Parte 7

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Passamos aquela tarde na minha casa, Edward me inventou um apelido, Bella, eu adorei. Não tive apelidos pois não gostava de quem os dava, era sempre um "Belinha" para pedir algo, ou então fazer chacota de mim. Edward parecia verdadeiro em me apelidar. Ainda mais quando acariciava meu rosto enquanto me chamava de Bella. Eu me senti bem e querida.

Mas nosso tempo não ultrapassou aquela tarde graças ao meu trabalho... e ao dele mais tarde. Eu tinha que estudar um caso novo que envolve adultério e esse marido não quer perder a casa e o barco chique dele. Mas não poderia esquecer das horas que passamos juntos. Nós brincamos de papai e mamãe, mas não do jeito que eu queria.

— É o Paul Lahote? - Ele perguntou secando as louças que eu lavei. Falei um pouco sobre esse caso, bem superficialmente. Minha cliente é a quase ex – esposa desse cara. Um golpista.

— Sim, tentou me pagar para "esquecer" as audiências, mas ele só me fez querer vencer esse caso. Ainda mais. - Digo tirando o avental e pendurando para escorrer.

— Cuidado Bella, eu sei que o Lahote tende a ser vingativo. Conheço o tipo pelos casos que a Hale tem. Ele é aquele tipo de pessoa que coloca vidro na comida para não pagar.

— Isso me deu medo. - Virei e fingi estar assustada. Ele não riu. Opa, Edward sério não é um bom sinal.

— Sei que esse é o pior exemplo, mas escuta, a empresa deles cresceu com a falência de outras empresas. Ele sempre tenta derrubar a Hale, a McCarty, a Withlock... enfim, a sorte é que sempre identificamos o mal que ele implanta por lá e cortamos pela raiz.

— Então, você acha que uma coisa, digamos, pequena, como esse divórcio, vai fazer ele querer descontar em mim?

— Ele seria baixo para isso, acredite. - Ele guarda o último copo na prateleira e segura a minha mão. - Me avise se ele agir estranho, se ele te olhar errado, se ele se aproximar demais...Só, me fala, na hora. - Confirmo com a cabeça e aperto seus dedos.

Ele me abraça e consigo sentir a vibração entre nós dois.

Eu vesti um vestido leve e Edward também estava bem confortável na sua escolha de roupa. Uma bermuda de algodão azul escuro, uma camisa branca e chinelos. Não estava pensando em nada quando escolhi o que vestir. Minto. Pensei nas possibilidades. As grandes possibilidades daquela longa tarde de sábado.

Durante o abraço, toco a sua cintura e me lembro do que fizemos. Me lembro na hora do seu amiguinho, que ontem não foi agradado, graças, ou não, ao meu porteiro observador. Penso em uma maneira de fazer Edward feliz, assim como ele me fez ontem. Começo então a beija-lo. Agradável para mim e muito agradável para ele, já que resolvi caprichar naquele ato.

Edward não retribui de primeira, mas logo está me beijando e sinto meu corpo relaxar e se arrepiar com o toque dele em minha cintura e se aproximando das laterais dos meus seios. Ele não perde tempo, e eu também não. Minha mão apalpa a sua bunda, ele solta uma risada e ataca o meu ombro esquerdo com seus beijos. Minhas unhas se arrastam por seus braços.

Puxo ele para a sala, o empurro no sofá e ele me olha desconcertado e puxa um travesseiro para o colo. Eu solto uma risadinha quando vou até o quarto e busco um prendedor de cabelo. O amarro no caminho, fazendo um rabo de cavalo. Eu preciso fazer Edward estar louquinho e, quem sabe, brincar até tarde. Brincar direito de casinha.

— Não precisa sentir vergonha. – Me inclino no sofá, sinto seus olhos em meu colo. Mordo o lábio e Edward encara o movimento com muita atenção.

— Eu... eu sei que não.

— Mas mesmo assim o faz. - Tiro o travesseiro do colo dele e fico feliz de ver que ele ainda está animado. Sinto uma vibração na barriga. Um arrepio percorrer todo o meu corpo. - Quero provar uma coisa.

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