Lady Detetive - Série Perigos e Romance II

Capítulo 1

Inglaterra, Londres – 1822.

-Por que diabos eles sempre correm? –perguntou para si mesma ao correr pelas ruas sujas de East End.

O homem que perseguia era um brutamonte basicamente, enorme e cheio de músculos, até mesmo no pescoço curto, um nariz grande e redondo, olhos fundos azulados, uma boca grande e uma cicatriz cruzando a testa até a bochecha. Em aparências, Samantha nunca julgava, mas o homem parecia ter gravado na testa "assassino desalmado" e se perguntou como ninguém em questão quis investiga-lo, talvez por medo, mas tudo no homem indicava que era o assassino. Ah, ela não estava perseguindo ele pela aparência, muito pelo contrário, como detetive, gostava de ter tudo sobre a mesa e limpo, sabendo exatamente quem era o assassino e com provas suficientes para isso. Interrogara várias pessoas pelas ruas sobre as prostitutas jovens assassinadas e todos a viram com ele, não só por ser um brutamonte, mas havia a característica principal, a cicatriz no rosto, além disso, investigou a casa dele, no caso, arrombou enquanto o próprio estava fora. Encontrará a arma do crime, um facão bastante afiado, mas que depois de tanto sangue inocente, acabou enferrujado e havia algumas roupas com manchas de sangue ainda jogadas em um canto no lavabo. Por isso havia ficado nas ruas de East End por três dias seguidos, mal comendo e nem se quer dormindo, seguindo onde quer que fosse. Seu nome era Devon Corpus, conhecido como Corpus somente por alguns homens. Era um sujeitinho nojento e asqueroso na opinião de Samantha.

Depois dos três dias o pegou no flagra, levando mais uma jovem prostituta para a morte e quando ele percebeu quem estava atrás dele pronto para detê-lo, correrá como se o próprio diabo estivesse atrás dele. Bem, talvez estivesse. Enquanto corria, tudo que movia a continuar era pensar o quanto as pobres garotas sofreram e a brutalidade com que foram mortas. Elas podiam ser prostitutas, mas Samantha sabia que a vida não lhe deram chances de ser outra coisa. Não, não a vida, a sociedade. Se não tivessem salvado sua vida daquela forma á tantos anos atrás, talvez fosse uma delas.

-Vai se ferrar, seu detetive de merda! –escutou Corpus gritar olhando para trás pelo ombro.

Um belo erro para a sorte dela. Nesse momento que se distraiu, uma carroça acabou aparecendo na frente, fazendo o bater com força contra a madeira. Escutou vários outros xingamentos quando se aproximou. Alguns direcionados á ela.

-Seu filho da puta! –cuspiu em seus pés se levantando enquanto segurava a mão com a cabeça, o sangue escorrendo.

Samantha aprendeu no mundo masculino que a maioria dos homens mostrava forças com brigas e xingamentos envolvidos, principalmente os da classe baixa. Já os cavalheiros da aristocracia conseguia fazer até isso com classe, mas somente quando havia uma dama envolvida no duelo, caso ao contrário, podia ser tão brutal quanto qualquer outro. Aprendeu também a não demonstrar absolutamente nada enquanto apanhava na escola preparatória e depois, aprendeu a bater também.

-Você realmente acha que vai me pegar? –riu Corpus e seus dentes ficaram manchados de sangue. –Olhe para você e para mim.

Ela estava olhando. Enquanto Corpus devia ter quase dois metros, ela tinha somente 1,73 metros de altura e o principal, ele devia pesar pelo menos umas três vezes mais, mas enfrentava caras como ele antes e vencera. Uma vez um garoto alto e muito pesado quebrara seu braço, foi a primeira vez que deixou um grito claramente feminino sair e começaram os insultos de todos os lados. Ninguém a defendeu, ninguém veio ao seu socorro, então por isso quando seu braço sarou completamente, ela quebrou o do garoto, ouvindo dar o mesmo grito que ela, aprendendo que não existia isso de um grito feminino ou masculino, isso era imaginação dos demais só para tirarem sarro.