Parte 10

108 9 4
                                    

— Isabella, ainda bem que está aqui. Em breve estaremos fazendo uma reunião, tenho um anuncio. – Nos cumprimentamos rapidamente, Tanya continuou olhando para Edward.

— É uma reunião geral? – Presto atenção nos meus próprios movimentos, eu nunca fui assim, ciumenta.

— Não, só os advogados. Preciso de todos vocês aqui amanhã.

— Ok, aguardo ansiosa. Qual o horário?

— As dez da manhã. É bem melhor para todos. – Carmen olha sugestivamente para a filha.

Nos separamos quando Edward e eu pegamos o elevador para descer. Fiquei em silencio tentando processar aquela informação nova. Minha chefe estava pedindo uma reunião extraordinária e eu não parava de pensar em Tanya com suas mãos bem cuidadas em cima dele. Cruzei os braços e ignorei a dor que tomou o meu corte.

Edward estava me olhando esse tempo inteiro. Virei o rosto devagar em sua direção, ele soltou um sorrisinho sacana e olhou para o teto. Ele começou a balançar as chaves do carro na mão direita e eu dei um beliscão nele. Ele me olhou espantado e depois sorriu mais.

— Ciúmes.... Bella? – Ele se aproximou da minha orelha e sussurrou o meu nome.

— Ciúmes de quem? De você?

— Sim, de mim, eu tenho um sentimento parecido quando te vejo falando e sorrindo para alguém.

— Tem é?

— Hum... sim.

Baixei a cabeça e meu cabelo fez uma cortina diante do meu rosto. Meu sorriso estava gigante e eu não precisa confirmar o meu ciúme para ele. Me arrumei e me aproximei dele, o abracei e senti o seu cheiro. E como sempre, cheiroso demais. Tinha que descobrir qual era o perfume dele.

— Quer jantar? – Perguntei. Ele me olhou e depois olhou ao redor. Também olhei ao redor e percebi que não tinha ninguém naquele estacionamento. Edward me abraçou com cuidado e me beijou e prensou contra o carro. Deslizei o meu braço com cuidado por seu pescoço e quase escorreguei quando ele mordeu meu lábio inferior. – Que maneira legal de dizer um sim.

— Ainda bem que você gosta. – Ele me deu um selinho e depois abriu a porta para mim. Ele foi para o carro dele e depois me seguiu até o restaurante italiano.

Depois de comer e estar bebendo o meu precioso suco de maracujá, Edward pegou a minha mão sobre a mesa e entrelaçou nossos dedos. Senti que ele tinha algo para contar. Eu também tinha que conversar com ele sobre isso que tínhamos. Uma coisa sem nome. Pedimos a conta e enquanto saiamos do restaurante, Edward me puxou para mais perto e me abraçou pelos ombros.

— Eu sei o que passa nessa cabecinha.

— Sabe? Eu posso saber como? – Ele riu presunçoso.

— Eu leio mentes. – Eu ri disso.

— E o que é que eu estou pensando agora. – Ele colocou dois dedos na tempora e fechou os olhos com força.

— Você está pensando em pegar roupas para passar essa noite comigo lá em casa. – Ele abriu um olho e sorri ainda mais da palhaçada dele.

— Você está perdendo dinheiro, precisamos revelar isso para o mundo.

— Quer dizer que estou certo? – Ele me olhou com expectativas.

— Ainda bem que você é um bom advogado. – Ele revirou os olhos, e eu beijei sua bochecha. – Mas adorei a sugestão. E acho que vou adorar mais ainda passar a noite na sua casa.

Edward estava todo sorridente no carro no percurso da minha casa até a sua. Ele me olhou dos pés à cabeça e notou que eu continuava com a roupa do trabalho. O que queria dizer que eu não tinha tomado banho e, bem, uma hora eu o faria. Peguei meu nécessaire e uma bolsa com roupas extras. Ele abriu a porta para mim e colocou as minhas coisas no porta malas. Entrou no carro e eu comecei a mexer na rádio.

Silly LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora