Abri os olhos. Senti que estava fora de mim e ao lembrar da sensação de ser colocada no porta malas me embriagou. Tudo se tornou um borrão de luz e escuridão. Será que estava em cativeiro?
Olhei para a minha mão e senti a fisgada da agulha. Agulha? Olhei a mão e segui os fios. Uma bolsa transparente com líquido transparente. Me sentei e respirei fundo ao sentir dores no meu abdômen.
Olhei embaixo das cobertas. Meu corpo cheio de hematomas coloridos. Minha cabeça girando ao tentar lembrar os motivos de estar dolorida. Encarei a gaveta na cômoda ao lado da maca. Achei um espelho e me encarei. Quase chorei de vergonha.
A boca inchada o nariz muito vermelho e escoriações. Droga! O que aconteceu? A enfermeira, pelo que pude deduzir por suas roupas, entrou e checou a bolsa transparente perto de mim.
— Certo, senhorita Isabella, vou chamar o médico, mas saiba que está no hospital e seu estado é estável.
— Estou aqui a muito tempo?
— Bem, você chegou aqui a três dias, e seu progresso se deve aos primeiros socorros que teve ao ser encontrada.
— Encontrada? - Pergunto curiosa. Não me lembro de sumir.
— Bem, você terá respostas assim que o médico aparecer. - Ela se afasta depois que me dar um pouco de água.
O médico entra e diz que meus familiares já foram avisados. Responde minhas perguntas assim que termino de responder as deles. Respiro fundo percebendo que se Charlie e Renne estão aqui, a cidade está prestes a entrar num apocalipse. O médico diz que posso receber alta amanhã.
— Bella - Só uma pessoa me chama assim.
— Olá, olá gatinho. - Sorrio um pouco, talvez isso melhore minha cara feia.
— Finalmente acordou Bella adormecida.
— Tô mais pra Elsa, só faltam os poderes e o cabelo glamoroso. - Ele senta na cadeira ao meu lado.
— Você sabe o que aconteceu? - Ele agarra os cabelos.
— Lembrei a pouco tempo. O médico me ajudou.
— Lembra de mim, quando te ajudei?
— Lembro de pagar peitinho.
— Juro que não tive nenhuma intenção de...
— Eu sei amor, você só prestou primeiros socorros. - Sorrio e sinto uma dor no braço ao me mexer um pouco. - E a Emily?
— Achamos ela e os capangas. Acredite ou não, Paul ajudou. - Ele conta e olha para a parede. - Pensei que não fosse mais te ver.
— Estou legal. Graças a você... e ao Paul...uh, isso é estranho. Agradecer a ele.
— Bella, quer falar sobre o.... cativeiro?
— Não... ainda não posso falar. Não quero ter que lembrar. - Ele assente e beija a palma da minha mão.
— Quanto tempo será que leva para nós saímos para dançar de novo? - Ele pergunta depois de um tempo.
— Me dê algumas semanas para melhorar essa aparência e se prepare para dançar a noite toda. - E dizendo isso, é claro que eu não me referia somente a dançar. Ele deve ter percebido, pois soltou uma risadinha sacana.
— Bella, eu... eu te amo. Fiquei com medo de não falar isso para você nunca mais. – Ele revela e franzo o cenho.
— Você nunca disse que me amava, não assim.
— Bem, eu disse do meu jeito. Mas bem, eu te amo. Eu te amo muito.
— Eu também te amo. – Puxo ele para mais um beijo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Silly Love
FanfictionBella, desacreditada do amor, resolve que não vai se envolver com ninguém mais. Pode Bella manter a promessa depois da confissão de Edward?