Parte 14

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Abri os olhos. Senti que estava fora de mim e ao lembrar da sensação de ser colocada no porta malas me embriagou. Tudo se tornou um borrão de luz e escuridão. Será que estava em cativeiro?

Olhei para a minha mão e senti a fisgada da agulha. Agulha? Olhei a mão e segui os fios. Uma bolsa transparente com líquido transparente. Me sentei e respirei fundo ao sentir dores no meu abdômen.

Olhei embaixo das cobertas. Meu corpo cheio de hematomas coloridos. Minha cabeça girando ao tentar lembrar os motivos de estar dolorida. Encarei a gaveta na cômoda ao lado da maca. Achei um espelho e me encarei. Quase chorei de vergonha.

A boca inchada o nariz muito vermelho e escoriações. Droga! O que aconteceu? A enfermeira, pelo que pude deduzir por suas roupas, entrou e checou a bolsa transparente perto de mim.

— Certo, senhorita Isabella, vou chamar o médico, mas saiba que está no hospital e seu estado é estável.

— Estou aqui a muito tempo?

— Bem, você chegou aqui a três dias, e seu progresso se deve aos primeiros socorros que teve ao ser encontrada.

— Encontrada? - Pergunto curiosa. Não me lembro de sumir.

— Bem, você terá respostas assim que o médico aparecer. - Ela se afasta depois que me dar um pouco de água.

O médico entra e diz que meus familiares já foram avisados. Responde minhas perguntas assim que termino de responder as deles. Respiro fundo percebendo que se Charlie e Renne estão aqui, a cidade está prestes a entrar num apocalipse. O médico diz que posso receber alta amanhã.

— Bella - Só uma pessoa me chama assim.

— Olá, olá gatinho. - Sorrio um pouco, talvez isso melhore minha cara feia.

— Finalmente acordou Bella adormecida.

— Tô mais pra Elsa, só faltam os poderes e o cabelo glamoroso. - Ele senta na cadeira ao meu lado.

— Você sabe o que aconteceu? - Ele agarra os cabelos.

— Lembrei a pouco tempo. O médico me ajudou.

— Lembra de mim, quando te ajudei?

— Lembro de pagar peitinho.

— Juro que não tive nenhuma intenção de...

— Eu sei amor, você só prestou primeiros socorros. - Sorrio e sinto uma dor no braço ao me mexer um pouco. - E a Emily?

— Achamos ela e os capangas. Acredite ou não, Paul ajudou. - Ele conta e olha para a parede. - Pensei que não fosse mais te ver.

— Estou legal. Graças a você... e ao Paul...uh, isso é estranho. Agradecer a ele.

— Bella, quer falar sobre o.... cativeiro?

— Não... ainda não posso falar. Não quero ter que lembrar. - Ele assente e beija a palma da minha mão.

— Quanto tempo será que leva para nós saímos para dançar de novo? - Ele pergunta depois de um tempo.

— Me dê algumas semanas para melhorar essa aparência e se prepare para dançar a noite toda. - E dizendo isso, é claro que eu não me referia somente a dançar. Ele deve ter percebido, pois soltou uma risadinha sacana.

— Bella, eu... eu te amo. Fiquei com medo de não falar isso para você nunca mais. – Ele revela e franzo o cenho.

— Você nunca disse que me amava, não assim.

— Bem, eu disse do meu jeito. Mas bem, eu te amo. Eu te amo muito.

— Eu também te amo. – Puxo ele para mais um beijo.

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