estava acontecendo com o feto.

- Calma, estamos chegando lá, você vai ver que estão bem.

- Como sabe? - Eu olho através das lágrimas.

- Chame de instinto paterno. - Ele joga essa e eu percebo que estou gargalhando quando ele me dá um sorriso lento e sai do carro para abrir a minha porta.

- Ok, vamos ver o que temos aqui. - A médica diz deslizando o gel na minha barriga e olhando a tela. - Bem aqui, achei.

- Onde? - Tento ver na tela. Só vejo rabisco.

Silly LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora